22 de fevereiro de 2013

Comer dentro do plenário...



 Dormir, conversar fiado, atrapalhar quem está ao lado, ler jornal, conversar no celular, se espalhar na cadeira com se estivesse na poltrona de casa se espreguiçando, não prestar atenção em quem está falando da tribuna, tudo isso, minha gente,  é rotina, tudo isso é de praxe nos nossos parlamentos.  Em resumo, eles mesmos não se valorizam e não se respeitam.
Agora, a polêmica é poder ou não poder comer dentro do plenário. Só faltava essa agora para tornar o parlamento mais divertido, menos valorizado e menos respeitado pela sociedade.  E olha que acabaram de tomar uma decisão que mereceu os nossos aplausos. Deram fim no famigerado auxílio-paletó.  
Pelo noticiário, o presidente da CMM, tentando moralizar os procedimentos na casa, anunciou que não vai mais permitir que os parlamentares comam dentro do plenário. Dizem que alguns fizeram beicinho com a decisão do presidente, entretanto, se não tinham desculpas para justificar a ausência dentro do plenário, agora passarão a ter: - o presidente não deixa mais comer dentro do plenário. 
O recado foi dado pelo presidente da CMM: quem tiver suas bananas, que as comam antes de sair de casa, na cozinha da CMM, dentro seus gabinetes, mas não mais dentro do plenário.  Apoiado!

Futebol está de luto...



 Lamentável! Profundamente lamentável e condenável os acontecimentos que envolveram a morte do jovem torcedor boliviano. Foi preciso acontecer em outro país essa tragédia, para que a torcida corinthiana, quem sabe, comece a refletir suas atitudes e comportamentos dentro e fora dos estádios. Uma coisa é certa: a justiça boliviana deixou claro que não vai amolecer e os torcedores vão responder por esse crime.
Sou corinthiano, mas condeno certas atitudes e usos por parte da torcida do Corinthians nos campos de futebol.  Sinalizador de navio, ou de qualquer outra coisa, não foi feito para ser usado em campo de futebol. Levar esse tipo de coisa para dentro de um estádio cheio de pessoas é muita irresponsabilidade, pois os riscos de acidentes são evidentes.
Quem leva esses artefatos para um estádio, sabe que corre o risco de causar graves acidentes.  Não dá agora para se defender alegando que não contava com essa tragédia. Só não podemos deixar de reconhecer também a impunidade e a omissão das autoridades com esse tipo de situação. É preciso que aconteça uma tragédia, é preciso que alguém morra, para que as autoridades despertem para essa imperdoável omissão.   
O clube, Corinthians, com certeza vai amargar prejuízos com essa tragédia provocada pela sua torcida em outro país. Acho, inclusive, que a torcida será hostilizada daqui para frente nos campos fora do Brasil onde o Corinthians for jogar pela Copa Libertadores. Pode acontecer também dos países onde o Corinthians for jogar, a justiça determine a proibição da presença de torcedores corinthianos.  Vem jumbo grosso por aí.

18 de fevereiro de 2013

Quem atira a primeira pedra?



A sinceridade do deputado Lins ao falar da concessão de passagens a terceiros e membros da família é assustadora. Porém, assusta ainda mais o silêncio de parte de seus colegas ante a sua provocação: - quem nunca fez o mesmo, que atire a primeira pedra!...
Em sua defesa, publicamente o deputado alega que a concessão de passagens para terceiros, incluindo membros da própria família, é uma prática comum não só na ALE-AM, mas em todos os parlamentos do Brasil. Se levarmos em conta o tempo de vida do deputado no parlamento e os cargos importantes nele já  ocupados, sinceramente fica difícil não acreditar que ele esteja falando a verdade, principalmente se levarmos em conta o silêncio da maioria de seus parceiros depois da provocação feita.
Para quem acha imoral ter que bancar todos os anos a troca de guarda-roupa dos parlamentares por meio do famigerado auxílio-paletó, o que dizer agora de bancar também passagens e diárias para parentes e agregados desses mesmos parlamentares realizarem viagens de turismo, lazer e outras coisas não menos nobres.
É um costume do poder legislativo – disse o deputado a um jornal local. Tudo bem, pode até ser um costume, mas um mau costume, um costume sem-vergonha, um péssimo costume, uma exploração miserável do bolso do trabalhador que paga seus impostos para vê-lo gasto com despesas de lazer e turismo de agregados, apaziguados e parentes de parlamentares. Se o deputado assegura que isso acontece no Brasil inteiro, imaginem o tamanho do assalto que é praticado aos nossos bolsos todos os dias. Quem ousa arrombar essa caixa preta?