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Domingo pela manhã, já passando
das 11 horas, eu, minha esposa e uma sobrinha, decidimos ir ao centro da
cidade para ver a enchente e tirar algumas fotografias. Já próximo do relógio,
onde o mau cheiro está terrível, de repente uma senhora grita que foi
assaltada.
O ladrão caminhava calmante
quando a vítima gritou e apontou para ele. Duas pessoas (homens), que não sei
dizer se acompanhavam a senhora assaltada, saíram no encalço do malandrão. Este,
obviamente, tratou de correr. Entrou na rua ao lado da antiga Lobrás e
simplesmente sumiu no labirinto formado pelas barracas dos camelôs que
continuam dominando o centro da cidade.
O medo logo tomou conta das pessoas. Para completar, nenhum
policial por perto para ajudar. Minha esposa e minha sobrinha não quiseram ficar mais
um único minuto no local. Três turistas estrangeiros, todos idosos, também assistiram
aquela cena lamentável. Provavelmente não entendiam o que diziam e gritavam as
pessoas em volta, mas com certeza sabiam que estavam diante de uma situação de perigo. Sentaram
num banco, pois uma das turistas idosas parecia bem nervosa com a situação. Depois devem
ter saído rapidinho daquele local, exatamente como eu e outras famílias fizemos
por medida de segurança. Eu inclusive estava com a minha máquina fotográfica
nas mãos, portanto, sujeito a um bote de um desses elementos que estão se
aproveitando das pessoas que vão ao centro da cidade nos finais de semana com o
objetivo de ver a enchente que avançou sobre a cidade.
Depois de tudo passado, fiquei
imaginando a imagem que aqueles turistas estrangeiros vão levar da nossa Manaus. Conheceram um centro da cidade fedendo demais, dominado por um
labirinto de barracas de camelos e uma segurança pública que não dá conta dos malandros e batedores de carteira que
agem impunemente naquela área. Qual será a opinião e os conselhos desses
turistas, quando ouvirem amigos e/ou conhecidos manifestarem a ideia de vir ao
Brasil e incluir Manaus na programação?
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