6 de junho de 2012

Centro de Manaus


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Domingo pela manhã, já passando das 11 horas, eu, minha esposa e uma sobrinha, decidimos ir ao centro da cidade para ver a enchente e tirar algumas fotografias. Já próximo do relógio, onde o mau cheiro está terrível, de repente uma senhora grita que foi assaltada.

O ladrão caminhava calmante quando a vítima gritou e apontou para ele. Duas pessoas (homens), que não sei dizer se acompanhavam a senhora assaltada, saíram no encalço do malandrão. Este, obviamente, tratou de correr. Entrou na rua ao lado da antiga Lobrás e simplesmente sumiu no labirinto formado pelas barracas dos camelôs que continuam dominando o centro da cidade.  

O medo logo tomou conta das pessoas. Para completar, nenhum policial por perto para ajudar. Minha esposa e minha sobrinha não quiseram ficar mais um único minuto no local. Três turistas estrangeiros, todos idosos, também assistiram aquela cena lamentável. Provavelmente não entendiam o que diziam e gritavam as pessoas em volta, mas com certeza sabiam que estavam diante de uma situação de perigo. Sentaram num banco, pois uma das turistas idosas parecia bem nervosa com a situação. Depois devem ter saído rapidinho daquele local, exatamente como eu e outras famílias fizemos por medida de segurança. Eu inclusive estava com a minha máquina fotográfica nas mãos, portanto, sujeito a um bote de um desses elementos que estão se aproveitando das pessoas que vão ao centro da cidade nos finais de semana com o objetivo de ver a enchente que avançou sobre a cidade.

Depois de tudo passado, fiquei imaginando a imagem que aqueles turistas estrangeiros vão levar da nossa Manaus. Conheceram um centro da cidade fedendo demais, dominado por um labirinto de barracas de camelos e uma segurança pública que não dá conta dos malandros e batedores de carteira que agem impunemente naquela área. Qual será a opinião e os conselhos desses turistas, quando ouvirem amigos e/ou conhecidos manifestarem a ideia de vir ao Brasil e incluir Manaus na programação?

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