A sinceridade do deputado Lins ao falar da concessão de passagens a terceiros e membros da família é assustadora. Porém, assusta
ainda mais o silêncio de parte de seus colegas ante a sua provocação: - quem
nunca fez o mesmo, que atire a primeira pedra!...
Em sua defesa, publicamente o deputado alega que a concessão de
passagens para terceiros, incluindo membros da própria família, é uma prática
comum não só na ALE-AM, mas em todos os parlamentos do Brasil. Se levarmos em
conta o tempo de vida do deputado no parlamento e os cargos importantes nele já
ocupados, sinceramente fica difícil não acreditar
que ele esteja falando a verdade, principalmente se levarmos em conta o silêncio
da maioria de seus parceiros depois da provocação feita.
Para quem acha imoral ter que bancar todos os anos a troca de
guarda-roupa dos parlamentares por meio do famigerado auxílio-paletó, o que
dizer agora de bancar também passagens e diárias para parentes e agregados
desses mesmos parlamentares realizarem viagens de turismo, lazer e outras coisas não menos nobres.
É um costume do poder legislativo – disse o deputado a um
jornal local. Tudo bem, pode até ser um costume, mas um mau costume, um costume
sem-vergonha, um péssimo costume, uma exploração miserável do bolso do
trabalhador que paga seus impostos para vê-lo gasto com despesas de lazer e turismo
de agregados, apaziguados e parentes de parlamentares. Se o deputado assegura
que isso acontece no Brasil inteiro, imaginem o tamanho do assalto que é
praticado aos nossos bolsos todos os dias. Quem ousa arrombar essa caixa preta?
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