3 de janeiro de 2007

Convidado Especial - É dose!...

Por alguns instantes me recusei a acreditar. Mas logo percebi que era verdade o noticiário. Bruno Maranhão estava lá mesmo na posse de LULA e, segundo comentários, como convidado especial.
É difícil de acreditar que esse baderneiro tenha sido incluído em qualquer lista de convidados especiais do planalto ou do governo federal para a solenidade de posse do presidente. E não bastasse isso, com tudo pago pelo contribuinte.
Depois do que fez, jamais poderia ter esse tratamento de convidado especial, pelo menos até que a sociedade tome conhecimento até onde foi a sua participação e responsabilidade naquela invasão e destruição de patrimônio público. Por enquanto, até explicação contrária, só mesmo o contribuinte é que foi penalizado, pagando a recuperação e reposição de tudo o que foi destruído.
Esse cidadão, pelas reportagens que dominaram a mídia na ocasião, tramou, arquitetou e premeditou tudo o que aconteceu. Transformou o Congresso num campo de batalha entre seus seguidores e os seguranças e servidores do Congresso e quem mais aparecesse pela frente. Naquele dia, deputados e senadores só não levaram porrada por que houve tempo para a segurança impedir que os mesmos fossem alcançados e quem sabe espancados dentro do plenário ou dentro dos próprios gabinetes. Pareciam malucos dispostos a tudo, dando pancada e quebrando tudo o que iam encontrando pela frente. Muita gente apanhou feio para não deixar que os parlamentares acabassem apanhando também. Algumas criaturas, coitadas, acabaram apanhando sem saber os motivos e até hoje estão tentando descobrir de onde veio a tapa, o chupe ou pontapés que levaram.
Salvo engano muitos dos baderneiros foram interrogados, todos foram fichados e muitas notícias fluíram durante aquela semana inesquecível, quando por muito pouco deputados não foram espancados dentro da própria casa (Câmara). Quem sabe se isto tivesse de fato acontecido, hoje o tratamento ao Bruno Maranhão não seria bem diferente de convidado especial. Acontece que só apanhou seguranças, servidores e gente que não tinha nada com o bagulho.
Aos poucos a coisa foi esfriando, foi deixando de ser interessante como notícia e pouco tempo depois caiu no esquecimento, como praticamente tudo o que acontece nesse país, principalmente em termos políticos. Agora todo mundo sabe dizer onde estava Bruno Maranhão no dia da posse do presidente, mas com certeza ninguém sabe explicar em que pé está o processo que trata do crime praticado por ele e seus parceiros contra o patrimônio da União (pelo menos) e que nós contribuintes estamos pagando. Quem foi ou vai ser punido exemplarmente para que isso não se repita. Quem sabe dizer como está a saúde de Normando Fernandez, que teve afundamento craniano e edema cerebral provocado pelos comandados de Bruno Maranhão, que fez questão de afirmar de que não se arrepende do que fez.
Pouco importa agora se Bruno Maranhão estava na posse, é ou não amigo do presidente. O que importa agora é a sociedade, por meio das autoridades competentes, ser informada em que pé está o processo montado para investigar e julgar os crimes praticados por esse baderneiro que, segundo noticiários, foi acusado de formação de quadrilha, lesões corporais leves e graves, danos ao patrimônio público, crime contra a segurança nacional e resistência qualificada. Tudo isso somado, pelo jeito só deu até agora como pena um convite especial para participar da posse do presidente com tudo pago pelo contribuinte. É dose!...

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