O jornal A CRITICA do dia 05.09.2008 trouxe uma matéria sobre as circunstâncias da morte da menina BRUNA. É algo profundamente chocante e que não pode jamais cair no esquecimento da sociedade amazonense, como tem acontecido com tantos outros episódios dessa natureza. Se não reagirmos com toda a indignação que o caso merece, amanhã corremos o risco de estar sofrendo na própria pele a dor dilacerante da perda de um filho ou de um ente querido, como aconteceu desta feita com os pais de Bruna. Faço inclusive um apelo ao jornal A CRÍTICA, no sentido de que acompanhe de perto essa questão (dure o tempo que tiver que durar), até que a verdade prevaleça e, se houver condenados, que o processo não venha a mofar até ser arquivado, livrando assim os culpados de cumprir as suas penas.
Não estamos aqui para condenar ninguém antecipadamente. O que não dá mais é ficarmos aceitando o uso da “fatalidade” como desculpa para mortes absurdas. Como também não dá mais para assistir o anúncio de arquivamento de processos judiciais, onde condenados por erros médicos não pagam suas penas. Isso tudo tem um nome que já tornou o Brasil uma referência mundial – impunidade! É hora de reagirmos. Chega de omissão ou a próxima vítima pode estar na nossa própria família. Eu não quero jamais passar por essa dor e vou tentar fazer a minha parte.
Diz o jornal que a menina BRUNA sofreu uma parada cardíaca não detectada pelos aparelhos. Ora bolas! Que porcaria de aparelhos são esses? Que tipo de hospital é esse que disponibiliza ao médico num procedimento cirúrgico, equipamentos que não funcionam ou que não oferecem segurança aos médicos e pacientes? Se é que foram os aparelhos que falharam no caso da menina Bruna, eu pergunto: onde estão esses supostos aparelhos usados na cirurgia? Porque não funcionaram? Por acaso já foram retirados e lacrados para uma perícia, ou será continuam no mesmo lugar e servindo de apoio a outras cirurgias? Quantos outros médicos e vítimas fatais vão ser traídos por esses equipamentos até que sejam periciados?
O jornal diz que o médico estava fechando os últimos pontos da garganta, quando percebeu que o sangue mudou de cor e ficou mais escuro. Muito estranha essa afirmação. E os aparelhos? Quem estava monitorando os equipamentos? O que fazia exatamente o anestesista que não percebeu coisa alguma? Quanto tempo já teria se passado até que o médico constatasse que o sangue havia mudado de cor e a criança já estava roxa? Como é que um médico, dito experiente, acompanhado por um anestesista, uma enfermeira e mais o apoio de equipamentos normais de qualquer cirurgia, não perceberam coisa alguma a tempo de salvar a vida da criança? Pensando bem até já se sabe de quem vai ser a culpa – é dos equipamentos que estavam ligados, mas que inexplicavelmente não registraram coisa alguma de errado. Pela morte da criança, é óbvio, vão querer nos convencer mais uma vez de que a culpa é da fatalidade – a eterna e manjada fatalidade.
A matéria do Jornal A CRITICA, pasmem, afirma terem tido acesso ao relatório da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS), onde são apontadas 24 irregularidades no Hospital onde Bruna foi operada. Diz mais ainda, ou seja, que o relatório está ricamente ilustrado. Diante dessa informação, qualquer cidadão vai querer saber por que o centro cirúrgico continuou sendo usado pelo Hospital e pelos médicos? Será que o relatório apenas ilustra ricamente as irregularidades do Hospital, mas em momento algum impedi ou recomenda a não utilização do centro cirúrgico? Que irregularidade são essas que não impediram o uso do centro cirúrgico?
Como a FVS está citada na matéria, entendo que fica no dever de esclarecer essa situação à sociedade, sob pena de acharmos que as inspeções que realizam não são levadas a sério pelos Hospitais. São ou não são? E aí – como é que fica? Qual será a situação real dos demais centros cirúrgicos espalhados pelos Hospitais de Manaus? Quem se digna a dar essa informação, em nome da tranqüilidade das pessoas que estão na expectativa de realizar um procedimento cirúrgico? Por enquanto só uma sugestão – fiquem longe do centro cirúrgico do Hospital São Lucas.
Outra informação absurda na matéria de A CRITICA, diz respeito à enfermeira que supostamente participava da cirurgia da menina BRUNA, e que saiu da sala de cirurgia a procura de um aparelho usado para reanimação - o desfibrilador. Pelo amor de Deus! Não dá para acreditar numa cena dessas. No atual contexto, um centro cirúrgico de um Hospital dentro da cidade de Manaus, sem um desfibrilador, é caso de polícia. É omissão grave! É negligência pura! É falta de respeito com a vida alheia! É cadeia!
O médico responsável pela cirurgia fez uma declaração no mínimo curiosa para o jornal A CRITICA. Disse ele que as “paredes não falam”. Lamentavelmente não é só isso! Elas também não registram nada, tampouco podem servir de testemunhas para nos ajudar a impedir que coisas absurdas continuem acontecendo em salas de cirurgias e que ficam sem explicações pelo resto da vida. O azar é de quem morre. A dor fica para os que perderam seus entes queridos por culpa da negligência, da omissão e da imperícia de maus profissionais, acobertados pela eterna impunidade.
Para acabarmos com isso a sociedade tem que se indignar e se mobilizar para fazer as cobranças devidas. Cobrar para valer! Já que estamos em eleição, é hora inclusive de cobrar do futuro prefeito e dos futuros vereadores, que honrem não só os votos recebidos, mas as próprias calças, não se omitindo nem se acovardando de fazer o que precisa ser feito. Por último quero mandar duas mensagens: uma mensagem para o Ministério Público Estadual, onde o jornal informa que os pais de BRUNA registraram um pedido de instauração de inquérito – não nos decepcionem! A segunda mensagem vai para o Conselho Regional de Medicina Local – ajudem-nos a nos proteger (em tempo hábil) dos péssimos Hospitais e dos maus profissionais. A sociedade agradece!
Não estamos aqui para condenar ninguém antecipadamente. O que não dá mais é ficarmos aceitando o uso da “fatalidade” como desculpa para mortes absurdas. Como também não dá mais para assistir o anúncio de arquivamento de processos judiciais, onde condenados por erros médicos não pagam suas penas. Isso tudo tem um nome que já tornou o Brasil uma referência mundial – impunidade! É hora de reagirmos. Chega de omissão ou a próxima vítima pode estar na nossa própria família. Eu não quero jamais passar por essa dor e vou tentar fazer a minha parte.
Diz o jornal que a menina BRUNA sofreu uma parada cardíaca não detectada pelos aparelhos. Ora bolas! Que porcaria de aparelhos são esses? Que tipo de hospital é esse que disponibiliza ao médico num procedimento cirúrgico, equipamentos que não funcionam ou que não oferecem segurança aos médicos e pacientes? Se é que foram os aparelhos que falharam no caso da menina Bruna, eu pergunto: onde estão esses supostos aparelhos usados na cirurgia? Porque não funcionaram? Por acaso já foram retirados e lacrados para uma perícia, ou será continuam no mesmo lugar e servindo de apoio a outras cirurgias? Quantos outros médicos e vítimas fatais vão ser traídos por esses equipamentos até que sejam periciados?
O jornal diz que o médico estava fechando os últimos pontos da garganta, quando percebeu que o sangue mudou de cor e ficou mais escuro. Muito estranha essa afirmação. E os aparelhos? Quem estava monitorando os equipamentos? O que fazia exatamente o anestesista que não percebeu coisa alguma? Quanto tempo já teria se passado até que o médico constatasse que o sangue havia mudado de cor e a criança já estava roxa? Como é que um médico, dito experiente, acompanhado por um anestesista, uma enfermeira e mais o apoio de equipamentos normais de qualquer cirurgia, não perceberam coisa alguma a tempo de salvar a vida da criança? Pensando bem até já se sabe de quem vai ser a culpa – é dos equipamentos que estavam ligados, mas que inexplicavelmente não registraram coisa alguma de errado. Pela morte da criança, é óbvio, vão querer nos convencer mais uma vez de que a culpa é da fatalidade – a eterna e manjada fatalidade.
A matéria do Jornal A CRITICA, pasmem, afirma terem tido acesso ao relatório da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS), onde são apontadas 24 irregularidades no Hospital onde Bruna foi operada. Diz mais ainda, ou seja, que o relatório está ricamente ilustrado. Diante dessa informação, qualquer cidadão vai querer saber por que o centro cirúrgico continuou sendo usado pelo Hospital e pelos médicos? Será que o relatório apenas ilustra ricamente as irregularidades do Hospital, mas em momento algum impedi ou recomenda a não utilização do centro cirúrgico? Que irregularidade são essas que não impediram o uso do centro cirúrgico?
Como a FVS está citada na matéria, entendo que fica no dever de esclarecer essa situação à sociedade, sob pena de acharmos que as inspeções que realizam não são levadas a sério pelos Hospitais. São ou não são? E aí – como é que fica? Qual será a situação real dos demais centros cirúrgicos espalhados pelos Hospitais de Manaus? Quem se digna a dar essa informação, em nome da tranqüilidade das pessoas que estão na expectativa de realizar um procedimento cirúrgico? Por enquanto só uma sugestão – fiquem longe do centro cirúrgico do Hospital São Lucas.
Outra informação absurda na matéria de A CRITICA, diz respeito à enfermeira que supostamente participava da cirurgia da menina BRUNA, e que saiu da sala de cirurgia a procura de um aparelho usado para reanimação - o desfibrilador. Pelo amor de Deus! Não dá para acreditar numa cena dessas. No atual contexto, um centro cirúrgico de um Hospital dentro da cidade de Manaus, sem um desfibrilador, é caso de polícia. É omissão grave! É negligência pura! É falta de respeito com a vida alheia! É cadeia!
O médico responsável pela cirurgia fez uma declaração no mínimo curiosa para o jornal A CRITICA. Disse ele que as “paredes não falam”. Lamentavelmente não é só isso! Elas também não registram nada, tampouco podem servir de testemunhas para nos ajudar a impedir que coisas absurdas continuem acontecendo em salas de cirurgias e que ficam sem explicações pelo resto da vida. O azar é de quem morre. A dor fica para os que perderam seus entes queridos por culpa da negligência, da omissão e da imperícia de maus profissionais, acobertados pela eterna impunidade.
Para acabarmos com isso a sociedade tem que se indignar e se mobilizar para fazer as cobranças devidas. Cobrar para valer! Já que estamos em eleição, é hora inclusive de cobrar do futuro prefeito e dos futuros vereadores, que honrem não só os votos recebidos, mas as próprias calças, não se omitindo nem se acovardando de fazer o que precisa ser feito. Por último quero mandar duas mensagens: uma mensagem para o Ministério Público Estadual, onde o jornal informa que os pais de BRUNA registraram um pedido de instauração de inquérito – não nos decepcionem! A segunda mensagem vai para o Conselho Regional de Medicina Local – ajudem-nos a nos proteger (em tempo hábil) dos péssimos Hospitais e dos maus profissionais. A sociedade agradece!
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