4 de novembro de 2009

Desativação dos Terminais


Coitados! Mais porrada! Quando o assunto é transporte urbano, a única coisa que o usuário amazonense tem levado é muita porrada. A notícia ruim da vez é a desativação dos terminais. O mais triste é ver os políticos, ou melhor, os nossos nobres vereadores, que só aparecem depois que a porrada já foi dada. Gritar e reclamar agora que a Prefeitura acabou com os terminais, serve apenas para confirmar o fato de que eles só chegam atrasados nos assuntos de interesse do povo. Porque não se antecipam às decisões nocivas à população? Quando é que isso vai acontecer?

Aproveitando a oportunidade de mais esse golpe rasteiro contra os usuários do sistema de transporte local, alguém sabe dizer quantos ônibus novos chegaram para renovar a frota velha e falida que aí está? Quantas cangalhas foram mandadas para o ferro velho? Não precisa dizer quantos coletivos foram presos nas ruas por circularem em péssimas condições - nós já perdemos a conta! Queremos mesmo é novidade! De preferência boa. Tem?

3 de novembro de 2009

MST - o que esperar?


No início eu até simpatizei com algumas ações adotadas pelo MST. Achei que era um movimento sob a liderança de homens confiáveis. Equivoquei-me! A primeira decepção foi aqui mesmo com as ações locais do movimento, liderado à época por uma figura capaz de enganar até a própria sombra. De tão ruim, esse líder veio a ser expulso pelo próprio movimento.

Quem acompanha esse movimento já deve ter observado que as verdadeiras lideranças (parte dela clandestina) não vivem ou labutam no campo. Na verdade vivem muito bem acomodados no asfalto, nas coberturas e nas grandes cidades, freqüentam gabinetes políticos do mais alto ao mais baixo clero e ditam a ferro e a fogo as regras do uso e aplicação dos recursos que chegam a eles (MST) via ONGs e outras Instituições atreladas a essa processo mergulhado em muita sujeira e corrupção.

Apesar de todas as denúncias já divulgadas e comprovadas por meio de investigações e matérias jornalísticas, é muito triste assistir o próprio Governo fingir que não acontece nada, tapar os olhos, os ouvidos e contemporizar sempre. Ninguém se arrisca a mandar fazer nada para investigar e colocar em pratos limpos para a sociedade os resultados da aplicação dos recursos destinados a esse movimento. Eles são tão ousados e temidos que, mesmo com os crimes bárbaros que praticam contra o patrimônio alheio, nem assim ficam sem receber os repasses de recursos públicos.

É bom não esquecer também que eles já causaram destruição no Congresso, destruíram laboratório de pesquisa e várias áreas produtivas públicas e privadas. Com tanta inércia de parte do Estado, com certeza teremos mais ações de destruições pela frente. A campanha eleitoral que se aproxima, ou melhor, que já começou nos porões, trás junto preocupações e nuvens cinzentas. Pasmem! Dentro do próprio governo existe quem apóie e saia em defesa dessas ações de destruição do movimento. O recado que nos passam é que na luta pela permanência no poder, o voto tem que ser arrastado ou conquistado a qualquer preço.

Uma das lideranças do movimento MST já declarou que o Brasil pode se transformar em uma Colômbia. Alguém acha isso impossível? Ora bolas! Nós já temos o nosso Iraque, representado pelos morros cariocas. A diferença é que no campo o risco será menor dos helicópteros abatidos caírem na cabeça da gente quando não houver um campo de pelada por perto. Imaginem o que pode acontecer com o PT perdendo a presidência e o MST ficar sem os recursos que ao longo desses 8 (oito) anos tem jorrado como se fosse água abundante, livre e sem barreiras. Pense no que será que pode acontecer no campo, antes mesmo da eleição, se de repente a candidatura do PT para presidência não deslanchar? E entre a derrota nas urnas de outubro/2010 e a posse do novo governo em janeiro/2011, o que se pode esperar? Reflita!

Não acho que tenha escrito aqui besteiras. Na verdade, no próprio governo atual e com certeza nas forças armadas, deve existir por lá nesse momento alguém já analisando com preocupação todos esses cenários de riscos reais. Que Deus nos proteja!...

2 de novembro de 2009

Fio de Bigode!


Quando criança, ouvi muitas vezes minha saudosa avó Graziela, meus pais e tios conversarem sobre uma coisa que eles chamavam de “fio de bigode”. Depois de algum tempo é que fui entender direito do que se tratava. Antigamente, quando duas pessoas resolviam fazer um acordo ou um pacto, isso era feito na base do fio de bigode, ou seja, não precisava de documento assinado, presença de testemunhas ou juramento em nome de Deus ou de Nossa Senhora. O fio de bigode bastava. Velhos bons tempos!

Mas, por qual motivo estou eu aqui relembrando do tal fio de bigode? Eu explico!

Há duas semanas passadas eu recebi um telefonema no meu trabalho. Era a minha esposa do outro lado da linha que, com a voz ofegante e preocupada me dava a seguinte notícia:

- Bateram o nosso carro! Pixote veio me avisar e eu estou indo agora ver o que aconteceu.

Bateu muito – perguntei já preocupado.

- Não sei! Segundo o Pixote, bateu muito sim.

Tá bom! – disse a ela - vá com calma e em seguida me dê retorno.

Pixote, um dos atores desse episódio, é o guarda-carro, famoso “flanelinha” que fica na Praça do Congresso e toma conta dos carros das pessoas que trabalham nas proximidades. Minha esposa adquiriu confiança nele e sempre lhe gratifica para limpar e ficar olhando o nosso carro, enquanto ela trabalha.

Passado alguns minutos a minha esposa ligou de volta para dizer que havia amassado a lataria em cima da roda dianteira, mas que a pessoa que bateu o carro tinha ido embora sem esperar que ela chegasse.

Como foi embora! – já perguntei irritado pensando no prejuízo financeiro fora de hora.

Calma! – respondeu a minha esposa. É que ele trabalha externo aqui nos Correios. Eu falei com outra pessoa, que parece ser o chefe dele. Ele me pediu desculpas e disse-me que quem bateu o nosso carro está aprendendo a dirigir. Mandou-me fazer o orçamento, pois a pessoa que bateu vai pagar o prejuízo.

- Você acha que isso vai dar certo? – Já perguntei com a desconfiança de que íamos levar um cano daqueles. O cara bate o nosso carro, desaparece do local e manda outro resolver por ele. Isso não existe! Lembrei de um fato recente. Um amigo meu teve o seu carro batido na hora do rush, o sujeito que bateu não fugiu, assumiu o erro, deixou um cartão com o número do celular e mandou que fosse feito o orçamento. No dia seguinte, quando meu amigo ligou para informar o valor do orçamento, o sujeito simplesmente respondeu que analisou melhor o acidente e concluiu que não tinha tido culpa. Por conta disso, mandou meu amigo assumir o seu prejuízo ou então buscar seus direitos na justiça. Sujeito pacífico, da paz, como dizem, meu amigo absorveu o golpe e não quis levar a confusão adiante.

Para encurtar a minha história, o sujeito que bateu o nosso carro no dia seguinte foi procurar a minha esposa no local do trabalho. Foi lá pedir desculpas pelo problema causado e reafirmar o seu compromisso de pagar o serviço de recuperação da batida. Ufa! Que alívio! Nem sei quem é o sujeito, tampouco sei o seu nome, daí a minha disposição de escrever esse comentário para dizer que queimei a minha língua. Achei que íamos levar um cano e ter que apelar para o seguro. Mas, felizmente ainda existem pessoas que agem como naquele tempo do fio de bigode. Pois é! Nesse mundo cão que estamos vivendo, pelo jeito nem tudo está perdido.

Falando de Futebol


QUASE DEU TIMÃO!
A alegria dos corinthianos não foi completa nesse fim de semana. O TIMÃO bem que podia ter vencido o time do Porco, não fosse a atuação daqueles zagueiros que não aprendem a sair do chão para cabecear. Mas, só o fato de ajudar os outros adversários a encostarem e chegarem mais junto do Palmeiras na tabela, já é algo para qualquer corinthiano comemorar como vitória. O Gordo Ronaldo, agora corinthiano roxo, continua surpreendendo e queimando a língua de muita gente. Maravilha!

PARABÉNS AO FLUMINENSE
Há muito tempo eu não assistia pela televisão a uma partida de futebol tão emocionante, como a deste último domingo entre Fluminense x Cruzeiro, lá dentro do Mineirão. Assisti por acaso, pois não tenho simpatia por nenhum dos dois clubes. O primeiro tempo foi todo ele dos mineiros. Podiam ter saído de campo com uma vantagem até maior, não fosse a penalidade máxima perdida. O detalhe é que foram para o vestiário vencendo pelo placar mais maldito e traiçoeiro dentro de uma partida de futebol – 2 x 0. O Fluminense até teve chance de fazer um golzinho no primeiro tempo, mas não o fez. Na saída de campo para o intervalo, o que se viu pela televisão foram os jogadores do time mineiro saindo eufóricos com o resultado parcial e os aplausos da torcida que encheu o estádio, enquanto que os jogadores do Fluminense saiam cabisbaixos e sem explicações para a má atuação de quase todo o time. Veio o segundo tempo e o que assistimos foi um Fluminense diferente, lutador, arrasador. Os seus jogadores lutavam em todas as partes do campo como se estivessem disputando um título mundial. Nota MIL para todos eles. Fiquei feliz, pois me lembrei dos bons tempos do nosso futebol, quando o jogador tinha mais amor pelo clube e pela camisa que vestia. Do outro lado do campo, os jogadores do Cruzeiro pareciam perdidos e assustados com a disposição do time do Fluminense, piorando ainda mais quando começaram a ser vaiados pela própria torcida, que cobrava exatamente mais sangue, mais disposição e mais amor pelo clube e pela camisa do Cruzeiro. O Cruzeiro e a sua torcida foram humilhados dentro do Mineirão.

FUTEBOL AMAZONENSE x COPA 2014
Por conta da Copa 2014, andaram prometendo uma revolução no futebol amazonense. Espero que ninguém tenha esquecido. Revolução do tipo levar um time amazonense para a primeira divisão do futebol brasileiro até 2014. Se até lá o Amazonas chegar pelo menos na Segundona do Brasileirão, já é um grande negócio. Afinal, vamos ter um estádio de primeiro mundo e fica difícil justificar essa obra para abrigar depois apenas jogos do peladão ou da quarta divisão do brasileirão, shows da Banda Calypso, Belo, Calcinha Preta, etc . Até agora não se viu nada divulgado em prol dessa suposta revolução para alavancar o futebol amazonense. A coisa está sendo planejada em surdina ou será que é só mais uma dessas conversas fiadas para boi dormir?