31 de outubro de 2016

Disputa por cargos públicos...


A máquina pública, seja ela municipal, estadual ou federal, continua sendo vitima da ação perversa de políticos e governantes. Não é nenhuma novidade os leilões de cargos públicos, utilizados para honrar compromissos e sacramentar alianças políticas. É fato! 

Não seria uma ação tão grave se essas decisões de ocupar os cargos politicamente fossem tomadas com a celeridade e a responsabilidade necessária de quem tem o dever sagrado de zelar pela coisa pública. Mas, como isso nem sempre acontece, cargos da máquina pública são ocupados interinamente por longos meses e, pasmem, até por mais de ano. Enquanto não decidem, os cargos ficam sob a responsabilidade de pessoas nomeadas interinamente, que podem tudo e ao mesmo tempo não podem nada, e que a qualquer instante podem amanhecer exonerados. O gestor interino é aquela pessoa que todo mundo sabe que está ali passando um tempo e que quando precisa tomar uma decisão administrativa mais séria, sempre tem alguém para lhe lembrar dessa condição e dizer - "cuidado, fica na tua, tu estais aí de passagem, deixa isso para o titular que vai vir aí ocupar o cargo". Quem ocupa ou quem já ocupou cargo interinamente por longo período, sabe muito bem do que estamos comentando e como isso funciona.       
 
Essas longas esperas para ocupar cargos públicos, essas longas esperas até que aliados políticos se entendam e decidam quem é quem para ocupar os cargos em disputa, precisa ser colocada na pauta das discussões de todos os parlamentos, onde exista uma maioria séria e comprometida com as boas práticas em todos os sentidos. Alguma coisa precisa ser feita para normatizar e moralizar a ocupação de cargos públicos no poder executivo. Nenhum cargo público deveria ficar sem o seu titular por mais de 60 dias. Nenhum cargo deverá ser exercido interinamente por mais de 60 dias. 

Na verdade essa é uma ação, uma oportunidade para rever o tratamento que é dado por governantes, políticos e partidos à máquina pública na disputa acirrada e perversa por cargos públicos em vários escalões. Uma forma inclusive de começar a resgatar um pouco a imagem do parlamento perante a sociedade, já cansada de assistir essa e tantas outras mazelas.