Enquanto a sociedade, em
particular as famílias mais carentes, não tomarem a consciência de que são corresponsáveis pela má qualidade do ensino que temos nos dias de hoje, a
tendência é só piorar.
Esperar ou imaginar que as nossas autoridades
ou os nossos políticos venham a resolver essa questão, cá para nós - é um suicídio!
Nossos políticos, com algumas exceções, na verdade vivem da miséria e da desgraça
do povo. A maioria prega o lema – quanto pior, melhor – pois é exatamente em
cima disso que eles montam seus discursos, fazem promessas, mentem bastante e depois
não cumprem coisa alguma. Eles agem confiantes de que o povo vai continuar
apático, omisso, vai sempre reclamar, reclamar, reclamar, mas depois se
conforma e esquece. E, pasmem, ainda existem aqueles pais que preferem colocar
a culpa naquele lá de cima, dizendo: – É
a vontade de Deus!
Se o professor não comparece à
sala de aula, em lugar de reclamarem, os alunos comemoram. Mas, se por algum
motivo falta merenda ou a diretora toma alguma medida disciplinar mais rigorosa,
eles quebram alguma coisa para chamar a atenção ou os próprios pais se
encarregam de chamar a rádio e a televisão para denunciar – tá faltando merenda!
– a Diretora é uma megera! Fora Diretora! E assim vai...
Os políticos sérios deste Estado
precisam estar mais atentos e até mais presentes no dia a dia das Escolas
Públicas. Montar estratégias para fortalecer o interesse e a presença dos pais e
responsáveis nas atividades das Escolas. Isso inclusive pode ser feito através
das Comunidades organizadas dos bairros, levando pessoas qualificadas para
falar desse tema. Promover reuniões e palestras com a comunidade para orientar
e discutir como deve ser a participação dos pais na gestão e no sucesso das
atividades das Escolas de seus filhos. Será que é tão difícil fazer isso?