Todos os anos o Boi de Parintins atrai milhares de
pessoas para aquela ilha. Da mesma forma, todos os anos, religiosamente, é
injetado uma quantia expressiva de reais nas contas dos dois Bois Bumbás, com a
esperança de que a festa aconteça à altura das suas tradições e das
expectativas de dirigentes, governantes, brincantes, visitantes, turistas, etc.
O montante de recursos envolvido na realização
dessa festa é milionário. O evento é grandioso e com certeza não custa barato. Não
é pouco dinheiro não! Além de não ser pouco dinheiro, é bom lembrar que é
dinheiro público, ou seja, é um dinheiro que precisa, ao final, de uma prestação de contas para aquele que paga essa conta há muito tempo sem reclamar ou pedir muitas explicações. Significa dizer que não basta realizar uma bela
festa. É preciso mostrar que uma bela e encantadora festa deve ser seguida de uma
correta e justa prestação de contas de cada centavo público investido. Isso só dignifica
a obra e leva orgulho a todos os cidadãos que ajudam a pagar esse investimento ano
após ano.
Dito isto, como será mesmo que anda de fato essas
prestações de contas? Faço esse questionamento pelo fato de que agora, com a
Lei de Acesso à Informação, é possível que o cidadão desperte para esse detalhe
e passe a exigir maior detalhamento de como é gasto cada centavo destinado à
realização da festa não só dos Bois Bumbás, como de outros eventos populares
que acontecem no nosso Estado e que são agraciados todos os anos com polpudas
quantias de recursos públicos. As festas são maravilhosas, devem continuar. Porém,
a prestação de contas desses eventos precisam urgentemente corresponder à
confiança do seu maior investidor – o contribuinte.
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