20 de março de 2009

Não gritem, pô!...

Menga Junqueira, entre os comentários feitos na sua coluna do dia 17.03.2009, levanta a questão dos políticos mudarem o comportamento diante dos microfones da tribuna. Muito interessante a sua observação. É verdade quando ela diz que não há necessidade alguma do político gritar feito maluco da tribuna durante seus discursos, quando tem diante de si nada menos do que dois modernos e potentes microfones, com caixas de som espalhadas até pelos banheiros. Existem parlamentares que além de gritarem, se escabelam todos com gestos, firulas e cacoetes de fazer inveja a qualquer maníaco. Graças a Deus o cabo dos microfones agora são móveis e flexíveis, pois se levarmos em consideração, além dos gritos, as vezes que eles tocam, alisam e mudam de posição os microfones durante um discurso, o que seria do bolso de nós contribuintes. Precisaria de uma verba de auxílio para troca de microfones. Viche Maria! Cala-te boca! Vai já aparecer quem compre essa idéia.

Mas, no caso de determinados políticos, e não são poucos, é até compreensível que eles gritem, pulem e até arranquem cabelos quando vão à tribuna. Não é justo que enquanto discursam sobre alguma coisa ou algum tema, os seus parceiros lá embaixo no plenário aproveitem o tempo para se espreguiçar na cadeira, puxar um ronco (tradicional soneca fora de hora), ler as notícias dos jornais, retocarem o penteado ou a maquiagem borrada, conversar animadamente ao celular com alguém também desocupado do outro lado da linha, ou então se aconchegar com o parlamentar vizinho para fofocar ao pé do ouvido. Acreditem! São cenas reais impagáveis. Muitas delas até registradas fotograficamente para a prosperidade pelos profissionais da imprensa. Se alguma coisa mudou, então mudou muito pouco. E, dependendo de quem está na tribuna se esgoelando - vale tudo! Menos prestar atenção no que ele está falando.

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