19 de julho de 2010

Tiros de Baladeira (XXXIX)

É divertido!
É revoltante, mas ao mesmo tempo divertido ler os jornais em época de campanha. Meu Deus! Todo mundo preocupado com a saúde do povo, educação, habitação, violência. Os rios do Amazonas, pelos noticiários, estão todos congestionados, com os barcos indo e vindo com os políticos à procura de salvação, digo, eleição ou reeleição. É chegada a hora de o povo dar o troco. Se prometerem alguma coisa – façam de conta que acreditam! Se derem alguma coisa – aceitem! Deixem que eles, políticos, continuem acreditando que estão lidando com gente boba e/ou otária. Que eles continuem achando que somos todos dotados de memória curta. Quanto chegar o dia, faça a sua reflexão e vá para a urna consciente de que irá fazer a melhor escolha para a sua cidade, para o seu estado e para a sua nação.

Filiados/Militantes
Imaginem que até os filiados resolveram exercitar explicitamente a corrupção na política amazonense. De acordo com os noticiários, filiados/militantes do PMDB tentaram extorquir o ex-governador do Amazonas, mas acabaram sendo levados em cana. Os fatos até agora não ficaram muito claros e pelo jeito nem vão ficar. Os bandidos, com diploma, passaram pela delegacia depois da tentativa de extorsão, não foram mantidos presos, tampouco serão presos por conta desse episódio.

Continuam mordendo a minha carteira
Toda vez que eu vejo um político dentro de um paletó, confesso que sinto uma tremenda mordida na minha carteira de dinheiro. É revoltante saber que o político leva para casa, de verba extra (auxílio para compra de paletó), uma quantia que é superior ao que o assalariado conseguiria juntar durante um ano inteiro de trabalho, sem gastar um único centavo.

Honestidade x Paletó
Certo político me respondeu dizendo que eu ando mais preocupado com o paletó do que com a honestidade dos políticos. Deu vontade de rir! Ora bolas! Ser honesto, digno e honrado é mais que obrigação de todo político eleito. Não se discute, ou não se deveria discutir honestidade em política, apesar de que estamos no Amazonas e num país chamado Brasil. Já com relação à questão do paletó, entendo não cabe ao contribuinte o papel de trouxa, ou seja, aceitar que metam a mão no seu bolso para bancar, entre outras mordomias, o vestir e calçar dos políticos para trabalhar. São auxílios extras, financeiros, criados na calada da noite, sem uma consulta prévia à sociedade que paga essa conta. É uma coisa tão esdrúxula e imoral, que eles mesmos se recusam a colocar a questão em discussão com a sociedade. Preferem dar uma de João Sem Braço e ficar mamando nessa teta chamada auxílio-paletó. Há os que preferem destinar o auxílio-paletó para compra de bicicletas, pacotes de férias com a família, comprar ou amortizar prestação de automóvel, etc. Um país com tantas mazelas e com tantas carências, não pode se dar ao luxo de gastar uma fortuna com vestir e calçar de políticos.