10 de agosto de 2016

SELEÇÃO BRASILEIRA FEMININA

Eu também fui à ARENA da Amazônia ver a seleção brasileira de futebol feminino jogar nas Olimpíadas 2016. Na realidade só mesmo Martha e Companhia ainda conseguem mexer com o sentimento do torcedor brasileiro e levá-lo ao estádio com a família para vibrar e torcer pelo Brasil.

Confesso que já não tenho mais o mesmo sentimento quando se trata de assistir jogos da seleção masculina de futebol. Cá entre nós, até mesmo pela TV essa seleção já não consegue atrair a atenção dos torcedores. Felizmente não assisti o último jogo e a maioria dos apaixonados pelo futebol e pela seleção brasileira foram dormir irritados com o que viram ao vivo no estádio ou na TV.

Imaginem! Foram de 6 ou 7 anos até chegarmos às Olímpiadas no Brasil e olha o time que arrumaram e colocaram para representar o nosso povo. Uma parte desse balaio de jogadores é composto por mercenários do futebol que, vencendo ou perdendo, não muda nada na vida deles, principalmente na conta bancária. Se o Brasil perde ou ganha, além de receberem uma boa grana pelos 90 minutos de jogo ruim para representar o Brasil, no dia seguinte pegam o avião e, de primeira classe, vão embora para suas mansões no exterior e o povo que fique envergonhado e chorando por aqui. Uma outra parte está preocupada com as cifras milionárias que envolvem suas transferências para o exterior e, nesse caso, nada de colocar a canela em bola dividida ou em excesso de esforços por amor à camisa da seleção do Brasil. Esse tempo já passou!

Mas, voltando ao jogo das meninas em Manaus, apesar do técnico ter colocado um time alternativo em campo para jogar com a seleção da África do Sul, assistimos um jogo bom, que mexeu com a torcida presente, principalmente devido a garra e o empenho daquelas que entraram em campo para defender as cores do Brasil. Tiveram várias chances de gol, não venceram a partida, mas saíram justamente aplaudidas de campo. Ao final do jogo, algumas jogadoras brasileiras tiveram a gentileza de darem uma atenção à parte aos torcedores que se aglomeraram em busca de um autógrafo ou de um self.

Não poderia deixar de falar das meninas da seleção da África do Sul. Souberam enfrentar o Brasil e levaram alguns perigos para o gol brasileiro. Mostraram que são rápidas nos contra-ataques. Por pouco não fizeram um golaço, não fosse a elasticidade da goleira brasileira que, com as pontas dos dedos, espalmou para escanteio uma bola que tinha endereço certo.

De anormal e revoltante, cito dois fatos. O primeiro é sobre os preços praticados dentro da Arena. Uma palavra traduz tudo – assalto! O segundo foi o que presenciei no encerramento do jogo quando, próximo a mim, um torcedor obeso resolveu encurtar a sua saída, pulando por cima das cadeiras. Na primeira que ele pisou tentando pular de uma fila para outra, já se ouviu um estalo, o que já era esperado pois se trata de um assento e não um degrau de escada. Quando o estúpido obeso saiu de cima do assento, o mesmo já não recolheu como acontece com os outros assentos depois que você levanta, ou seja, o assento foi simplesmente danificado. O sujeito não demonstrou nenhuma preocupação com o seu ato insano. Fez de conta que nada aconteceu, mas felizmente percebeu o estrago que havia feito e continuaria fazendo se continuasse pulando de fileira em fileira. Acho até que não continuou a sua insanidade devido na primeira tentativa, por pouco não ter rolado por cima das cadeiras, o que no fundo teria sido um castigo merecido.

Na chegada e na saída da Arena, pelo menos por onde passei, tudo me pareceu ter corrido tudo bem. Não vi briga ou confusão entre torcedores. A caminhada foi um pouco longa para chegar na ARENA, mas serviu para fazer um pouco de exercício, principalmente a subida de escadas até chegar no meu assento.


Meus parabéns aos voluntários que trabalharam nesses jogos. Pareceram-me simpáticos e muito animados na recepção e orientação dos torcedores. 

Finalizando, se eu tivesse que escolher dois lances dos dois jogos, com certeza eu escolho o frangaço da goleira ZIKA dos USA na falta cobrada pela colombiana, e a defesa da goleira brasileira num chute certeiro da atacante da África do Sul. 

8 de agosto de 2016

Não somos bobos...



Para quem não tem memória curta e não aceita ser tratado como bobo ou como otário, não é difícil lembrar de uma campanha para o senado, onde um ex-senador, que para muitos parecia ser imbatível, acabou simplesmente derrotado por sua adversária no pleito. 
Foi uma derrota que teve um gosto muito especial e que naquela ocasião deixou alguém extremamente feliz – o LULA paz e amor. 
À época essa derrota foi imputada à ação perversa de um adversário local que, supostamente movido pelo ódio e o despudor, teria roubado a eleição. Salvo engano, depois do resultado teve até promessa do derrotado de que seus adversários naquela campanha não ficariam impunes. 
Agora, movidos por aquilo que cinicamente chamam de dinâmica da política, falsos inimigos esquecem as desavenças pessoais e se unem como se nada tivesse acontecido. E você, o que acha disso tudo? Acredita mesmo que tudo isso que você está vendo acontecer é por amor e pelo bem do povo? Se eu tiver que acreditar nisso; vou ter que acreditar também que boi voa, jacaré nada de costa; Lula é um Santo; Maluf é honesto...