26 de outubro de 2007

VADIAGEM & VANDALISMO

30 paradas de ônibus e 11 vitrines. Esse foi o resultado do último crime cometido por um grupo de VADIOS e VANDALOS da classe média/alta da sociedade local. Um crime praticado contra o patrimônio público e contra a população local. Não é nenhuma invenção minha - são números divulgados pelo jornal Diário do Amazonas, em matéria bem articulada por Mônica Prestes.

Gente! 30 paradas e 11 vitrines destruídas. É ou não é coisa de vadio? Na verdade esses números são as únicas coisas que o cidadão amazonense sabe de concreto a respeito desse lamentável fato ocorrido no último mês de agosto. Aliás, foi o segundo ataque em menos de 12 meses. Diante de tanta impunidade, já estamos inclusive na expectativa de quando vai ser o próximo. Punição, que é o que todos esperavam – até agora nada.

O segundo e último ataque, de acordo com declarações do delegado Cavalcante, foi o maior ato de vandalismo já praticado em Manaus. Ora, atos dessa natureza só podem partir de pessoas acostumadas à vadiagem nas madrugadas da cidade. Nenhum deles é ingênuo ou bobinho, apesar de frouxos e chorões depois de pegos. Na verdade são todos vadios de carteirinha, conscientes do que fazem, e principalmente certos de que contam com a proteção de papai e mamãe se o bicho pegar.

Analisando essas aberrações, fico eu aqui imaginando com meus botões, como será o terceiro e próximo ato de vandalismo e destruição. O que pode acontecer se os VADIOS resolverem aplicar, do segundo para o terceiro ataque, o mesmo índice de agregação de valor (violência), aplicado do primeiro para o segundo ataque. Só em pensar já fico com pena das paradas de ônibus, vitrines e caixas eletrônicos espalhados pela cidade. E do meu bolso também, pois quem no final das contas paga a recuperação de tudo somos nós os contribuintes.

Mas, fiquem frios. Nem tudo é motivo de tristeza. Há motivos também para boas gargalhadas. Segundo declarações da polícia, o inquérito do último vandalismo avançou muito pouco, ainda não sabem quando vai ser concluído, já foram ouvidas mais de 10 testemunhas, mas nada que ofereça elementos de provas para colocar os VADIOS na cadeia. Quanta novidade - não é mesmo? Ah! Ah! Ah! Ah! Ah! Ah! Ah! Ih! Ih! Ih! Ih! Ih! Ih! Ah! Ah! Ah! Ah!...

Chega! Tá bom! Calma! Puxem a respiração! Deixem para gargalhar mais depois.

Quanto ao primeiro ataque, aquele de julho de 2006, também não mudou muita coisa. Já sabemos que a galera era constituída pelos vadios, Aninha, Carlinhos, Claudinho e Costinha. Querem saber mais alguma coisa? Não sei! Ficou chateado? Vá reclamar para o Wagner Moura, ou melhor, Capitão Nascimento, da Tropa de Elite. Quem sabe ele não vem a Manaus dar umas dicas de como devemos fazer para amansar e nos proteger dos vadios e das vadias que atormentam as madrugadas da cidade.

Sei não! Se fosse meu filho ou o filho(a) de qualquer cidadão da periferia, além de muito cascudo e muita porrada para entregar o resto da galera, eles ainda teriam suas fotos publicadas em tamanho pôster em todos os jornais impressos e virtuais dessa cidade. Quem sabe até jornal nacional.

Não faz muito tempo, meu filho foi protestar na frente da Prefeitura de Manaus por causa do aumento da tarifa de ônibus (depois de ter sido enganado pelo vice-prefeito que prometeu receber os estudantes) e acabou covardemente espancado pela polícia, transportado para o 28 de Agosto numa ambulância, permanecendo sob observação médica 24 horas, sob suspeita de grave agressão aos órgãos internos.

Quatro horas da madrugada do dia seguinte à agressão ao meu filho, eu fui comprar os jornais no lanche próximo ao PS 28 de Agosto, e a sua foto já estava lá. Corpo estirado no chão, quase que desmaiado, em função da agressão sofrida por parte da polícia. Na matéria, a acusação de que ele seria um dos líderes do movimento que supostamente tentou invadir a Prefeitura. Pô! - ele estava exercendo o seu direito de cidadania (repito, depois de ter sido enganado pelo vice-prefeito), não quebrou nada da Prefeitura ou do patrimônio público. Pelo contrário! - ele é quem foi quebrado e espancado covardemente, e deu no que deu. Foram 24 horas de agonia, rezando para que o pior não viesse a acontecer.

Já os vadios da madrugada dessa cidade, as aninhas, os carlinhos e claudinhos, quebram tudo, desafiam todos os poderes constituídos desse Estado, não apanham (nem mesmo em casa), não vão presos, e ainda contam com a benevolência da mídia local, que vez ou outra coloca o assunto em discussão, mas que não demonstra a menor intenção de colocar a cara desses vadios para a sociedade conhecer e se proteger. Como seria diferente esse tratamento (polícia + mídia) se os vadios fossem outros.

Como! Como é que é? Onde anda a democracia? E os direitos iguais?
Ora bolas – acordem! Isso aqui é Brasil!