11 de agosto de 2007

Vereador Marcelo - não nos decepcione!...

Quando a população começa a achar que alguma coisa pode mudar no caótico sistema de transporte de Manaus, surge uma novidade para jogar tudo novamente à estaca zero. Em pleno sábado, véspera dos dias dos pais, o único dia livre na semana que a maioria dos trabalhadores tem para sair às compras dos presentes, um bando de idiotas resolve parar o sistema, tocar fogo e destruir o que já está praticamente destruído, achando que com isso vão resolver o problema e atrair a atenção e o apoio da população.
Decidamente o sistema de transporte de Manaus tem um problema crônico. Seja para qual lado do sistema que a gente olhar, conclui-se que a incompetência reina triunfante. Mas no episódio deste sábado, algo mais, que não tem nada a ver com a rotineira incompetência do sistema, com certeza mobilizou e incentivou essa ação. O próprio titular do sistema, pelo lado da Prefeitura, Vereador Marcelo, deixou claro isso nas suas entrevistas. O governador do Estado, falando no seu programa, em poucas palavras nos disse tudo: o sistema de transporte, não só em Manaus, mas em todo o Brasil, é comandado por meia dúzia de empresas. Para mim significa que, nessas condições, o sistema em todo Brasil está entregue nas mãos de grupos que agem como os mafiosos, não admitem novos concorrentes, e quem atrapalha o caminho acaba recebendo um tratamento especial.
Qual tratamento especial? É simples! Basta lembrar de algum filme que o leitor já assistiu e concluir quais são os possíveis métodos utilizados. Mandar queimar e/ou quebrar os ônibus dos concorrentes, por exemplo, não pode ser descartado. O que acham?
Independente de mais esse triste fato, eu confesso que o Vereador Marcelo, pela coragem de assumir esse caos, arriscando o próprio mandato, deve continuar merecendo a confiança dos usuários do transporte coletivo de Manaus. O fato de já existir uma licitação em processo, sinaliza que podemos ter uma outra realidade a curto e médio prazo. Quanto ao episódio de hoje, é de fundamental importância que o vereador leve a fundo as investigações, para que a sociedade fique sabendo quem são os mafiosos que estão por trás dessa sacanagem. Não deve se intimidar e acompanhar as investigações até as últimas consequências. E que a Câmara Municipal não esqueça de exercer o seu papel nesse episódio, ficando de preferência do lado dos usuários e não em cima do muro, olhando apenas para o próprio umbigo. Caso contrário, vão condenar a população a viver esse inferno que é o sistema de tansporte de hoje, ainda por muito tempo. Em nome de todos que dependem do sistema de transporte de Manaus, eu diria: vereador Marcelo - não nos decepcione!...

10 de agosto de 2007

Pobre Futebol!...

Apesar de ser um apaixonado por futebol, confesso que no atual estágio que se encontra o futebol brasileiro, já não sinto, como em tempos passados, aquela ansiedade de chegar logo cedo em casa nas quartas-feiras, ou não sair nas tardes de domingo, para não deixar de assistir o futebol pela televisão.

Futebol amazonense - nem pensar! Dá tristeza ir ao estádio, como foi no caso do torneio início (que antes era uma grande festa) e assistir um técnico de futebol despreparado psicologicamente, invadir o campo e acabar num ato de extrema infelicidade, para não dizer idiotice, com a decisão em pênaltis da última partida e melar toda a beleza da festa, que tinha por objetivo principal atrair a atenção do torcedor para o campeonato do ano. Significa que o torcedor deixa o estádio estressado e volta para casa aborrecido, pois sabe que essas palhaçadas normalmente não dão em nada e, por conta disso, vão se repetindo com maior freqüência..

Nesta última quarta-feira, 08.08, cheguei cedo em casa, e não foi por ansiedade de assistir o jogo depois da novela, mas acabei me interessando, pois seria uma partida entre líderes. Aliás, o meu Corinthians está entre os líderes, mas com a tabela invertida. Bem pior é a situação dos flamenguistas. Coitados!

Jogaram nessa última quarta-feira, Botafogo e São Paulo, e não precisa ser nenhum entendido para dizer que o jogo foi ridículo em todos os sentidos. Nem a casa cheia foi capaz de ajudar os jogadores a darem um bom espetáculo. Assisti na verdade cenas grosseiras, inadmissíveis, como duas agressões estúpidas e covardes: a primeira deixou um jogador com a perna fraturada; e a segunda, se o agressor tivesse atingido o seu objetivo, teria estourado conscientemente a cara do seu adversário. Obviamente que nenhum deles assumiu que praticou a agressão intencionalmente. Pelo contrário! Depois que agridem, colocam a mão na cinturinha e ficam fazendo aquela cara de vítima para o juiz, como se fossem meninos bobinhos não compreendidos pelos pais. Para piorar, os agressores são duas malas sem alça, dois tremendos pernas-de-pau, que refletem o tipo e a qualidade de jogador que vem crescendo a cada dia no futebol.

Por conta disso tudo, confesso que não me arrependo de não freqüentar mais os estádios. Aliás, quando é pela televisão, se o leitor anda também desiludido, acredite: qualquer programa, de qualquer canal - serve!