27 de janeiro de 2011

Vereador, fala sério!

avidefoda.wordpress.com
Só faltava essa! Agora o vereador Josildo resolveu também nos tratar como bobos. Antes de entrar no assunto, eu preciso lembrar ao vereador uma frase inesquecível do falecido Henfil, que dizia: somos bobos, mas não somos otários. Os motivos usados pelo vereador para justificar suas ameaças à população amazonense, de que vai paralisar o sistema de transporte coletivo mais uma vez, é de um cinismo a toda prova. Querer punir a população, sob ameaça, para ter como garantia o pagamento dos direitos dos trabalhadores do sistema de transporte, é querer nos tratar a todos como idiotas.

Quem tem que garantir e pagar os direitos dos trabalhadores das empresas do sistema de transporte é as próprias empresas e não o poder público e o povo. Vamos lá, vereador. Em lugar de punir o povo, coloque o seu paletó (pago por esse usuário do sistema que Vossa Excelência quer punir), faça uma comitiva com outros parceiros seus (muito bem pagos para defender os interesses do povo, e não penalizá-los), marquem uma audiência com as autoridades da lei e da justiça e exijam, peçam apoio, peçam o que for preciso para que a lei prevaleça e os empregados tenham os seus direitos assegurados ao final dos contratos. Afinal, Lei e Justiça neste país servem para quê?

Chega de cinismo! É muito cômodo ir para as ruas fazer barulho, parar o sistema que já é uma merda, achando que isso é o máximo, que isso é democracia e que vai resolver o problema. Na verdade fica é muito cômodo para os donos das empresas, que prestam um péssimo serviço, que não recolhem os encargos devidos aos empregados e ficam nessas horas em casa, de braços cruzados, assistindo pela TV o Josenildo ir às ruas punir o povo, que no final das contas passa a ser um idiota a mais fazendo a coisa errada e achando que é o melhor caminho. Se for assim, por que não divide a turma e vão para a porta das mansões dos empresários, donos das empresas do sistema, para cobrar que paguem o que devem aos seus empregados? Em último caso, acreditem, são pessoas com um belo patrimônio conquistado com duas coisas em especial: os lucros das empresas de transporte que estão aí e a desgraça/sacrifício do povo que dele se utiliza. Fala sério, vereador.

24 de janeiro de 2011

Avacalhação do Trânsito!

As fotos, objeto deste comentário, não são uma montagem. Elas foram feitas por mim na pista ao lado do Shopping Manauara, onde recentemente as autoridades de trânsito anunciaram uma blitz para acabar com o estacionamento indevido ao redor do empreendimento e, em particular, para dar uma solução ao problema de fluxo de veículos naquele local nos horários de pico.


Na verdade o que se vê nessas fotos não é só uma tremenda piada. Ela mostra a decadência da autoridade, da lei e da ordem no nosso trânsito. Deveria bastar a placa de sinalização para que os motoristas não estacionassem no local. Mas, para que isso realmente aconteça, foi preciso, além da placa (que ninguém respeita em lugar algum desta cidade), espalhar blocos de plástico por toda a lateral do Shopping e ainda fincar uma ridícula placa com o aviso - proibido estacionar / sujeito a guincho.  É a desmoralização total! No final de tudo a coisa ficou pior ainda, pois os carros estacionados, que em determinada hora vão embora, foram substituídos pelos blocos que de lá não saem nunca. Conclusão: O fluxo de veículos naquelas artérias em volta do Shopping continua a mesma droga, emperrado. É o cúmulo!


Não se pode dizer que tudo isso seja falta de educação dos motoristas. Não se iluda. É abuso mesmo! Malandragem barata! Não tem bobinho nessa história. Todo motorista sabe perfeitamente que não pode estacionar naquele local. Acontece que existem aqueles que acreditam numa coisa chamada “impunidade”. São aqueles que, se temessem realmente levar multas, não se importariam de entrar no shopping e pagar pelo estacionamento. São aquelas pessoas que quando são ameaçadas de multas pelos azulzinhos, acreditam na possibilidade da intimidação (sabe com quem você está falando?) ou do acerto básico (pagamento de propina). É o fim da linha. É a avacalhação sacramentada.
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