7 de janeiro de 2011

O que é o Distrito Agropecuário da Suframa - DAS?

Autor: Emmanuel de Aguiar

Com esta indagação uma aluna do ensino médio me levou à decisão de escrever um pouco sobre a origem desse projeto, porém de forma bem simples, resumida, de modo a permitir que todos os interessados compreendam do que se trata.

O Distrito Agropecuário da Suframa (DAS) já existe há mais de três décadas. Surgiu pouco depois do Distrito Industrial de Manaus (DI), com o objetivo de atender ao que estabelece o art. 1º do Decreto-Lei nº 288, de 28 de fevereiro de 1967. Faz parte da idéia e do sonho antigo de se criar no interior da Amazônia, um centro industrial, comercial e agropecuário, dotado de condições econômicas que permitam seu desenvolvimento.

Apesar de já existir há mais de 40 anos, pouca gente sabe direito do que se trata o DAS. É uma área de terra, doada à Suframa pelo Governo do Estado do Amazonas, em 1969, com aproximadamente 589 mil hectares. A sua localização abrange os municípios de Manaus e Rio Preto da Eva, fazendo limites, ao norte, com as terras do município de Presidente Figueiredo. A BR-174, que liga Manaus a Presidente Figueiredo, corta as terras do DAS entre os quilômetros 30 e 96. Significa dizer que entre o km (30) e o km (90) da BR-174, as terras existentes ao lado direito e esquerdo da rodovia pertencem ao Distrito Agropecuário. São terras sob o domínio da Suframa, algumas delas já com título definitivo outorgado a terceiros (pessoas físicas e/ou jurídicas), por haverem cumprido seus respectivos projetos.

Pouco divulgado ao longo do tempo, em parte por conta dos percalços e do insucesso da heveicultura (cultivo da seringueira), o DAS poderia ter alcançado a mesma importância e a mesma pujança do vitorioso Distrito Industrial (DI). Quanto a essa questão, escreveremos com mais calma e detalhes numa outra ocasião.

E quais teriam sido os motivos que levaram à criação do Distrito Agropecuário? Bem, levando em consideração que no Amazonas não existia uma tradição agrícola, a idéia da criação teve como objetivos primordiais: servir de modelo de ocupação de terras na Amazônia; criar uma tradição agrícola na região; aumentar a oferta de alimentos; reduzir a importação de alimentos de outras partes; gerar excedentes e produtos exportáveis; e satisfazer a demanda de terras para a implementação de projetos de interesse da região. Importante destacar que, a partir da segunda metade da década de 70, quando se iniciaram os projetos no DAS, e até bem pouco tempo atrás, o Amazonas importava praticamente tudo, inclusive cebolinha e cheiro verde do Nordeste (para citar só dois exemplos de produtos básicos) que, pasmem, vinham de avião para consumo em Manaus.

A malha viária do DAS está representada por 39 estradas vicinais e 02 rodovias. Juntas somam aproximadamente 644 km de extensão. O acesso ao DAS pode ser feito tanto pela AM-010, como pela BR-174. Atualmente, a ocupação das terras do DAS é feita por meio de pequenos lotes, que variam de 25 a 50 hectares, priorizando a chamada agricultura familiar, com a exploração de atividades diversas, onde se destacam a fruticultura regional, a piscicultura, culturas de ciclo curto e a criação de animais de pequeno porte.

No Distrito Agropecuário da Suframa existem hoje, implantados e produzindo para o abastecimento do mercado local, importantes projetos na área de fruticultura (laranja, em particular na região de Rio Preto da Eva), piscicultura em tanques escavados, avicultura (destaque para a produção de ovos) e de hortaliças. Esses produtos são encontrados e comercializados em vários pontos comerciais de Manaus, inclusive supermercados de grande porte.


6 de janeiro de 2011

PISCICULTURA no Distrito Agropecuário da Suframa (DAS)

Autor: Weber Medeiros

Historicamente, a prática da piscicultura é muito antiga. Documentos originários da China, Egito e Roma atestam que eram praticadas criações de peixes e moluscos nessas regiões entre 3.000 e 4.000 anos.

No Amazonas o ex-governador, advogado Plínio Coelho, iniciou um trabalho em piscicultura e criação de quelônios ali onde hoje é a Avenida Torquato Tapajós do lado oposto à entrada do bairro da Cidade Nova. Em 1968, o chefe do Posto Agropecuário de Itacoatiara, da Secretaria de Estado de Produção, o engenheiro agrônomo Fiúza já começava a fazer no lago de Serpa seus primeiros ensaios com tambaqui e matrinxã em cativeiro. Deve haver outros que desconheço, mas estes foram projetos pioneiros que “morreram”, seja por falta de melhor conhecimento técnico seja pela desistência dos proprietários.

De qualquer forma a piscicultura é uma atividade relativamente nova no Distrito Agropecuário da SUFRAMA - DAS, pelo menos de forma organizada e associativa. Em 1976 foi quando efetivamente as empresas iniciaram a implantação de projetos no DAS e a maioria dos projetos de piscicultura teve origem em áreas destinadas inicialmente a outras atividades que lamentavelmente não tiveram sucesso ou devido a problemas de mercado (cacau e guaraná) ou a problemas de doença (seringueira). Como a maioria dos projetos envolvia seringueira e a maioria deles já havia tentado de forma infrutífera a enxertia de copa, não restava outra saída senão buscar uma nova alternativa econômica para ocupar a área. Aí então restavam aos empresários do DAS à olericultura, a citricultura, a dendeicultura e a piscicultura que já se haviam revelado como alternativas viáveis, como atividades principais.

Mas, deixando de lado as várias possibilidades, vamos nos ater aqui à piscicultura que é praticada no DAS através de criações em barragens de igarapé, em tanques em canais de igarapé ou em tanques escavados, sendo esta a modalidade técnica mais utilizada pelos empresários, e que vem ganhando vários adeptos.

Temos, dentre os maiores projetos, a Oriente Agropecuária Ltda. na estrada vicinal ZF-09, com 60 ha de área inundada para produção de tambaquis e tartarugas, a P.R.F. Lopes Agroindústria e Comércio na rodovia AM-010, com 56 ha para produção de tambaquis, a Guaporé Agropecuária Ltda. na estrada vicinal ZF-1, com 33 ha para produção de tambaquis e matrinxãs, Ricardo Poveda Moreno na estrada vicinal ZF-1, com 25 ha para produção de tambaquis, a Agropecuária Vitória Régia na estrada vicinal ZF-6, com 5,5 ha com produção de tambaquis e Aluísio Rodrigues da Costa na estrada vicinal ZF-7, com 7,5 ha para produção de matrinxãs. São ao todo 57 piscicultores com 266 ha para produção de tambaqui, matrinxã, pirarucu, quelônios, além de uma pequena quantidade de tilápia, cará-açu, jaraqui, tucunaré, tamuatá e carpa e existem ainda 27 produtores com 50 ha de barragens e tanques prontos para receberem peixes. Estas últimas são espécies que além de criarem uma série de problemas que vão da produção de alevinos à deficiência de informações na tecnologia de manejo, continuam a receber dos criadores a melhor dedicação e que futuramente, com exceção da tilápia e da carpa por questões legais, deverão oferecer bons resultados.

Com exceção de 2 criadores na estrada vicinal ZF-1, margem esquerda, com 25 ha de tanques, os outros são piscicultores que se estabeleceram no município de Rio Preto da Eva, em função de uma série de condições favoráveis. Assim, de uma área inundada de 315 ha, 241 ha estão no município de Rio Preto da Eva e apenas 46 ha encontram-se prontos para receber peixes. Da área disponível são produzidas anualmente 1.598 t de tambaqui, matrinxã, pirarucu e quelônios, sendo que os dois primeiros em quantidade significativamente maior.

Esta é uma das maneiras de ocupar o Distrito Agropecuário de forma produtiva e rentável, e dadas as condições atualmente vigentes é possível aumentar significativamente a produção e o número de produtores. O município de Rio Preto da Eva apresenta condições razoavelmente satisfatórias para a manutenção e até mesmo de ampliação do nível de produção, que gira em torno de 93% do total. Esta é uma atividade que apresenta excelentes perspectivas de produção e de rentabilidade, desde que razoavelmente bem conduzida, e que deixa claro a importância da atividade para a região, em termos de geração de riquezas, emprego de mão-de-obra, aumento da produção de alimentos de qualidade, defesa do meio ambiente, geração de tecnologias, etc.

2 de janeiro de 2011

Salve 02 de janeiro de 2011

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Senador Arthur Virgilio prestigiou neste domingo, 02 de janeiro de 2011, o aniversário de Luiz Frederico (corinthiano). Confiante e bem disposto, senador conversou animadamente com todos, deixando claro que está confiante e preparado para novas e futuras batalhas.