18 de abril de 2021

CMM - VEREADORES (41) - Projeto pula-cerca.

2022 está cada vez mais próximo e os políticos, já ouriçados, começam a pensar em seus projetos de poder.

Tem aqueles teimosos, os chamados figurinhas marcadas, que não desistem nunca de lutar por uma vaguinha no parlamento. 

Tem aqueles que já foram expurgados do parlamento, porém, sentem-se injustiçados pelas urnas e acreditam terem ainda chance de voltar ao poder. 

Tem aqueles que estão cumprindo o mandato de deputado estadual, federal e senador. Esses, obviamente, vão mover montanhas para continuarem no poder. Ninguém ali está pensando em largar do osso. Alguns deles, diante do contexto atual, podem até estar com as barbas de molho e pensando na possibilidade de dar um salto para baixo, onde o osso até pode ser menor, mas a principal regalia está lá garantida - a imunidade parlamentar.  

Tem ainda a galera do parlamento municipal, com alguns vereadores de olho gordo na oportunidade de pular a cerca antes de cumprir integralmente o mandato de vereador conquistado na base de muita conversa fiada e promessas para iludir o eleitor, a quem com certeza não confessaram a intenção enrustida de  abandonar o mandato de vereador no meio do caminho para atender interesses do próprio umbigo e do partido.   

Daí vem a pergunta: é legal o vereador montar o seu projeto de pular a cerca da CMM para a ALE-AM antes de cumprir o mandato e as promessas como vereador? Não há dúvidas de que não há impedimentos para que pulem a cerca.  O projeto de pular a cerca é legal, mas é muito imoral. É uma demonstração explícita de cinismo e oportunismo.

E tem mais! O vereador que resolve tentar pular a cerca, acredite, só faz isso porque sabe que se não for eleito vai voltar para a cadeira de vereador como se nada tivesse acontecido. Se a intenção do vereador pula-cerca fosse de fato algo digno e verdadeiro, ele renunciaria ao seu mandato, entregando a vaga ao seu suplente. Mas, não é isso que acontece.

Lamentavelmente não temos hoje um Congresso digno e capaz de mudar essa realidade. A reforma política que vier, seja qual for, virá para atender os interesses do próprio umbigo dos políticos e dos partidos. O povo, lascado e omisso, é só um detalhe nesse jogo.

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