2 de janeiro de 2007

PUTA QUE PARIU!...

Desculpem!... Confesso que não consegui encontrar outra frase para expressar a minha indignação com as cenas de terrorismo no Rio de Janeiro. Ultrapassou todos os limites - Basta! Eu estou de saco cheio de ouvir explicações para os motivos dos bandidos terem cometido mais esse massacre, sem que apareça alguém para colocar um basta nisso tudo. Tentar mascarar uma justificativa e/ou resposta para uma ação dessa natureza (terrorismo), é uma forma muito cretina e disfarçada de se arrumar desculpas para a incompetência do estado em combater o crime organizado, que há muito tempo vem mostrando que perdeu o respeito e o medo pela Lei e pela Justiça.
Não agüento mais assistir certas pessoas se aproveitarem dessa situação para promover na mídia discussões idiotas e filosóficas da violência e do crime organizado no RJ, enquanto lá nas ruas o povo vive correndo assustado, tentando não morrer carbonizado ou ser atingido por uma bala perdida. Não agüento mais assistir os policiais civis e militares do Rio de Janeiro correndo feitos bobos de um lado para o outro, tombando um aqui outro acolá crivados de balas, literalmente perdidos em meio aos tiroteios, que acontecem em local, dia e hora escolhido pelo crime organizado.
Não bastasse isso, a sociedade apavorada ainda tem que aturar certas figuras, travestidas de autoridades, irem para a televisão e a rádio pedir calma e dizer que está tudo sob controle. O sujeito mal acaba de falar tamanha idiotice para a população, e logo em seguida a televisão mostra: de um lado o povo andando assustado nas ruas tentando se proteger do fogo e de balas perdidas; e do outro lado os policiais com os olhos e ouvidos antenados no rumo da escuridão, tentando adivinhar - pelo zumbido - de onde é que vem a ameaça e os tiros.
Graças a Deus o governador eleito pelo Rio de Janeiro resolveu aceitar ajuda para combater o crime, pois sabe que neste momento é burrice acreditar que ele poderia resolver esse problema contando apenas com a sua polícia civil e militar. Nada contra os policiais. Pelo contrário! São todos eles heróis, pois entram nesse confronto na marra, sem o preparo adequado e tendo que encarar pela frente bandidos bem armados, de alta periculosidade e que não têm o menor respeito à vida humana. São bandidos que de humanos só possuem a aparência e a carcaça que os cobre e nos faz pensar que são pessoas humanas. A eles toda a nossa revolta e desejo de justiça já.
Disse bem o presidente da República – são terroristas. E como terroristas devem ser tratados. É a paz social de um povo que há muito tempo vem sendo colocada em permanente risco. São centenas de famílias de civis e militares enlutadas por conta das ações do crime organizado do Rio de Janeiro. É hora de dar um basta. É hora de usar da força e de todo o poder que o estado brasileiro dispõe para dar um final a esses massacres. É hora de honrarmos as próprias calças.
Quando digo que estou revoltado e de saco cheio, creio que esse é o sentimento de todo brasileiro, principalmente dos cariocas. Nossa imagem lá fora está cada dia pior. A cidade mais maravilhosa do mundo, do povo mais alegre desse planeta, está entregue a própria sorte, tendo que conviver com a bala perdida, a queima de coletivos e a carbonização de corpos humanos, em espetáculos aterrorizantes que acontecem em dia e hora marcada pelos terroristas que dominam o crime organizado do Rio de Janeiro. E ainda mandam avisar a polícia com antecedência. Simplesmente degradante!...
Também está torrando o saco ver a turma dos direitos humanos defendendo que é desumano colocar bandido em cela individual, mas não se manifestam quando de lá da cadeia eles mandam matar e queimar vivo quem possa atrapalhar seus planos, como tem acontecido rotineiramente nos principais centros desse país. Cela individual – e pelo resto da vida – para mim é muito pouco!...
Encerro lembrando o que me disse uma pessoa amiga: já teríamos tido uma solução para o terrorismo no Rio de Janeiro, principalmente, se boa parte das autoridades constituídas (mulheres e filhos), em lugar de andarem de carro oficial e seguranças pagos com o dinheiro do contribuinte, tivessem que andar em carro próprio, a pé ou de coletivo (ônibus) junto com a população. Assim eles teriam a oportunidade de sentir melhor, quem sabe até na própria pele, o terror e a tragédia que vêm abalando a vida do cidadão comum, que sai para trabalhar e não sabe mais se vai chegar no emprego, muito menos se vai voltar para casa, pois precisa antes driblar as balas perdidas e contar com a ajuda de todos os santos para não pegar o coletivo na hora errada.

Nenhum comentário:

Postar um comentário