5 de abril de 2013

EMPREGADA DOMÉSTICA



Ninguém é contra os avanços nos direitos de qualquer categoria. No caso das empregadas, sem dúvida que elas mereciam o que está sendo proposto. Só não podemos esquecer que estamos num país chamado Brasil. O problema é que muitas famílias de classe média, em particular, não vão ter condições de manter suas empregadas domésticas a partir dessa nova regra. Alias, nesse primeiro momento, é provável que muitas empregadas sejam dispensadas e percam seus empregos. Daí vem a seguinte pergunta que não quer calar: cadê o plano B, ele existe?   

Os patrões que não puderem arcar com essa nova carga, precisam estar muito atentos. É bom não arriscarem manter suas empregadas fora das novas regras, pois lá adiante podem pagar muito mais caro por essa decisão. Não é bom correr riscos.  Essa relação tem que ser profissional, de patrão para empregada. Agir ou decidir com o coração, pode lhe custar uma dívida ou quem sabe até um infarto. Quem ganha mesmo com essa nova medida do FGTS é o governo atual. Vai arrecadar mais. Vai ter mais dinheiro para gastar e para jogar pelo ralo, muitas das vezes. Toda decisão dessa natureza tem obviamente o seu bônus político e ano que vem está em jogo uma reeleição. Aguardem! Vai ser cobrada nos discursos da situação, inclusive em tom de terrorismo. 

CARTILHA & VEREADOR



Um dos novos vereadores da Câmara Municipal de Manaus - CMM, Profº Bibiano, teve a ideia de criar a CARTILHA que mostra para o cidadão qual é o papel e quais são os deveres do vereador no parlamento. Não duvide! - é provável que exista vereador que só agora, através da Cartilha, esteja sendo apresentado aos seus deveres como parlamentar, pois até então só conhecia mesmo era a Cartilha de como usufruir bem das vantagens oferecidas pelo mandato.

Parabéns mais um vez ao professor pela iniciativa. A cartilha orienta inclusive como o cidadão deve proceder quando precisar ou desejar encaminhar sugestões ao parlamento municipal. Agora é incentivar para que as pessoas façam bom uso dessa Cartilha e comecem a colocar os vereadores para trabalhar pelas verdadeiras necessidades da população. Não custa acreditar!

OLHA O AÇAI!...



Jornal local da conta da apreensão de mais de 8  (oito) toneladas de açaí na cidade de Manacapuru. Segundo noticiário, o local onde era processado o açaí não apresentava condições de processamento e armazenamento do produto. O problema, meus caros, que este é apenas um entre dezenas de outros locais (empresas caseiras), inclusive aqui na capital, onde o açaí com certeza é processado e armazenado em piores condições e sem nenhuma fiscalização por parte dos órgãos competentes, que não possuem pessoal suficiente, orçamento adequado e equipamentos apropriados para o bom exercício das suas funções. Observem que esta suposta fábrica de açaí, em Manacapuru, só veio a ser identificada por conta de uma denúncia anônima. Quem nos garante que essa denúncia não tenha sido encomendada por alguma empresa concorrente?  Tudo é possível!


3 de abril de 2013

VIVA A MILITÂNCIA!...


Militante do partido do prefeito de Manaus é acusado de praticar fogo amigo.

Interessante essa matéria! Pensando bem, ainda que o jovem militante esteja praticando o que chamam de fogo amigo, é importante dizer que ele não está totalmente errado. Independente se o aumento da tarifa é justo ou injusto, se os militantes devem ou não devem obedecer e se curvar sempre diante dos caciques dos partidos, o certo é que esse sistema de transporte urbano de Manaus é um caos há muito tempo. É uma tremenda caixa-preta que nenhum prefeito, nenhum político, pelo menos nesses últimos 15 anos, ousou quebrar ou trabalhar para isso.

O povo protesta contra o aumento não é pelo fato de que a passagem vai ficar mais cara. Ninguém ia protestar por conta de mais 25 ou 50 centavos no valor da passagem se os serviços fossem de qualidade. O povo protesta porque não aguenta mais sentir no bolso o aumento da tarifa, enquanto o serviço só piora.  Não digo que deva acontecer uma CPI para comprovar ou não a necessidade do aumento da tarifa, mas uma coisa é certa: há muito tempo já deveria ter acontecido uma CPI para investigar o sistema como um todo, pois são muitos os mistérios. Lamentavelmente, na hora do “vamos ver”, do “pega para capar”, não existe vontade política de levar em frente essa ideia.  

Se o aumento era inevitável, se era uma exigência do contrato, então tem que ser respeitado. Entretanto, se a prefeito está dando o aumento com o objetivo de cumprir o que está pactuado no contrato com a empresa, em contrapartida entendo que ele também esteja no dever, perante à comunidade local, de mandar fazer um pente fino em todo o sistema e abrir a caixa preta de uma vez por todas para a população, explicando porque esse sistema, com tantas vantagens e com tantas isenções, em lugar de melhorar - só piora! Tem que ter uma explicação e essa explicação há muito tempo os governantes e os políticos estão devendo para a sociedade amazonense. Por enquanto só muito discurso e promessas.

O que temos assistido quando o assunto é tarifa e transporte coletivo, é coisa de circo. Aliados e opositores políticos fazem um tremendo carnaval na hora dos aumentos de tarifa, mas não passa disso. Nunca conseguem evitar o aumento, tampouco conseguem dar solução à péssima qualidade dos serviços. Destaque-se também que não são só as empresas que trabalham mal e oferecem um mal serviço de transporte urbano. O poder público municipal também oferece uma infraestrutura de má qualidade à população (terminais e paradas de ônibus caindo aos pedaços) e vias públicas em péssimo estado de conservação, o que impacta diretamente na qualidade e eficiência do sistema. Estamos apenas destacando uma realidade, não estamos jogando a culpa em cima do atual prefeito.

Se o militante, pela sua inexperiência, errou ao praticar o que chamam de fogo amigo, em contrapartida deve ser aplaudido por ter tido a ousadia de expor seu pensamento, lembrando que o prefeito é um homem democrata que sempre prega a liberdade de expressão e do contraditório. Importante dizer também que o atual aumento da passagem, ainda que justo, aconteceu sem uma discussão prévia com o parlamento municipal e pelo jeito nenhum parlamentar ousou ir à tribuna reclamar que não teve a oportunidade de discutir a nova tarifa. Provavelmente esqueceram o tempo da militância, quando de tudo reclamavam e protestavam. Viva a militância!...