12 de agosto de 2017

Um presente do Dia dos Pais...

Sexta-feira, 12 de agosto de 2017. Tinha tudo para ser apenas mais uma sexta-feira de trabalho. Por volta do meio-dia, recebi na minha sala a visita do amigo Elilde Menezes, meu ex-chefe, agora já curtindo sua aposentadoria.

Elilde estava me devendo essa visita. Veio tratar de um assunto de nosso interesse. No meio da conversa, já falando de amenidades, ele perguntou-me se eu ia para a feijoada que o nosso amigo em comum, Luciano Muelas, estaria oferecendo aos seus funcionários, no terminal do Porto de São Raimundo, em comemoração ao dias dos pais. Confesso que, envolvido no trabalho, nem lembrava mais desse convite. Resolvemos ligar para saber se a feijoada estava confirmada e, depois de nova intimação, resolvi ir na carona do amigo Elilde curtir não só a tal feijoada, como a bela paisagem que o local oferece, de frente para a Ponte sobre o Rio Negro. 

Quando chegamos no destino a feijoada estava sendo servida. Um grupo pequeno de funcionários já degustava a feijoada que, segundo Luciano, teria lhe tirado da cama às 5 horas da manhã para preparar.  Após avaliação, eu e Elilde concluímos que a nota para a feijoada é 10. Na verdade estava divina. Só não podemos é dar certeza de que foi Luciano mesmo que preparou, ou se apenas deu as ordens na cozinha, o que efetivamente asseguramos que ele sabe fazer com maestria.

Mas, o motivo maior desse relato é outro. Desde o momento que cheguei no local da feijoada, percebi que numa das mesas duas pessoas me observavam. Resolvi me aproximar para cumprimentá-los e, ao fazer isso, um deles olhou-me sorrindo, apontou para o outro que estava à mesa e disse:

- Ele está me dizendo aqui que ti conhece.

Antes mesmo que eu dissesse alguma coisa,  essa pessoa indagou-me:

- Tu és o Emanuel?  Eu lembro bem de você, Eu sou Luiz Jorge, estudamos juntos no Grupo Escolar Antonio Bittencourt, aqui no Bairro da Glória.

Poxa, não dá para descrever a surpresa e a grande alegria em reencontrar esse colega. Imaginem! Estamos falando de algo há 49 anos atrás. Já somos sexagenários. Tínhamos de 12 para 13 anos de idade quando estudamos juntos. De lá para cá nunca mais nos encontramos, ainda que vivendo na mesma cidade. O papo foi muito animado. Lembramos da Prof. da  nossa turma, Maria Helena, da diretora do Grupo Escolar,  Prof. Maria da Glória, para quem inclusive já fiz uma homenagem aqui no meu blog. Lembramos dos colegas, das brincadeiras, das peladas no campo do Sul América... Falamos um pouco de nossas famílias, dos nossos filhos, de nossas trajetórias na vida e marcamos continuar o papo em outro momento. 

Enfim, rever um colega depois de tantos anos é muito bom, gratificante. Vou considerar esse momento como um belo presente antecipado do dias dos pais.