1 de outubro de 2009

Perguntar!


Perguntar! Esta é a palavra chave da questão. O vereador José Ricardo, do PT, falando da situação da segurança pública na cidade de Manaus, levantou algo muito sério entre seus parceiros da CMM. Para sabermos em que pé está o item “segurança pública” na cidade, nada melhor, oportuno e transparente do que ir às ruas ouvir o que o cidadão tem a dizer.
O que se observa no momento é que o cidadão está chegando ao limite da sua paciência com a questão da segurança. Não dá mais para ficar ouvindo conversa fiada e explicações furadas das autoridades constituídas. A violência hoje atormenta a todos – pobres e ricos. Dentro de casa, andando de carro particular, coletivo ou a pé, os riscos de assalto, estupro, violência e morte são eminentes. A bandidagem que anda solta simplesmente perdeu o medo! Atacam e matam a qualquer hora do dia e normalmente agem com a cara limpa. São ousados e desafiam explicitamente a capacidade de reação das autoridades e da polícia.

Nesse contexto, o rico sempre tem sempre uma saída. Depois que leva o susto e sobrevive, muda de casa, muda até de país, compra um carro blindado, contrata segurança especializada para acompanhar os familiares e enche a casa de cachorros treinados, alarmes sofisticados, cerca elétrica, etc.

E o pobre, coitado - faz o quê? Se sobreviver à violência, ao cidadão pobre resta correr literalmente até chegar na delegacia mais próxima, fazer o Boletim de Ocorrência e entregar o resto nas mãos de Deus, sem alimentar muitas esperanças de rever o que perdeu em termos materiais ou de que a polícia venha a encontrar o elemento e/ou criminoso para que se aplique a lei e se faça justiça. Ao pobre o melhor que estão oferecendo é tratamento de pobre. E não é só na questão da segurança pública não. Na saúde e na educação, não se iludam – as famílias pobres também estão entregue a própria sorte. Essa realidade que aí está é explícita. Não dá mais para esconder. Os políticos, como legítimos representantes do povo, têm o compromisso, ou melhor, o dever de mudar esse cenário desfavorável, particularmente aos brasileiros mais humildes e mais pobres. Há quem diga que é pedir muito para a classe política que hoje domina este país. Nesse caso, nos resta exatamente um ano para refletir sobre os erros que cometemos escolhendo mal os nossos representantes. Quando estivermos diante das urnas em outubro próximo, que tenhamos a consciência que estamos diante de uma urna e não de um bacio ou pinico, e que a partir das nossas escolhas estaremos definindo o futuro de nossos filhos e netos, o futuro da nossa nação.

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