23 de janeiro de 2010

Direção Defensiva & Primeiros Socorros


Início de dezembro passado eu descobri que minha carteira de habilitação iria vencer em janeiro de 2010. Daí então começou um dilema. Faço a prova ou faço o curso de direção defensiva? Resolvi consultar algumas pessoas. Uns diziam para eu fazer a prova: - é moleza! Basta ler a legislação e prestar atenção nas pegadinhas. Outros me aconselhavam a fazer o curso de direção: - vais aprender muita coisa e ainda se divertir.

Resolvi fazer o curso de direção. Na verdade tomei essa decisão para não arriscar ser mais uma vítima das tais pegadinhas que colocam na prova. Muita mais por esse motivo citado do que pelo incentivo daqueles que, indistintamente, elogiavam o curso de direção.

Na segunda-feira passada, 18.01.2010, foi o meu primeiro dia de aula. Tratei de chegar cedo, pois o recado era que quem chegasse atrasado não entrava mais. Começa a aula e veio a primeira surpresa. Uma mulher se apresenta para dar aula de direção defensiva. Isso mesmo! Profª Leonice. Morena clara, baixinha e, como toda mulher baixinha - autoritária. Daquelas que dá ordem sorrindo. Foi logo dando as regras do jogo e fazendo ameaças: quem chegar atrasado não entra mais; desliguem os celulares; não podem conversar; não dou espaço para comentários; ninguém pode dormir; e quem desobedecer a regra do celular desligado ou dormir na cadeira - vai pagar prenda.

Confesso que já fiquei invocado. E olha que não foi só eu não! Na minha cabeça e de muita gente ali dentro do auditório, havia com certeza uma pergunta:- se dizem que mulher é um problema no trânsito, o que podemos aprender com elas? Independente disso, pelo menos havia um alívio a considerar. Colocaram uma morena para dar as aulas. Já imaginou se fosse uma loira?


Começa a aula e aos poucos fui sendo surpreendido e ao mesmo tempo me penitenciando por todos os pensamentos maldosos e precipitados a respeito da professora. Vendo a turma atenta à aula e às explicações, entendi que com certeza eles estavam na mesma situação que eu, ou seja, surpresos com a desenvoltura, com o conhecimento dos temas abordados, com a competência, com as habilidades e a simpatia da professora. Ao final a conclusão é simples, justa e merecida - a Profª Leonice é nota DEZ!

Na quinta-feira, quarto dia de aula, aparece um bombeiro para nos dar aula sobre primeiros socorros. Sargento João Filho! Um sujeito ainda jovem, do tipo que as mulheres hoje chamam de sarado. Mas, depois das aulas de Profª Leoncinha, creio que boa parte da turma já olhava desconfiada para o sargentão, desejando que fosse uma Sargenta. Na verdade o Sargento acabou sendo mais uma boa surpresa. Só precisou de pouco mais de 20 minutos para conquistar a turma. Simples, simpático, com domínio da matéria, objetivo e um senso de humor bem dosado, o sargento conseguiu transmitir a matéria com eficiência e ainda divertindo a todos ali presentes. Falando sério nas horas que precisa falar sério, mas usando o bom humor e brincadeiras sadias com as pessoas, o sargento nos fez esquecer até os aparelhos de ar condicionado que, ditos novos, não estavam funcionando direito. Dona Mônica, diretora do DETRAN, está de parabéns pelo curso, mas deve ter passado a semana inteira de orelha quente por conta da insatisfação dos alunos com relação às condições climáticas do auditório e a falta de uma tela adequada para projeção das aulas e videos. Pela importância do curso, a qualidade dos instrutores que ministram as aulas e respeito aos alunos, a direção do DETRAN deve olhar com mais atenção para as condições de infra-estrutura do auditório. Falta de arrecadação com certeza não é problema.

Fiz questão de fazer esse relato e dar o meu depoimento a respeito do curso. É o tipo de evento que vamos carregar em nossas lembranças para sempre. A Profª Leoncinha e o Sargento João passam a fazer parte das nossas boas e inesquecíveis memórias. Que Deus os ilumine para continuarem realizando esse belo trabalho. É uma simples homenagem que eu faço ao trabalho desses instrutores e que desejaria ver registrado em suas fichas funcionais. Eles são merecedores de todos os nossos aplausos. Espero também que todos aqueles que estiveram nesse curso, possam também daqui para frente oferecer uma maior contribuição para a humanização do nosso trânsito.

17 de janeiro de 2010

Bandido bom é bandido morto!

A notícia de que um sujeito com nome de artista foi executado a tiros em pleno centro da cidade de fato é algo assustador. Os executores agiram normalmente, sem máscaras, de cara limpa, numa afronta à sociedade e às autoridades de segurança deste Estado. Declaradamente são matadores profissionais cumprindo uma execução. Vinte tiros, alvo atingido com sucesso e morto. Missão cumprida!

Há algum tempo isso vem acontecendo normalmente em nossa cidade, ou melhor, em todas as capitais deste país, onde a violência vem triunfando. Recentemente um amigo teve a sua casa invadida por assaltantes, mas felizmente nada de grave aconteceu. Outro amigo não teve a mesma sorte. Estava na porta de sua fábrica de sorvetes quando foi abordado por um sujeito que queria saber de preços. Inesperadamente surgiram outros três elementos que já foram agindo com violência e anunciando que era um assalto. Passaram a espancar a todos, indiscriminadamente, com chutes, murros e pontapés, para que indicassem onde estava o dinheiro. Descobriram que meu amigo era o dono e aí então concentraram toda a perversidade e violência em cima do mesmo, com o objetivo de fazê-lo entregar o que tinha em dinheiro. A sorte é que na ânsia de só espancar as suas vítimas, uma das armas disparou acidentalmente e eles (assaltantes) ficaram preocupados que o barulho do tiro tivesse sido ouvido por alguém próximo. Além disso, dois empregados que estavam dentro da casa, perceberam a ação dos bandidos, conseguiram se esconder e ligar de um celular pedindo socorro.

Quando a polícia chegou os assaltantes já haviam se retirado. De certa forma foi bom, pois se a polícia tivesse chegado antes, da forma violenta como estavam agindo, a impressão é que teria ocorrido um confronto que resultaria inclusive em mortes. Há poucos dias atrás, esse meu amigo reconheceu nos jornais os bandidos que assaltaram a sua empresa e espancaram a ele e seus empregados. Foram presos por conta de outro assalto. Pelo que passou nas mãos desses elementos, meu amigo adverte. São elementos maus! Perversos! Gente que não tem pena de ninguém. Gente que bate, espanca e mata para conseguir o que quer. São animais frios e covardes, capazes das mais bárbaras atrocidades com suas vítimas. Nem precisa reagir para apanhar! Eles batem do mesmo jeito prá valer e com prazer. Não estão ali apenas para assaltar e levar os bens materiais. Eles estão ali para praticar o mal, com satisfação e no mais alto grau.

Desculpem a sinceridade, mas não dá para ter pena de gente dessa natureza. Não dá para pensar em direitos humanos para pessoas que agem com tamanha perversidade. O melhor para gente desse tipo é estar morto mesmo. Bandido bom é bandido morto! É o ditado mais certo. Vão dar trabalho no inferno, de onde não deveriam ter saído. Do contrário, se forem apenas detidos e presos, passam umas férias na cadeia aperfeiçoando os seus métodos e reforçando a quadrilha. Logo aparece uma caneta para colocá-los de volta nas ruas e daí recomeçarem a caçada de novas vítimas.