6 de janeiro de 2010

SONHONAUTA

Autor: Mário Diogo de Melo Junior

Quando assisti ao filme "AVATAR", fiquei surpreso ao ver que uma cena que se passa à noite no planeta "PANDORA" era semelhante a um sonho que tive em 2001 que me serviu de inspiração para a poesia que criei intitulada "SONHONAUTA". A cena com a qual sonhei era de um outro planeta à noite, com dois satélites naturais a brilharem no céu e um campo de flores fosforescentes. Segue a poesia em anexo, a qual conta no livro "COLETÂNEAS DE POESIAS" editado pela SUFRAMA.

Sombras longas,
Logo vem a noite.
Cai o véu noturno,
Caem as pálpebras dos olhos.
A terra mergulha em sombras,
A mente mergulha em sonhos.
Sonhos, quão misteriosos são;
Às vezes são revelações
De coisas insuspeitas do consciente,
Às vezes são viagens da mente
Por lugares nunca dantes visitados,
Outras vezes anulamos a lei gravitacional
E flutuamos como no espaço sideral.
É como se criássemos um outro universo,
Como quem cria poesia em versos,
Uma nova dimensão vislumbrada,
A dimensão dos sonhos visitada.
Numa dessas insólitas viagens,
Vislumbrei inimaginável paisagem.
Era tão noite quanto a que me fazia dormir.
Haviam como duas luas no céu a luzir.
Se o luar do campo é lindo,
Como é maravilhoso duas luas luzindo.
Estava eu numa colina delirante,
De onde se estendiam flores do campo cintilantes,
Como se fossem estrelas terrestres
Com suas maravilhosas fosforescências campestres.
Quando criança eu sonhava em ser astronauta,
Agora me realizo como “sonhonauta”.

Manaus, 12 de setembro de 2001.

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