7 de agosto de 2009

Carta à EMBRATEL - mais atenção com os idosos.

Vou contar uma história para que os senhores da Embratel entendam melhor a situação que criaram para a minha genitora, Rosalina Ribeiro de Aguiar, uma senhora de 77 anos de idade, residente em Manaus.

Há algum tempo minha mãe vem se queixando do tamanho da conta do seu telefone fixo (3642-7716). Destaque-se que ela (Rosalina) é detentora de uma linha telefônica desde os tempos da antiga TELAMAZON. Ganhou essa linha de meu avô, Manoel Ribeiro, quando ainda morávamos todos juntos, na Avenida Getúlio Vargas, nas proximidades, aliás, de onde nasceu a primeira sede da Telamazon em Manaus, esquina com a Rua Leonardo Malcher. Com certeza são mais de 30 anos!

Há alguns dias atrás atendi meu celular e era meu filho ligando preocupado para dizer que sua avó, Dona Rosalina, estava ao telefone fixo (3642-7716) conversando com alguém, supostamente da EMBRATEL, sobre a compra de um novo telefone fixo, que ia resolver o problema das contas altas todos os meses. A preocupação maior era que, nessa conversa, minha mãe já havia passado todas as suas informações pessoais, inclusive número de cartão de crédito, e mantinha uma conversa com alguém do outro lado da linha como se já se conhecessem há muito tempo. Não era nenhuma novidade para mim, pois esse é o jeito de minha mãe conversar, seja ao telefone ou não. Ela é sempre muito atenciosa e cativante em qualquer situação.

Fiquei preocupado com a informação, pois não posso esquecer de que vivo no Brasil, o país de todos os golpes. Mas apostei na idéia de que o contato era verdadeiro e que minha mãe estaria fazendo um bom negócio. Nesse mesmo dia, a noitinha, enquanto atualizava minhas coisas no computador, como sempre faço praticamente todos os dias, minha mãe Rosalina se aproximou para me dar a notícia da compra do telefone. Começou gaguejando um pouco, achando que eu poderia criticá-la pela idéia arriscada de fazer negócio pelo telefone. Contou-me que recebeu uma ligação de alguém da Embratel oferecendo um telefone fixo e que lhe deu garantia de que a conta vai diminuir. Estava feliz e eu resolvi compartilhar com ela, sem conduto deixar de alertá-la para os cuidados que deve ter ao receber determinadas ligações e fazer negócios ao telefone. Sempre muito atenciosa com as pessoas, ela acaba se tornando presa fácil para muito bandido que uso o telefone para aplicar golpes. Não é, obviamente, o caso dos funcionários da Embratel, mas logo vão ficar entendendo onde está o nosso desapontamento e revolta.

Um ou dois dias depois, na mesma situação, ou seja, enquanto cuidava de atualizar as minhas coisas no computador, minha mãe Rosalina se aproximou de mim com uma pequena caixa nas mãos e já com aquela fisionomia preocupada e de quem não estava entendendo nada. Disse-me:

- Meu filho, dê uma olhada nisso aqui que chegou para mim da Embratel. Será que é o telefone fixo que eu comprei? Eu não comprei celular e eles me mandaram um celular! Será meu filho que eu fiz besteira?

Senhores, foi nesse momento que começou o meu problema.

Aos 77 anos de idade, totalmente leiga no assunto, foi difícil para fazer a Dona Rosalina compreender que aquele pequeno telefone C2008s HUAWEI PHONE parece um celular, mas não é um celular; funciona como um telefone fixo, mas não é grande como os tradicionais telefones fixos como o dela (GE); e que aquele era de fato o telefone que ela comprou para substituir o seu telefone atual, grande, de mesa, de fácil manuseio e de boa visualização dos números (principalmente para idosos com dificuldades de visão).

Na cabeça de minha mãe, ela teria fechado negócio para trocar o seu telefone fixo grande de mesa, marca GE, por outro telefone fixo de mesa e não por um telefone do tamanho de um celular. A sua intenção era apenas diminuir a conta do telefone, mas lhe diminuíram também o tamanho do aparelho, do visor e dos números.

Meu filho não foi isso que eu pedi. Fiz besteira não foi? – insistia a minha mãe, já triste e quase chorando, o que não é bom para quem já convive com problemas de depressão.

Tudo isso aconteceu, senhores da EMBRATEL, por que quem está do outro lado da linha fazendo negócio para vocês, tem uma única preocupação – vender e faturar! Ao perceberem que do outro lado da linha está uma senhora de 77 anos de idade, deveria haver maior preocupação e mais respeito, pois são pessoas que na maioria dos casos precisam ter mais explicações para entenderem o que estão lhe oferecendo. Os senhores nos obrigam a acreditar que seus agentes fazem exatamente ao contrário, ou seja, aproveitam-se da ingenuidade dos idosos e empurram suas vendas de qualquer jeito. Tenho a mais absoluta certeza que se tivessem explicado para minha mãe que o novo telefone fixo não seria igual ao que ela possui, mas do tamanho de um celular, ela não teria fechado negócio e não estaria agora triste e deprimida por conta disso.

E não ficou só nisso! Preocupado em cumprir com a sua parte na negociação com a Embratel, pasmem, Dona Rosalina queria pegar um taxi no dia seguinte e ir até a Embratel da Emilio Moreira para pagar a fatura do telefone e informar que não ia mais querer efetuar a trocar do telefone. Ingênua, nem lembrava que dera o número de seu cartão de crédito para que faturassem o valor do telefone. Mesmo prejudicada pela qualidade das informações passadas no momento da venda, dona Rosalina fazia questão de honrar a sua parte no negócio. Será que a Embratel vai fazer o mesmo, reconhecendo que lhe atenderam mal?

Estou perdendo esse tempo todo para fazer esse relato, com o objeto de ajudar essa empresa a corrigir suas falhas e impedir que outros idosos(as) sejam novas vítimas da conversa de vendedores que estão preocupados exclusivamente em vender e faturar. Quando estiverem fazendo negócio com idosos ao telefone, basta lembrar que são pessoas que merecem mais atenção e precisam de maiores esclarecimentos. Não façam com as mães de clientes aquilo que fizeram com a minha mãe, dona Rosalina Ribeiro de Aguiar. Elas não merecem! Não queiram para as mães dos seus clientes o que não desejam para as próprias mães. É simples!

Com relação à Dona Rosalina, ela continua triste e sem saber o que fazer com o telefone. Eu sugeri que ela faça uma tentativa, regularize o novo telefone fixo e avalie mais adiante se valeu a pena. Ela decidiu esperar pelo resultado desse meu relato, na esperança de que a Embratel reconheça a sua falha e mande alguém até ela, não para pedir desculpas, mas pelo menos para lhe orientar como ligar e operar o novo telefone. Diante de tamanha falha no tratamento de um cliente idoso, é o mínimo que se espera de uma empresa do porte da Embratel. E, pelo amor de Deus, não esqueçam de rever a forma de atendimento de idosos ao telefone, principalmente na hora de vender e faturar. Façam bons negócios, mas sem causar tristeza e depressão a quem não merece. Será que é pedir muito!

5 de agosto de 2009

Justiça Eleitoral na Berlinda!


Com a intenção de se promoverem e ganharem espaço nos jornais e na televisão, é muito comum os políticos promoverem denúncias graves contra quem obviamente pode lhes dar visibilidade e ibope por alguns dias. A denúncia do deputado Wilson publicada no blog do Holanda contra a justiça eleitoral é extremamente grave, porém, é pena que a sociedade não tenha a real dimensão desse processo e olhe a denúncia apenas como mais uma daquelas que acontecem todos os dias e ninguém vai preso.

O fato destacado de que o assunto já é comentando abertamente nos corredores do próprio tribunal eleitoral, entre servidores, promotores, advogados e outros, mostra explicitamente o grau de promiscuidade que existe entre aquelas pessoas que deviam dar exemplo e fazer prevalecer a lei e a justiça. Porém, não podemos esquecer de que isso aqui é Brasil. A própria justiça denunciada se encarregará de deixar as coisas esfriarem e caírem no esquecimento. Deus permita que dessa vez eu esteja enganado. Mas, se por acaso a coisa apertar - é muito simples! O parlamentar chama a mídia para uma coletiva e declara que foi mal entendido, mal interpretado, pede desculpas e avisa de cara feia que vai processar os jornalistas que o entrevistaram e deturparam as suas palavras. Essa é a ordem natural das coisas no país do faz de conta. Depois é só dar tempo ao tempo – o povo esquece e eles apostam nisso. De resto, façam as suas apostas: o deputado vai segurar o pepino ou vai desmentir tudo ou parte do que disse? Aguardem!

4 de agosto de 2009

BOLA DA SUFRAMA


Nesta manhã de segunda-feira (03.08.2009), um cidadão ligou para o programa matinal do Garotinho para lhe fazer um apelo. Pela maneira de falar conclui que o sujeito parecia querer fazer um derradeiro apelo, buscando solucionar um problema que não é só dele, mas de muitas outras pessoas que precisam diariamente passar pela Bola da SUFRAMA, seja de carona, montado num coletivo ou dirigindo o seu próprio carro.

Respondendo ao cidadão, Garotinho até que foi muito sincero. Disse que há muito tempo vem falando desse problema no seu programa e pedindo uma solução das autoridades competentes, sem que nada fosse feito até a presente data. Sem perder o espírito público, Garotinho prometeu que faria um novo apelo.

Eu sou uma dessas pessoas que de segunda a sexta-feira precisa passar pela Bola da SUFRAMA, indo ou vindo do trabalho. Com relação ao que ali está acontecendo todos os dias e há tanto tempo, eu tenho a minha opinião particular:

- É o quintal do inferno! É o caos ao vivo e em cores! É tudo aquilo que reunido num único ponto, expressa de forma cristalina o que vem a ser o descaso e a falta de compromisso das autoridades com a solução dos problemas que afligem a população. Todos eles conhecem a gravidade do problema, sabem inclusive como resolvê-lo, porém optam pela covarde omissão do dever.

No último sábado (01.08.2009) o governador disse na rádio que ele precisa às vezes dar um puxão de orelha em seus secretários e assessores(as) para que as coisas aconteçam. Pensando nisso, faço daqui um apelo ao governador para que mande a diretora do DETRAN e o pessoal da Polícia de Trânsito, passar um dia inteiro em frente ao prédio da Loja Esplanada, para sentirem o que o povo há tempos vem passando por conta do caos instalado na Bola da Suframa, em particular em frente à Loja Esplanada.