26 de outubro de 2006

Adolescentes Perversos!...

Recentemente o jornal A Critica, na sua página Cidade, trouxe uma reportagem aterrorizadora, falando de adolescentes perversos que matam sem pena e com requintes de muita crueldade. Isso nos faz logo lembrar de um caso recente na cidade de São Paulo e concluir:
– Nós temos também os nossos Chambinhas no Amazonas.
São adolescentes que cometem os seus crimes cruéis, na maioria das vezes conscientes do que estão fazendo e plenamente convictos da impunidade. Ainda que sejam detidos e colocados em Instituições supostamente preparadas e especializadas na recuperação de menores infratores, a única certeza absoluta que temos é que logo serão colocados em liberdade, livres de qualquer responsabilidade pelos crimes bárbaros cometidos.
Imaginem um adolescente de 15 anos violentando uma outra criança, matando, esquartejando o seu corpo em vários pedaços e enterrando. Não se trata de uma ficção! Segundo a Dra. Graça Prola (da Secretaria de Assistência Social do Estado do Amazonas) é uma realidade – aconteceu! acontece!... Esse adolescente, caso esteja ainda recolhido em alguma instituição local, em pouco tempo vai estar solto, sem que tenhamos a menor garantia de que não vai violentar, matar e esquartejar outras crianças. E não será culpa nem do adolescente, pois não foi ele que criou uma legislação que não funciona além do papel, tampouco das instituições encarregadas de promover a recuperação desses adolescentes infratores, pois são instituições que vivem com o pires na mão e só sobrevivem em função do trabalho de profissionais como a Dra. Graça Prola e outros anônimos abençoados e incansáveis. A eles devemos a nossa gratidão, pois sem eles estaríamos numa situação bem pior.
A sociedade precisa reagir. Como diz a Sra. Luissandra (promotora da infância e juventude), são muitas as causas que levam os adolescentes ao mundo do crime ou a praticar determinadas barbaridades que chocam a sociedade. Entre essas causas estão as drogas e a falta de políticas públicas. Estamos iniciando um novo período de governo e, mesmo não levando muita fé na classe política local e nacional, fica a expectativa de que o combate às drogas ganhe o status de “tolerância zero” e que políticas públicas sérias e objetivas, possam ser implementadas em benefício das nossas crianças, jovens e adolescentes.
Para encerrar é bom lembrar que jovens e adolescentes perversos não existem apenas no seio de famílias pobres e/ou desestruturadas. A prova disso está numa recente barbaridade cometida contra o comércio de Manaus, quando uma turma de mauricinhos adolescentes, filhinhos de papai, resolveram passar a madrugada destruindo o patrimônio alheio. Conseguiram não só o que queriam – conseguiram, até prova em contrário, sair impunes desse episódio vergonhoso. Se fossem filhos de pobres, com certeza agora estariam recolhidos ao Dagmar Feitosa ou no Raimundo Parente, como elementos de alta periculosidade. Alguém duvida disso?