4 de junho de 2011

Atlético Rio Negro Clube

Essa foto é para os meus amigos rionegrinos, que já perderam as contas de quantos anos já se passaram sem ganhar um título do campeonato amazonense de futebol. Bons tempos que parecem não querer voltar mais. Este ano de 2011 o título é do PENAROL, ganho exatamente na data de hoje - 04 de junho de 2011 - PENAROL CAMPEÃO!

Debaixo da Ponte!

Esta foto foi tirada debaixo da Ponte que liga o Bairro de São Raimundo ao Bairro da Aparecida, durante um passeio (2011) com o catraieiro solitário Bebé - Manaus/AM/Brasil.

Quem dá mais pelo azulzinho?

Foto tirada na Manaus Moderna - Manaus/AM

Escorado & Aposentado

Embarcação (barco) de madeira, escorada e aposentada das suas atividades nos rios da Amazônia.

3 de junho de 2011

Vamos Reagir!

Temos tido aqui depoimentos frequentes sobre a ocupação indevida de vagas de estacionamento do shopping Manauara, por exemplo. E fica sempre uma pergunta no ar: como conter essa galera de imbecis que agem impunemente nos shoppings?

A primeira coisa a colocar nessa discussão, é que o serviço de estacionamento do shopping não é gratuito. É pago! E muito bem pago. Quando um idoso, um deficiente ou uma gestante entra no estacionamento do shopping, a expectativa é de que vai encontrar uma das vagas que, por lei, são obrigatoriamente criadas para atendê-los. Quantas vezes, idosos, deficientes e gestantes rodam todos os andares do shopping e não encontram uma vaga especial para estacionar? São obrigados na maioria das vezes a estacionar distantes das portas de acesso, simplesmente por que uma turma de imbecil não respeita as vagas especiais, assim como encontram todas as facilidades para fazer isso impunemente, pois não existe fiscalização de parte do shopping para impedir esses abusos.

Considerando o descaso da administração do shopping na fiscalização das áreas de estacionamento, entendo que idosos, deficientes e gestantes, quando não encontrarem vaga para colocar seus veículos pelo fato de estarem ocupadas por algum imbecil,  devem ser dispensados do pagamento da taxa de estacionamento. É o mínimo a fazer para compensar o descaso com a fiscalização. Ora bolas! O serviço é pago, então que façam a fiscalização para conter os abusos que acontecem diariamente nesses locais.

Quem sabe os nossos nobres vereadores atentem para essa questão, se interessem por essa situação que não se resolve, e busquem alternativas no sentido de obrigar os shoppings a manterem uma melhor fiscalização dos seus estacionamentos, no sentido de assegurar os direitos de idosos, deficientes e gestantes. Eles merecem o nosso apoio e toda a nossa indignação contra essa tropa de imbecis que agem impunemente nos estacionamentos. Compartilhe esse assunto com seus amigos., autoridades, políticos, etc. Vamos reagir!

1 de junho de 2011

Brincadeira de Bolinha de Gude


gabiconsalter.blogspot.com

Ao observar o desenho que acompanha esta breve história, fiz uma saudável viagem no tempo. Voltei à minha adolescência, início da década de 70, quando morava na Getúlio Vargas com meus pais e avós, quase na esquina com a Rua Ramos Ferreira, em Manaus. Bem ao lado da casa onde morávamos havia uma vila de casas, chamada Vila Mimi, que aliás continua existindo até os dias de hoje. Logo ao lado dessa Vila havia um terreno abandonado, hoje usado como estacionamento. Em frente a esse terreno não existia calçada. Era um barranco irregular, onde todos os dias um grupo de colegas da rua se reunia para brincar de bolinha de gude.

A partir das 4 horas da tarde a molecada começava a chegar. Os irmãos Geraldo e Zezinho, Cica e Jara, Lapão e Lapinha, Zeca e Beto, Arthuzinho, Fernando Piu Piu e outros. Cada um tinha a sua maneira de carregar suas bolinhas de vidro. Uns traziam as bolinhas nos bolsos do calção ou da bermuda; outros traziam numa meia de sapato e eu levava as minhas dentro de uma lata de leite ninho pequena. Separava para o jogo sempre aquelas mais usadas e batidas. Cheguei a ter mais de mil bolinhas, porém, mais da metade delas, acredite, ganha no jogo. Modéstia a parte, minha canhotinha era certeira e infalível.

Na brincadeira de bolinhas que fazíamos todas as tardes havia algumas regras básicas. A ponteira tinha que ser uma bolinha normal. Não era permitido o uso de ponteira de aço. Tinha que ser de vidro e do mesmo tamanho das outras bolinhas. Outra exigência é que desde a primeira partida, no circulo riscada no barro do chão, cada jogador tinha que depositar (casar) 10 bolinhas. A cada nova partida, essa quantidade iaumentava 5 bolinhas. Da brincadeira participavam até 4 jogadores. O ideal era no máximo 3 jogadores. Aquele que no final da partida recuperava o menor número de petecas/bolinhas casadas no circulo, dava a sua vez para outro na espera. E assim íamos até escurecer ou até chegar a hora do tradicional ABAFA, que acontecia exatamente às 6 horas da tarde, ao som da primeira badalada do sino da Igreja de São Sebastião anunciando o final da tarde.

E o que era esse tal ABAFA? Bem, o abafa era o momento onde quem estava jogando, ao som da primeira badalada do sino de São Sebastião anunciando 6 horas da tarde, tratava de correr para pegar como podia as bolinhas que ainda restavam no círculo riscado no chão. Detalhe: só podiam abafar aqueles que estavam participando da partida. Os outros só assistiam. Era a chamada hora do pega-prá-capar. Quem ainda não havia conseguido recuperar pelo menos a quantidade de bolinhas casadas no círculo no início da brincadeira, tinha que ficar esperto e se atirar para abafar as bolinhas que restavam, como quem faminto se atira para cima de um prato de comida.

Dos ABAFAS que participei, um me marcou para sempre. Em resumo – fui traído e me dei muito mal.

Nesse dia da traição eu saí de casa sem a minha inseparável lata de leite onde guardava as minhas bolinhas. A intenção naquele  dia era só assistir a brincadeira. Estava com a clavícula direita quebrada e o braço direito enfaixado junto a corpo. Apesar de ser canhoto, ainda assim não me sentia confortável para brincar de bolinha. Além disso, na hora do ABAFA, caso estivesse jogando, ficaria em total desvantagem. Mas, quando cheguei ao barranco sem as minhas bolinhas, os colegas da rua insistiram para que eu fosse buscá-las para brincar. Para me convencerem, prometeram que naquele dia não aconteceria o tradicional ABAFA. Eu, num desses momentos de leseira baré, acabei caindo na conversa dos colegas da rua. Foi só o sino da Igreja de São Sebastião dar a sua primeira badalada e os colegas que estavam brincando comigo trataram de partir para o abafa.

Não bastasse ter perdido as minhas bolinhas pelo abafa, peguei corda de Fernando Piu Piu e resolvi partir para a briga com um daqueles que havia feito o abafa. Imaginem! Resolvi enfrentar o Arthurzinho com um braço só. Resultado: levei um tubo no olho e voltei para casa com menos bolinhas e ainda um olho roxo. Questionado pelo meu pai, inventei que tinha batido o olho jogando bola. A infeliz mentira me custou um castigo de 15 dias sem poder sair de casa. A vingança veio mais tarde, mas, aí é outra história que eu prometo contar numa próxima oportunidade.