7 de fevereiro de 2013

CASAS NOTURNAS & RESTAURANTES


Motivado por uma tragédia que mexeu com o mundo inteiro, assistimos aqui em Manaus uma operação nunca vista. Em uma semana, ou pouco mais de uma semana, as autoridades locais conseguiram viabilizar e colocar em prática uma operação de fiscalização que atingiu mais de uma centena de bares e casas noturnas da cidade. Ainda que tenha acontecido nessas circunstâncias, temos que aplaudir. Como diz o ditado: antes tarde do que nunca.

Entretanto, depois dessa operação, ficou transparente a ideia de que, se não fizeram antes, é por não houve interesse ou vontade política de fazer. Tudo caminhava muito cômodo para ambas as partes. As autoridades faziam de conta que fiscalizavam; as casas e bares noturnos faziam de conta que cumpriam todas as exigências. Para completar, contavam também com a indiferença de clientes e frequentadores, pouco preocupados com a segurança de suas próprias vidas. Precisou uma tragédia para que as autoridades despertassem para suas próprias responsabilidades. Espero que os amantes dos bares e casas noturnas também tenham despertado para a necessidade de exercerem melhor a sua cidadania, em defesa da própria vida e dos seus.

Diante desse quadro, fico imaginando por que motivo outras operações não acontecem nesta cidade. Por exemplo: quantos restaurantes existem em Manaus? Quantos desses restaurantes estão regulares diante de suas obrigações legais? Quantos restaurantes que você frequenta, ou já frequentou, os banheiros não fedem, não falta água, não falta papel, etc. E as cozinhas? Qual a condição de higiene desses ambientes frágeis e de fácil contaminação? Qual a condição dos produtos e insumos usados no preparo dos pratos consumidos? Qual a situação das pessoas que manipulam e preparam os alimentos? De quanto em quanto tempo esses restaurantes passam por uma fiscalização geral? Qual o tratamento dado aos restaurantes? Será que é o mesmo “faz de conta” que vinha sendo aplicado aos bares e casas noturnas?

Depois de tudo isso que estamos lendo e assistindo, dá para confiar em alguma coisa?  Dá para imaginar para os restaurantes um cenário diferente dos bares e casas noturnas? Quem nos prestaria essas informações e nos tira essas dúvidas que fervilham em nossas cabeças? 

Olho no TAC!



 Estão anunciando a assinatura de TAC entre a Prefeitura de Manaus e as Casas Noturnas que tiveram suas portas fechadas por algum tipo de irregularidade detectada por ocasião da mega operação de fiscalização, ocorrida após a tragédia de Santa Maria. 
É preciso que a comunidade, juntamente com os fiscais do povo, nossos nobres parlamentares, fiquem atentos a esse tipo de procedimento, para que não caiam no esquecimento, até nova tragédia e uma nova mega operação de fiscalização. 
Não estamos aqui colocando nenhuma suspeita ou desconfiança em cima dos órgãos que terão a responsabilidade de cobrar fielmente o que está estabelecido nos PACs que serão assinados. Cada caso é um caso, obviamente, mas o rigor no acompanhamento deverá ser o mesmo para todos, sem afrouxamento de qualquer natureza nas medidas cobradas. Os TACs significam que as empresas estão irregulares e vão ganhar um tempo para se regularizarem. Acontece que essas casas vão ganhar esse tempo para regularização com as portas abertas aos seus frequentadores, ou seja, funcionando e faturando normalmente.
De acordo com noticiário de hoje, 27 casas noturnas foram autorizadas a funcionar, mas devem assinar um Termo de Ajuste de Conduta com a Prefeitura de Manaus.  O Termo trás, creio eu, em detalhes, tudo aquilo que essas casas, individualmente, devem fazer para ganharem o status de regulares. O TAC deve também estabelecer prazos para o cumprimento do que foi pactuado. Entendo que, em respeito aos seus clientes e frequentadores, os donos dessas casas devem colocar esses TACs assinados em local visível dentro de seus estabelecimentos. A Prefeitura, por outro lado, deverá colocar todos esses TACs no seu site, para que a comunidade acompanhe esse processo de regularização e moralização do funcionamento dos ambientes públicos noturnos de nossa Manaus.
Outra informação importante é que 39 casas noturnas foram fechadas por vários motivos, porém, em particular, por motivos de segurança dos frequentadores. Nesse caso, creio que vão continuar fechadas até que resolvam seus problemas de segurança e recebam o alvará do corpo de bombeiros para voltarem a abrir as portas para seus fregueses. Os órgãos de controle precisam ficar atentos para não sermos em breve surpreendidos com a notícia de que essas casas voltaram a funcionar numa boa. E o que é pior: ouvir das autoridades o pronunciamento bobo de que não sabiam que as casas estavam novamente funcionamento. Pedimos antecipadamente que nos poupem desse vexame.
O noticiário também dá conta de que os proprietários de 66 casas noturnas e bares de Manaus que passavam pela fiscalização e foram fechados, não manifestaram até esta data interesse em se regularizarem. Isso mostra um pouco a falta de respeito e de consideração que esses empresários tinham por seus clientes.  Nessas casas, pela leitura que fiz, faltava de tudo. Casas clandestinas - Olha nelas! Podem voltar a funcionar e, normalmente, cegam certas autoridades que passam por suas portas.

4 de fevereiro de 2013

IRRESPONSABILIDADE & IMPUNIDADE



Quem andou na cidade de Manaus neste último final de semana, em particular nas proximidades dos locais onde aconteceram as BANDAS CARNAVALESCAS, deve ter observado muitas irregularidades cometidas no trânsito. Aberrações cometidas não só por condutores, como pelos caronas. Um verdadeiro carnaval de lambanças e irregularidades, noticiadas inclusive por jornais locais. Dá a impressão de que houve um afrouxamento da fiscalização do trânsito dentro da cidade, o que não é nada bom em tempo de carnaval. Se o irresponsável morre sozinho, prevalece o velho ditado – quem procura acha.  Vá com Deus!  Acontece, meus caros, que esses irresponsáveis nunca morrem sozinhos, muitas das vezes nem morrem, mas matam, inutilizam ou aleijam para sempre outras pessoas inocentes. 
Outro detalhe muito importante a destacar é que a legislação atual não permite a venda de bebidas alcoólicas em bancas improvisadas no meio da rua, nas portas dos locais de festas, etc. Salvo engano, até churrasquinho vendido em espeto de madeira seria proibido. Nas mãos de homens embriagados um espeto de madeira pode virar uma arma letal. 
Estamos falando de situações típicas do período de festas carnavalescas. Vale para o Brasil de norte a sul. Todo ano é a mesma coisa. As autoridades fecham os olhos e quando acontece uma tragédia, todo mundo lembra que não pode isso, não pode aquilo, etc. O resultado final é que o único verdadeiramente ferrado nesses acontecimentos é aquele que vai para debaixo dos sete palmos.
Ainda é tempo das autoridades tomarem providências para que este carnaval não termine com saldo trágico no trânsito e na violência. Tolerância Zero, já!

Passeio a Rio Preto da Eva


Na ausência da patroa, aproveitei o último domingo, 03.02.2013, para dar uma volta com as minhas sobrinhas. Escolhemos ir tomar um café da manhã no tradicional PRISCILA,  em Rio Preto da Eva. São 80 km de distância de Manaus. O dia estava agradável, com o sol meio escondido, permanecendo assim, creio eu, praticamente por todo o dia. Como resolvemos ir cedo, pegamos pouco movimento na estrada AM-010 e  não tivemos problemas com buracos no caminho. Pelo menos até Rio Preto da Eva, nada a reclamar.
Ao chegar ao Café Priscila, conseguimos estacionar logo em frente e sermos atendidos sem contratempos. Bem diferente da última vez que estivemos por lá no ano passado. Observei que logo na entrada da cidade surgiram novas casas de Café da Manhã, o que pode explicar a folga de mesas que encontramos no Priscila. É a concorrência salutar operando em benefício dos clientes das casas de café matinal nas cidades vizinhas da nossa capital.
O domingo não era dos melhores para quem gosta de sol. O tempo estava instável e isso pode ter desanimado muita gente que costuma ir ao município com a família para o Café da Manhã ou para o Banho de Igarapé. No retorno, por volta das 11 horas, observei também que o estacionamento para os ônibus que vão de Manaus estava bem folgado. Algumas pessoas comentam que depois da abertura da Ponte sobre o Rio Negro, muitas famílias trocaram o passeio a Rio Preto da Eva ou Presidente Figueiredo, pelo passeio ao outro lado do Rio Negro, principalmente no período do ano quando as praias estão disponíveis para os banhistas. É bem mais próximo em termos de distância. Alias, já existe inclusive um Café Priscila para aquelas bandas de lá, muito demandado pelas famílias.
Eu e minhas sobrinhas saímos satisfeitos do Café Priscila. Foi um big café da manhã. Aquela deliciosa tapioca gigante com queijo e castanha; o tradicional x-caboclinho (queijo coalho + tucumã) e mais a pupunha cozida acompanhada do insubstituível café com leite.  Não foi melhor porque não tinha o cará roxo para servir. 
Antes de retornarmos a Manaus, resolvemos dar uma volta de carro dentro do município. Fomos a dois pontos turísticos que ainda não conhecíamos in loco, com destaque para o local onde foi colocado o Cristo Redentor Riopretense. Sem dúvida um ponto de encontro muito agradável não só para os visitantes como para os próprios moradores da cidade. O local é bonito, porém nos pareceu estar precisando de mais atenção de parte do poder público quanto à sua manutenção. A comprovação disso veio depois de assistirmos um cidadão repreendendo alguns jovens que estavam subindo na base da estátua do Cristo para tirar fotografias. Depois veio até nós com muita educação, desabafando sobre o fato daqueles jovens não atentarem para os riscos e prejuízos de subirem na base do Cristo. Falou-nos também das condições do local, dizendo que há algum tempo vem precisando de mais atenção das autoridades do município.  
Em resumo, a concorrência para atrair as pessoas da capital para os municípios vizinhos, especialmente aos fins de semana e feriados, cresceu muito com a inauguração da ponte sobre o Rio Negro. Os prefeitos que recentemente assumiram, vão ter que investir mais nas suas cidades, principalmente nas opções de lazer e na qualidade dos serviços prestados aos visitantes.  É hora de colocar em prática o que estava ficando só na promessa e no discurso.