23 de março de 2013

Olha a mentira!...


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Quem nunca contou uma mentira que deu o que falar na própria família?

Pois é! Eu vou contar qual foi a minha mentira...

Na minha casa, nos anos 60 e 70, futebol era o tema que mobilizava toda a família. Tinha torcedor do Nacional, Rio Negro, Fast, São Raimundo e Olímpico. A quantidade de gente torcendo pelo Nacional era maior e contava com a liderança de vovó Graziela. Até a pintura da nossa casa, imaginem, era nas cores azul e branco. E se não bastasse, ainda tinha um escudo grande do Nacional pregado num isopor e colocado de frente para a rua.

Para mexer com a vovó Graziela na hora do almoço, provocávamos vovó Manoel sobre o fato de termos a nossa casa pintada só nas cores azul e branco. Vovô entendia a brincadeira e respondia que o azul não era do Nacional e sim do Olímpico, seu clube do coração. Era o suficiente para vovó soltar os cachorros e mandar todo mundo calar a boca, pois na mesa de refeições não era lugar de falar de futebol.

Além de vovó Graziela, existiam ainda mais duas apaixonadas pelo tal Nacional. Minha irmã Diana e a Dedé, uma senhora que morava conosco, tomava conta da cozinha e era a nossa segunda mãe. Era ela quem nos levava ao campo de futebol. Os homens até podiam ir sozinhos ao estádio nos dias de jogos, mas para a Diana ir, a presença de Dedé era ordem. Agora, imaginem o que era ir a campo com Dedé e Diana, ambas nacionalinas doentes. Elas determinavam onde sentar no estádio, ou seja, sempre do lado da galera do Nacional. Eu e Luiz Humberto, filho da Dedé, torcíamos por outros times e éramos obrigados a sentar junto delas. Eu, fastiano, e Luiz Humberto, rionegrino.  

Dedé, a nossa querida e inesquecível segunda mãe, tinha um rádio portátil que era o seu parceiro inseparável. Aonde ela ia o rádio ia junto. Enquanto cozinhava, o rádio estava ligado para ouvir as novelas da época e todas as resenhas que falavam de futebol e do Nacional, obviamente. Dedé tinha duas paixões no time de futebol do Nacional: o goleiro Marialvo e o ponta esquerda Pepeta.

Sabendo das paixões de Dedé, um belo dia, voltando da aula, fiquei matutando sobre alguma coisa para mexer com ela. Só não imaginava no que essa brincadeira ia dar. Entrei em casa e fui direto para a cozinha. Cheguei junto de Dedé e disse:

- Dedé, tá sabendo o que aconteceu com o Marialvo?

Não! – respondeu a Dedé sem me dar muita confiança. Então, resolvi apelar...

- Dedé, Marialvo morreu atropelado.

Quem foi que ti disse isso menino?   – perguntou a Dedé, agora mais atenta e assustada com a minha notícia  sobre um dos seus ídolos. Acabei de ouvir a resenha aqui no rádio e ninguém falou nada disso.

Mas aconteceu agora Dedé – insisti com a mentira trágica. Eu fiquei sabendo por que passei em frente ao Pronto Socorro ao lado do Hospital da Santa Casa. Ele está lá e tem um monte de gente do lado de fora. Completei a mentira e me arranquei da cozinha. Tinha que tomar banho para voltar e sentar à mesa do almoço com vovó Manoel e toda a família.

Quando volto do banho, feliz com a mentira pregada para cima de Dedé, a confusão estava instalada na cozinha. Vovó é quem dava as ordens. Dedé, coitada, sentada numa cadeira tremia e chorava ao mesmo tempo. Eram as consequências da mentira que eu havia inventado. Matei o Marialvo de mentirinha, mas pelo jeito quem ia morrer mesmo de verdade era a Dedé, e de tristeza.

O remorso bateu forte e eu desembuchei no ato:

- Dedé, chora mais não. Foi brincadeira minha. Marialvo não foi atropelado e também não morreu. Eu inventei essa história para brincar com a senhora.

Quando acabei de esclarecer a mentira, só senti aqueles dedos vigorosos segurando a minha orelha de abano como se fosse um alicate. Era a vovó Graziela me puxando pela orelha e me passando um tremendo sermão.  Para minha sorte, Dedé se recuperou emocionalmente e a tempo de não deixar o almoço atrasar.

Durante todo o almoço daquele dia a conversa na mesa girou em torno da mentira e do susto que eu apliquei em Dedé, a nossa segunda mãe. Vovô também não aprovou a brincadeira e me fez prometer que não ia mais matar ninguém do time do Nacional. Em resumo, sentei à mesa como acusado e sai dela literalmente condenado. Sentença: fiquei de castigo por vários dias sem poder sair no portão para brincar. Armei e me dei mal!  

O CASCUDO da Dialeda...



Responda com sinceridade – você já levou um cascudo?

Estou falando daquele cascudo bem aplicado, que começa na sua cabeça, desce dando choque pelo corpo inteiro e descarrega na sola do pé. Pois é! Foi um desses cascudos que eu levei quando tinha por volta de 9 anos de idade, na porta de minha casa, na Avenida Getúlio Vargas, em Manaus.

Quer saber como foi? Quem aplicou? Eu vou contar...

Na idade de 8 a 10 anos, andar de bicicleta era uma das brincadeiras prediletas da meninada da minha rua. Três casas após a minha, morava Dialeda, filha do Seo Jacy, irmão do médico preferido da nossa família, Dr. Jorge Aucar, que também morava na Getúlio Vargas. Nossas casas ficavam no trecho entre as ruas Leonardo Malcher e a Ramos Ferreira.

Dialeda era uma menina da minha idade, magra, alta e que tinha um divertimento predileto – malinar dos colegas. Era a mais alta da gurizada da rua e não temia a ninguém. Irritar ou tentar encarar a Dialeda era brincar com a sorte. Ela aproveitava-se da sua altura e usava como arma predileta o famoso cascudo.

Eu me dava bem com Dialeda. O pai dela tinha em casa uma bomba de encher pneu de bicicleta muito bacana e que não exigia muito esforço. Todo final de tarde, principalmente, fazia fila na porta da casa do Seo Jacy para uso da tal bomba.

Quem brigava com Dialeda, obviamente que perdia esse privilegio, não por conta do Seo Jacy, mas por medo de levar mais cascudos enquanto enchia os pneus da bicicleta.

Certo dia, eu e Dialeda brincávamos com nossas bicicletas na calçada. De repente, me desequilibrei na bicicleta e a minha roda dianteira esbarrou na roda traseira da bicicleta de Dialeda.

Sem estar esperando por aquilo, Dialeda foi ao chão. Foi uma daquelas quedas que você não sabe se ri ou se socorre a vítima. Antes de beijar o chão literalmente, ela saiu catando cavaco por alguns metros. Em seguida, antes mesmo de eu esboçar um pedido de desculpas, ela já estava de pé e já havia me aplicado um tremendo cascudo.

Porra, doeu até na alma. Eu senti a energia daquele cascudo sair pela sola do meu pé. Doía tanto que eu fiquei sem qualquer ação. Enquanto isso, Dialeda já tinha pego a sua bicicleta e ido embora para sua casa. Tinha ralado feio um dos joelhos no chão cacarento da calçada.

Ainda zonzo com a porra do cascudo, peguei a minha bicicleta e entrei em casa também. Ao passar pelo portão chorando com a dor do cascudo e com raiva de Dialeda, dei de cara com mãe Rosalina e vovó Graziela conversando no pátio logo na entrada de casa. Desci as escadas com a bicicleta e, antes de chegar ao último degrau, veia a única pergunta que eu não queria ouvir naquele momento. Mamãe vendo eu com a cara de choro, indagou-me:

- O que foi que aconteceu Em-ma-nu-el? Mamãe até hoje é a única pessoa que pronuncia o meu nome como se estivesse soletrando. É diferente do Emanuel com um “m” só.
Ingenuamente, respondi: - mãe, Dialeda me deu um cascudo.

Dona Rosalina olhou séria para mim e disse:

- Presta atenção, Em-ma-nu-el. A próxima vez que você entrar por esse portão chorando por que levou cascudo de uma mulher, tu ti preparas para levar uma surra da tua mãe. Resolve teus problemas lá fora e não me entre mais aqui chorando por que apanhou na rua, principalmente de mulher. Completou o sermão mandando que eu fosse tomar banho e não sair mais para lugar algum.

Para não dar margens para mais sermão, respondi: – sim senhora! Vovó Graziela, assistindo a tudo, chamou-me, passou a mão na minha cabeça para ver se tinha algum galo e receitou: - vai passar gelo! Minha avó resolvia todos os problemas com gelo e magnésia.

O tempo passou e eu e Dialeda fizemos as pazes. Não era a primeira e com certeza não seria a última vez. Certo dia, brincávamos de manja-cola. Dialeda sai correndo atrás de mim e, ao me alcançar, em lugar de apenas me tocar com a mão como todos faziam, lascou um cascudo na minha cabeça. Continue correndo pelo menos mais um 20 metros só com a energia acumulada com o cascudo. Parei por alguns segundos e voltei correndo para casa. Abri o portão e mamãe estava sentada no pátio. Olhei muito puto para ela e disse:

- Mãe, Dialeda me deu outro cascudo, posso dar uma porrada nela?

A resposta foi no olho – Já devia ter dado!

Fechei o portão, voltei para a brincadeira e esperei o momento da vingança. Naquele tempo eu usada umas botas para corrigir defeito no pé. Eu tinha o chamado pé-chato, usava botas desconfortáveis, com palmilhas, e que tinham um bico muito duro, suficiente para incomodar qualquer canela humana.

Bem mais alta e mais forte do que eu, para atacar com sucesso a Dialeda tinha que ser por meio de um plano infalível. Falhar, nem pensar - seria fatal! Só em pensar em falhar minha cabeça latejava imaginando os cascudos de troco.

Fiquei na espreita esperando Dialeda passar distraída. Quando isso aconteceu, não perdi a chance e lasquei uma bicuda na canela dela e já fui entrando em casa gritando: - dei um chute na canela dela! Dei um chute na canela dela!

O plano de vingança tinha dado certo, mas, passava-me a exigir toda cautela dali em diante. Como voltar a brincar na calçada sem levar em conta o risco de levar outra surra de cascudos. Por precaução e medo passei alguns dias sem sair de casa. A turma chamava e eu inventava alguma coisa para não ir. O máximo que eu arriscava fazer era ficar olhando da varanda a turma brincar na calçada.

Lembro que dessa mesma varanda, longe do alcance de Dialeda, dava para ver perfeitamente a marca de mercúrio cromo em cima do local da bicuda que eu havia dado na sua canela. Naquele tempo ainda não existia o Merthiolate incolor. Deve ter doido prá dedeu e isso fazia-me sentir vingado.

Não demorou muito e fizemos as pazes outra vez. Isso aconteceu no mês de junho, quando a rua de nossa casa ganhava muita alegria com as festas juninas. A gurizada toda se reunia na porta de casa para brincar, pular fogueira e comer os quitutes da época, preparados por Vovó Graziela e por nossa segunda mãe, Dedé. Comemorávamos todos os dias importantes do período junino e, num desses dias, sempre acontecia de um grupo folclórico se apresentar na porta de minha casa, com toda a gurizada reunida. Ora, não tinha tempo melhor para fazer as pazes com Dialeda, de quem guardo com carinho e muita saudade, boas lembranças, boas recordações, com a exceção dos cascudos, obviamente.

Hoje, confesso que me sujeitaria a levar um outro cascudo, só para ter a chance do reencontro com Dialeda, para relembrar das nossas brigas e peraltices e, principalmente, para lhe dizer do quanto foi bom tê-la como vizinha e como colega de infância. Uma infância feliz vivida com outros colegas inesquecíveis da avenida Getúlio Vargas, entre a Leonardo Malcher e a Ramos Ferreira.

19 de março de 2013

Adolescência feliz!




Na década de 70 eu tinha três grandes divertimentos na minha vida de adolescente: o jogo de bolinhas de gude no barranco do terreno ao lado de casa; a sessão dupla do Cine Guarani aos sábados; a pelada sagrada do sábado depois do cinema no quintal de minha casa ou no campinho do quintal da Dona Chaguinha, na Vila Paraíso; e a brincadeira de empinar papagaio de papel até o céu escurecer nas tardes de domingo, junto com meu pai. 

Para continuar esta história, preciso primeiro falar da casa de meus avós, com quem morávamos na Av. Getúlio Vargas, já próximo da Ramos Ferreira. Nos fundos da casa existiam três quintais bem divididos. No primeiro quintal vovó Graziela criava suas galinhas. Nesse quintal ficavam dois galinheiros de alvenaria e mais um depósito de mantimentos. Na lateral existia um galinheiro todo em madeira, que era o preferido das galinhas de vovó. No meio desse quintal existiam ainda dois velhos coqueiros. No segundo quintal, que chamávamos de quintal do meio, existiam duas cacimbas de águas transparentes que nunca vi igual. Quando faltava água na rua de casa, vovó autorizava os vizinhos a se servirem da água das cacimbas. No terceiro e último quintal, passava um córrego e onde haviam algumas fruteiras que não esqueço: dois pés de goiaba, sendo uma da branca e outra da vermelha, um pé de abacateiro e um pé de abiu. 

Um belo dia, meu tio Manoel, eu e meus irmãos de criação, Cláudio e Agostinho, resolvemos pensar em criar o nosso próprio campinho de pelada. A questão era - onde fazer o campinho? Dos três quintais que tínhamos em casa, o único que oferecia condições de se pensar em fazer um campinho de pelada era o primeiro. Mas, só de pensar nessa ideia dava arrepios. Quem ia ter a coragem de enfrentar vovó Graziela? Eu cheguei a treinar um discurso, mas na hora H faltou coragem.

- Vovó Graziela, a senhora deixa a gente matar suas galinhas, derrubar o seu galinheiro e cortar os seus dois coqueiros? Eu juro que é por uma boa causa! Se a senhora deixar, nunca mais a senhora vai precisar ir me buscar pela orelha na rua ou lá no campinho da vila, pois nos vamos passar a jogar bola aqui mesmo em casa. 

Não sei quanto tempo treinei esse discurso. A verdade é que ele nunca aconteceu. Fico imaginando o que teria sido das minhas orelhas se tivesse encarado esse desafio. Vovó não batia na gente, mas quando se aborrecia com algo, tinha uma maneira especial de segurar e puxar as nossas orelhas com os dedos que não havia jeito da gente escapar.

Na falta de coragem para enfrentar vovó Graziela para pedirmos autorização para acabar com o galinheiro e os coqueiros, resolvemos mudar a estratégia. Como ela havia dado um tempo na criação das galinhas, resolvemos colocar duas traves de madeira no quintal para fazer as nossas peladas. Imaginem uma pelada com três marmanjos de cada lado, um galinheiro na lateral e dois coqueiros no meio. Você driblava o adversário e trombava com o coqueiro; driblava o coqueiro e trombava com o adversário ou com o galinheiro. Era muito divertido! 

Como parte da nossa estratégia, resolvemos fazer as peladas usando a bola de futebol de salão, bem diferente da bola usada nos dias de hoje. Era menor e bem pesada. Cada bicuda em direção ao galinheiro era um estalo. Em menos de dois meses de pelada, todos os sábados e domingos, o galinheiro começou a desabar. Para não correr qualquer risco de que o galinheiro voltasse a ser levantado, tratamos de usar toda a madeira na fogueira da festa junina de São João e Santo Antônio. Todos os anos nessa época nós fazíamos uma festa junina muita animada e não podia faltar a fogueira, uma na porta de casa e a outra no quintal. 

Com o galinheiro detonado e transformado em cinzas, a nossa estratégia voltou-se para os dois coqueiros que já estavam inclusive atacados por brocas. Enormes brocas. Em lugar de eliminar as brocas, a ideia passou a ser alimentá-las, fortalecê-las e multiplicá-las. Quanto mais brocas, melhor para o nosso sonho do campinho de pelada. Os coqueiros já não seguravam mais os frutos e o chão do quintal ficava cheio deles ainda muito pequenos. 

Belo dia, vovó Graziela desceu para conferir a limpeza das cacimbas e parou para olhar a triste situação dos coqueiros. Sem mais nem menos, chamou o empregado que fazia a limpeza das cacimbas e mandou que ele retirasse os coqueiros do quintal. E completou - deixe tudo limpo viu!

Depois dessa ordem, fiquei o resto do dia ansioso esperando meu tio e meus irmãos de criação para dar a boa notícia. Antes que vovó se arrependesse da ordem dada, em menos de 48 horas os coqueiros foram arrancados e o quintal ficou definitivamente livre para se transformar no nosso campinho de pelada. Providenciamos novas traves de madeira, compramos duas bolas novas “dente de leite”, pintamos tudo e marcamos o dia da inauguração. Acreditem! Teve até taça para a equipe campeã. Nome da taça, advinhem, – Graziela Ribeiro. 

A inauguração foi marcada para um dia de sábado e todos os peladeiros da rua foram convidados. Só não contávamos que nesse dia acontecesse um imprevisto com um dos colegas peladeiros, o Dunga, que nos obrigou a transferir a inauguração para o sábado seguinte. Mas esta é outra história, que eu prometo contar depois. 

O campinho de pelada finalmente foi inaugurado no sábado seguinte, desta vez sem imprevistos. Durante um bom tempo esse campinho fez a alegria dos nossos fins de semana, junto com os colegas peladeiros da vizinhança. Tempos bons! Tempos de alegria! Saudade, muita saudade...

Máfia Chinesa em Manaus...


Segundo noticiário local, as ameaças sofridas pelo secretário municipal, Rafael Assayag, pode ter origem numa suposta máfia chinesa instalada em Manaus. Com tantos camelôs espalhados por esta cidade e a facilidade que eles encontram para se instalarem em qualquer lugar para vender produtos importados de origem e qualidade duvidosa, fico imaginando quantos deles agora não estão sob o domínio escravo e perverso dessa suposta máfia.    

O noticiário fala também da ação da policia federal nessa questão. Fica a expectativa de que em breve esses mafiosos possam ser pegos e enjaulados pelos federais. Pelo jeito, a batata dessa galera está assando.



18 de março de 2013

CHUVAS & BURACOS


coisasdesaocristovao.blogspot.com
As chuvas chegaram!

Estamos outra vez constatando o quanto é ruim não só a qualidade do asfalto utilizado nas operações tapa-buracos, como a qualidade do serviço executado pelas empresas contratadas pela prefeitura. Tentem descobrir como o contrato especifica e determina como deve ser executado o serviço de tapa-buracos nas ruas e vá às ruas acompanhar de perto como ele é de fato realizado. Entre outras coisas, você vai ver tapa-buraco sendo feito até debaixo de chuva.

O certo é que enquanto o sol reinava, os buracos cobertos com asfalto de péssima qualidade e de qualquer jeito, vinham resistindo bravamente ao tráfego de veículos. Foi só começar a chover e a água já está fazendo o seu estrago, penetrando com facilidade nas camadas de asfalto usadas como tapa-buraco. Tudo é praticamente arrastado ou arrancado pelas águas. É dinheiro público jogado no ralo. É dinheiro público atirado no lixo, pois pelo jeito não existe um controle eficiente sobre a qualidade da massa de asfalto usada nas operações, assim como uma fiscalização mais rigorosa com relação a forma de execução dos serviços nas ruas.