6 de outubro de 2010

Manaus - mais assaltos!

Acabamos de sair de uma eleição onde um dos temas mais debatidos foi a questão da segurança pública na cidade de Manaus. Cada candidato, como sempre, apresentando um baú de idéias e de soluções para o problema, caso eleito. Tudo igualzinho como sempre! Nenhuma novidade. Promessas – muitas promessas!

Hoje, três dias depois da eleição, amanhecemos outra vez com uma manchete nos jornais anunciando mais um assalto a Banco na nossa cidade. Desta vez o assalto aconteceu em plena Av. Djalma Batista, com certeza uma das mais movimentadas no horário de expediente comercial. O que parece ter sido uma tremenda ousadia dos assaltantes, na verdade é uma tremenda esperteza. Eles sabem que é mais fácil fugir a pé ou de motocicleta, pois no caminho de fuga dificilmente vai aparecer algum herói ou mesmo a polícia para impedir o sucesso da empreitada.

Nesse caso do Banco da Djalma Batista, o que chama a atenção são duas situações. A primeira é que os assaltantes não perdoaram nem os clientes que estavam dentro da agência. Levaram o que encontraram dos clientes, que provavelmente estavam lugar certo, mas na hora errada. A segunda situação, para a surpresa de muitos, dada a importância e o porte da organização financeira, é que a Agência assaltada não tem uma porta giratória de segurança, tampouco qualquer esquema para se prevenir de pessoas que resolvam entrar armadas no local. Os seguranças terceirizados, apesar de treinados e armados, coitados, foram rendidos com extrema facilidade. Mal comparando, foi como render uma criança lhe tirando um pacote de jujuba ou saco de pipoca.

Em resumo, o que aconteceu na agência da Djalma Batista deixou um trauma difícil de esquecer nas pessoas que lá estavam e constitui-se numa vergonha para a diretoria do Banco, que agora está no dever de investir urgente na questão da segurança, de modo a inclusive tranqüilizar funcionários e clientes. É prá já! Felizmente desta vez não houve agressões a funcionários e clientes, nem vítimas fatais. Amem!

Não negligenciem! Os assaltantes de hoje, acreditem, são suficientemente ousados e capazes de uma nova investida a qualquer momento. Não ousem duvidar disso. Eles (assaltantes) acreditam não só na fragilidade da segurança pública do nosso Estado, como também na impunidade. É bom não arriscar.

5 de outubro de 2010

2010 / 2014 - Olho Neles!...

A liberdade dos políticos usarem as ferramentas da internet em benefício de suas campanhas trouxe vantagens e desvantagens. Agora, os eleitores interessados podem acompanhar os passos da maioria dos candidatos que fazem uso dessa ferramenta. No caso do Amazonas, por exemplo, deu para acompanhar a onda frenética de políticos que, de uma hora para outra, lembraram que o interior do Amazonas existe e que muitos dos municípios, coitados, estão entregues nas mãos de gestores comprovadamente irresponsáveis, incompetentes e/ou corruptos. Nunca o interior do Amazonas viu tanto político visitando as cidades, fazendo passeata, colocando criançinha no colo, beijando velhinhas e fazendo todas aquelas presepadas tradicionais de político na caça ao voto. Vale tudo, mas existem as exceções, é óbvio. Existem ainda aqueles que conseguem fazer políticos sem se expor ao ridículo.  

Li nessa campanha mensagens de Marcelo Ramos relatando a situação de caos que encontrou na maioria dos municípios por onde passou. Este novo e promissor deputado estadual eleito, depois do que viu e sentiu “in loco”, acreditamos que esteja consciente do tamanho da sua responsabilidade. A cada gesto e ação de Marcelo como político, ele vai lembrar sempre do semblante sofrido, mas esperançoso, de cada criança, jovem, adulto e idoso que encontrou na sua caminhada, vivendo situações de dificuldades e carências desumanas, tanto nas sedes como nas longínquas localidades dos municípios.

Mas não foi só Marcelo. Chico Preto, merecidamente eleito deputado estadual, também andou por lá, viu e comentou por várias oportunidades a situação de penúria em que vivem muitos dos nossos irmãos amazonenses do interior. José Ricardo, a estrela mais brilhante e justamente comemorada do PT nessas eleições, e Luiz Castro, merecidamente reeleito, também circularam pelo interior fazendo campanha e manifestaram suas opiniões na internet sobre a situação do nosso interior e desse povo interiorano que normalmente só é lembrado no período eleitoral.

Acontece que não dá mais para esperar! Esse novo quadro de homens públicos do Estado do Amazonas, bem ou mal escolhido pelo povo nesta eleição, não pode mais negligenciar com a situação dos municípios e a vida dos nossos irmãos interioranos. Promessa agora é dívida e é preciso cobrá-las todos os dias, todas as horas, todos os minutos, sem dar descanso ou sossego àqueles que assumiram compromissos de ajudar a resgatar a dignidade de quem vive nas mais longínquas localidades deste estado. Chega de balela! Chega de conversa fiada! Chega de promessas não cumpridas! Primeiro de janeiro próximo já será dia de cobranças.

É bom lembrar que nesses próximos quatro anos o Estado vai estar se preparando para sediar a Copa do Mundo. Precisamos estar atentos para que o nosso Interior não seja mais uma vez enganado e esquecido nesse período, com todas as ações, atenções e verbas concentradas para resolver os problemas de investimentos na capital. Esperamos que os compromissos assumidos com o interior do estado tenham partido de políticos com vergonha na cara. A confiança e a credibilidade do povo na classe política andam em baixa, mas não custa nada dar mais essa oportunidade de resgate. Pode começar inclusive detonando a famigerada e imoral verba de auxilio-paletó, que sai do bolso do contribuinte na marra, pois nunca nos perguntaram se concordamos ou não com essa mazela. Difícil convencer que com o salário que ganham não dê para comprar um kit-paletó para trabalhar. Curioso que alguns eleitos logo compram um carro novo e bacana. Porque não um par de kit-paletó novo, sem meter a mão no nosso bolso. Nós agradecemos! 2010/2014 tem que ser e pode ser diferente. Só depende de nós fiscalizarmos cada um dos nossos candidatos eleitos. Olho neles! No bom sentido - olho neles!  Eles podem fazer muito por esse Estado e nós podemos fazer muito por eles, não os deixando, como diria a minha avó, urinar fora do pinico.