23 de novembro de 2012

Saudade da Manaus de paz...



violenciaurbanaesb2010.blogspot.com
Sem colocar em dúvida os esforços das autoridades para conter a violência em Manaus, o certo é que os assaltantes continuam agindo com ousadia e violência em plena luz do dia.
Neste último domingo, por volta das 3 horas da tarde, um colega de trabalho que mora no Conjunto Atílio Andreazza foi mais uma vítima. Seu filho foi rendido quando chegava ao portão de casa. Com um revolver apontado para a cabeça foi obrigado a entrar na garagem com o seu carro e os assaltantes.  Meu colega dormia no seu quarto e não teve a menor chance de reação. Foi forçado a ficar na cama deitado de bruços e sob a ameaça permanente de um dos assaltantes.
A esposa de meu amigo chegou exatamente no momento em que acontecia o assalto. Os bandidos que estavam dentro da casa foram avisados por um terceiro que vigiava tudo do lado de fora. Quando entrou em casa encontrou o bandido apontando a arma para a cabeça de seu filho.  Não tinha nada a fazer. Foi levada para o quarto do casal, onde seu esposo já estava rendido e sob a vigilância nervosa de um dos bandidos, que aparentava menos de 20 anos e portava sandálias e bermuda.
Sem medir os riscos, a esposa de meu amigo resolveu questionar o bandido que ficara no quarto vigiando-os. Perguntou por qual motivo estavam ali fazendo aquilo e ele simplesmente respondeu que não queria estar ali fazendo aquele assalto. Fora induzido ou forçado pelos colegas bandidos a participar. Passou inclusive a avisar o casal quando o outro bandido vinha em sua direção. Quando estava remexendo a bolsa a procura de dinheiro, a esposa de meu amigo pediu que levassem só o dinheiro e deixassem os documentos, no que fora atendida.
 Meu colega conta que teve chances de imobilizar o bandido que ficou com eles no quarto, usando da sua força física e dos seus mais de 100 kg. O bandido era franzino e quando foi remexer a bolsa de sua esposa a procura de dinheiro, colocou o revólver na cintura e agachou-se,  oferecendo chances reais de ser surpreendido e atacado.
Felizmente o bom senso prevaleceu nesse momento. Apesar das chances de reagir contra um dos bandidos, meu colega sabia que o outro tinha uma arma apontada para a cabeça do seu filho, e certamente o assalto acabaria em tragédia e dor maior para a família. Levaram objetos, equipamentos e mais o carro de seu filho, um FIAT PALIO NOY – 2212, ANO 2009/2010, COR PRETA. Por conta do celular roubado, ainda foi possível por algum tempo monitorá-los, mas logo se desfizeram do aparelho.
O assalto que relato não é o primeiro nessas condições dentro do Conjunto Atílio Andreazza. Não faz muito tempo, outra colega sofreu assalto idêntico, só que os bandidos agiram com violência, machucaram as pessoas que estavam na casa e deixaram traumas e marcas que vão durar para sempre. A sociedade tem que reagir contra essa violência. Está demais!  É preciso urgente adotar um programa de TOLERÂNCIA ZERO contra a bandidagem. As pessoas de bem perderam a tranquilidade dentro e fora de casa, e os bandidos estão espalhando violência e terror nos quatro cantos da cidade. Não dá para ter pena de bandido (menor, inclusive), que invade uma casa com comparsas e não se contentam apenas em levar dinheiro, carros e objetos. Agem com sadismo, espalham terror, espancam crianças e idosos indefesos, estupram as mulheres e, em muitos casos, até matam fria e covardemente.  Não dá para chamar esses elementos de seres humanos.  Até mesmo enjaulados representam risco. Saudade da Manaus de paz!