1 de setembro de 2006

A nossa homenagem!...

Está acontecendo no Studio 5, em Manaus, a III Feira Internacional da Amazônia. Durante praticamente 2 anos, um grupo de pessoas dedicam o seu tempo e a sua vida para que esse evento, em 4 dias, possa mostrar para o Brasil e o Mundo as riquezas e as potencialidades da região, bem como atrair novos investimentos e/ou empreendimentos para o seu desenvolvimento sustentável.

Não tenho dúvida em dizer que a Feira Internacional da Amazônia não é resultado apenas da competência dos seus organizadores, parceiros, montadores e expositores. É um evento que tem alma, emana luz e traduz o esforço da nossa gente pela consolidação de um projeto vitorioso – o projeto Zona Franca de Manaus. Doa a quem doer!...

Este ano, durante a solenidade de abertura presidida pelo Ministro Furlan, com certeza muitos dos presentes devem ter questionado a ausência do presidente da República e de outras autoridades. Eu estava lá naquele momento, mas preferi assistir a solenidade pelo telão que foi colocado dentro do galpão dos expositores do PIM. Durante o Hino Nacional, fiquei acompanhando as imagens que mostravam as autoridades presentes e comecei a buscar a imagem de uma pessoa que, no meu entendimento, e de todos aqueles que conhecem o processo de criação desse evento, deveria estar ali também participando.

Como não o achei, procurei imediatamente saber o motivo da sua ausência e me veio a notícia de que provavelmente naquele exato momento ele poderia estar se preparando ou já passando por uma nova cirurgia fora de Manaus. Sei que não devemos questionar a vontade de Deus, porém, a minha vontade ao sentir a sua ausência na abertura da FIAM 2006, foi escrever essa mensagem e prestar a minha homenagem a essa pessoa que eu considero um exemplo de vida, um profissional competente e acima de tudo um homem público exemplar.

A verdade é que não dá para falar da Feira Internacional da Amazônia, sem falar de Ozias Monteiro, ex-superintendente da Suframa e atual Secretário de Planejamento do Governo do Estado do Amazonas. Foi ele que em determinado momento da sua administração na Suframa, teve a coragem de bater o pó do projeto que teimava não sair da gaveta e promover certas mudanças radicais na sua concepção, assumindo pessoalmente todos os riscos. Primeiro exigiu que a feira fosse criada para mostrar as potencialidades da nossa Amazônia e não apenas do Pólo Industrial; segundo que fosse realizada em Manaus, contrariando o entendimento e o interesse de muita gente. Por último, confiou a um grupo de trabalho formado por servidores e colaboradores da Suframa, a missão de tornar uma realidade o projeto FIAM que, em conseqüência do sucesso da sua primeira edição, logo em seguida foi homologado pelo Conselho de Administração da Suframa como um evento bianual e inserido no calendário de feiras internacionais do Brasil (Itamaraty) .

Da segunda edição para cá, como diz o ditado - a peteca não caiu. A realização da feira passou a ter a firme liderança da atual Superintendente, Dra. Flávia Skrobot Barbosa Grosso. Quem esteve na segunda e agora participa da terceira edição da Feira Internacional da Amazônia, com certeza não tem dúvidas – valeu a pena acreditar! Por tudo isso, a nossa sincera e carinhosa homenagem ao Dr. Ozias Monteiro. Foi só a partir da sua visão, ousadia e determinação, que a Feira Internacional da Amazônia tornou-se uma realidade. Que Deus o abençoe e que logo retorne ao nosso convívio, em particular dos seus familiares e amigos.

28 de agosto de 2006

Outubro vem aí!...

As explicações dos deputados amazonenses para a aprovação da aposentadoria para vice-governador chegam a ser verdadeiras obras primas da hipocrisia. Algumas dessas explicações, de tão idiotas, ferem a inteligência do povo. No fundo querem nos tratar como otários, mas, como dizia o saudoso Henfil – Somos bobos, mas não somos otários.

Um dos deputados foi claro nas suas explicações. Disse conhecer o processo, mas assegura não ter participado das articulações para sua aprovação. Nem precisava! O deputado fez o principal – deu o seu voto a favor da gorda aposentadoria. Outro deputado tratou de dar conselho aos demais colegas, pedindo que resolvessem logo o assunto, alertando para o fato de que em panela suja, quando mais se mexe – mais fede. Esse, pelo menos, tem a consciência de que é parte dessa panelada suja e senti que ele próprio já está exalando mau cheiro por todos os poros. Sabe que quando mais se prolongar essa discussão, maior vai ser o prejuízo junto ao eleitorado.

Um outro deputado envolvido nessa mazela, resolveu dar um tom musical à sua explicação.
Disse ele: - Entrei de gaiato no navio!
Bem! Pelo menos numa coisa ele está certo. O navio que ele embarcou na última eleição (2002) de fato está entulhado de gaiatos. Sendo assim, fica difícil acreditar nessa conversa de que ele entrou de gaiato na história da aposentadoria. Da sua declaração, existe uma única certeza – tem muita gente torcendo mas é para ele entrar pelo cano. Não adianta agora tentar se fazer de bobo. Como bem disse um dos deputados – nenhum deles é ingênuo. Portanto, deputado gaiato – tudo bem, a gente já está acostumado. Agora, deputado gaiato e bobinho, paciência – não existe!

O certo é que todos tentam se esquivar da responsabilidade da aprovação dessa aposentadoria. De muitos desses deputados, principalmente da banda podre, a sociedade é capaz de aceitar qualquer mentira para justificar qualquer coisa. Não faz muito diferença - soa apenas como mais uma mentira entre tantas outras mentiras idiotas que eles pregam todos os dias. Entretanto, com relação a alguns deputados, da chamada ala do bem, que sempre tiveram olhos de águia para tudo que se passa na casa, e que sempre vinham agindo como guardiões da moral e da ética, a sociedade nesse instante se mostra estarrecida e profundamente decepcionada. Muitos eleitores, por conta dessa decepção, vai repensar e mudar o seu voto, com certeza.

Agora, o cidadão desempregado, principalmente, deve estar fazendo as contas de quantos aluguéis ele poderia pagar com a aposentadoria criada pelos deputados; quantos meses ele precisa trabalhar ganhando o salário mínimo, para juntar o que os deputados resolveram pagar por mês de aposentadoria ao vice; quantas cestas básicas poderiam ser distribuídas todos os meses para matar a fome de famílias que vivem diariamente no fio da navalha.

Outubro vem aí! O eleitor tem tempo ainda para refletir sobre esse e outros fatos vergonhosos que marcaram esse mandato político (em todos os níveis) e que felizmente está chegando ao fim. Temos a nossa parcela de culpa nisso tudo que estamos vendo acontecer. É chegada a hora de escolhermos bem os nossos candidatos. É hora de renovação! Um futuro melhor para o nosso Estado e para o Brasil só depende de nós. Façamos a nossa parte.