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Sem colocar em dúvida os esforços das autoridades para conter a
violência em Manaus, o certo é que os assaltantes continuam agindo com ousadia
e violência em plena luz do dia.
Neste último domingo, por volta das 3 horas da tarde, um colega de
trabalho que mora no Conjunto Atílio Andreazza foi mais uma vítima. Seu filho
foi rendido quando chegava ao portão de casa. Com um revolver apontado para a
cabeça foi obrigado a entrar na garagem com o seu carro e os assaltantes. Meu colega dormia no seu quarto e não teve a
menor chance de reação. Foi forçado a ficar na cama deitado de bruços e sob a
ameaça permanente de um dos assaltantes.
A esposa de meu amigo chegou exatamente no momento em que acontecia o
assalto. Os bandidos que estavam dentro da casa foram avisados por um terceiro
que vigiava tudo do lado de fora. Quando entrou em casa encontrou o bandido
apontando a arma para a cabeça de seu filho. Não tinha nada a fazer. Foi levada para o
quarto do casal, onde seu esposo já estava rendido e sob a vigilância nervosa
de um dos bandidos, que aparentava menos de 20 anos e portava sandálias e
bermuda.
Sem medir os riscos, a esposa de meu amigo resolveu questionar o
bandido que ficara no quarto vigiando-os. Perguntou por qual motivo estavam ali
fazendo aquilo e ele simplesmente respondeu que não queria estar ali fazendo
aquele assalto. Fora induzido ou forçado pelos colegas bandidos a participar.
Passou inclusive a avisar o casal quando o outro bandido vinha em sua direção.
Quando estava remexendo a bolsa a procura de dinheiro, a esposa de meu amigo
pediu que levassem só o dinheiro e deixassem os documentos, no que fora
atendida.
Meu colega conta que teve
chances de imobilizar o bandido que ficou com eles no quarto, usando da sua
força física e dos seus mais de 100 kg. O bandido era franzino e quando foi
remexer a bolsa de sua esposa a procura de dinheiro, colocou o revólver na
cintura e agachou-se, oferecendo chances
reais de ser surpreendido e atacado.
Felizmente o bom senso prevaleceu nesse momento. Apesar das chances de
reagir contra um dos bandidos, meu colega sabia que o outro tinha uma arma
apontada para a cabeça do seu filho, e certamente o assalto acabaria em
tragédia e dor maior para a família. Levaram objetos, equipamentos e mais o
carro de seu filho, um FIAT PALIO NOY – 2212, ANO 2009/2010, COR PRETA. Por
conta do celular roubado, ainda foi possível por algum tempo monitorá-los, mas
logo se desfizeram do aparelho.
O assalto que relato não é o primeiro nessas condições dentro do
Conjunto Atílio Andreazza. Não faz muito tempo, outra colega sofreu assalto
idêntico, só que os bandidos agiram com violência, machucaram as pessoas que
estavam na casa e deixaram traumas e marcas que vão durar para sempre. A
sociedade tem que reagir contra essa violência. Está demais! É preciso urgente adotar um programa de
TOLERÂNCIA ZERO contra a bandidagem. As pessoas de bem perderam a tranquilidade
dentro e fora de casa, e os bandidos estão espalhando violência e terror nos
quatro cantos da cidade. Não dá para ter pena de bandido (menor, inclusive),
que invade uma casa com comparsas e não se contentam apenas em levar dinheiro,
carros e objetos. Agem com sadismo, espalham terror, espancam crianças e idosos indefesos, estupram as mulheres e, em muitos
casos, até matam fria e covardemente.
Não dá para chamar esses elementos de seres humanos. Até mesmo enjaulados representam risco. Saudade
da Manaus de paz!