23 de junho de 2011

MAFIOSO James Bulger foi preso!


Bem feito leso! Quem mandou não ter fugido para o Brasil.
Por aqui o governo só não dá ajuda, proteção e cidadania para quem pede ajuda para fugir de regimes de ditadura. Para quem não tem memória curta, deve estar lembrado do vexame recente, quando atletas do boxe cubano foram tratados como fugitivos e devolvidos ao regime de FIDEL, que graças a Deus já deve estar próximo de colocar o paletó de madeira e ser chamado para prestar contas lá por cima. 
Para os mais velhos a lembrança é ainda mais triste, quando o governo entregou Olga Benário Prestes.  Conclusão! Por aqui a preferência de ajuda e proteção oficial é para ladrão e assassino. Pensando bem, que diferença faria diversificar essa lista e incluir um mafioso que nem James Bulger? O cara é mau e matou bem mais do que o cínico italiano Battistti.A única dúvida é se ia aparecer um MACHO daquilo ROXO para recusar um pedido de extradição de parte dos americanos.

Eu queria ver Nossa Senhora!

O Baladeira

No dia dessa fotografia, acreditem, eu resolvi aprontar e dar uma fugida de casa. Simplesmente saí correndo na avenida Getúlio Vargas, ladeira abaixo, no rumo da avenida Sete de Setembro, onde estava passando naquele instante uma tradicional procissão de Nossa Senhora. 

Quando menos esperei, fui alcançado pela Babá e trazido a força para casa. No caminho de volta, de longe já dava para eu ver a minha mãe com a cara amarrada me esperando no portão. Não bastasse isso, a Babá ainda fazia comigo aquele terror: - é hoje que tu vais apanhar! 

A cada instante de aproximação, o coração batia mais forte. Já chegando perto, percebi que mamãe batia com o pé no chão a minha espera e isso era um mau sinal. Só me restava arrumar uma desculpa convincente para a fugida ou a peia ia comer solta. 

Frente a frente, olho no olho, dona Rosalina, minha mãe, me encarou furiosa e perguntou:

- Onde tu pensas que estavas indo Emmanuel?

Com a cara de menino arrependido e já soluçando antes mesmo de começar a apanhar, respondi: 

- Pô mãe, eu precisava ver Nossa Senhora de pertinho.

Ufa! Não é que a desculpa deu certo. Desarmei a coroa. Imagina se alguém teria coragem de cometer o pecado de bater num filho que só estava fugindo de casa para ver a Nossa Senhora.
Dessa vez eu me dei bem. Continuo acreditando até hoje que foi Nossa Senhora que buzinou aquela resposta no meu ouvido e me safou de uns bons catiripapos. Mas, nem sempre contei com a ajuda dela para dar desculpas para os meus maus feitos, apesar dos apelos.