16 de maio de 2007

Até tu Habibes!...


Muita gente comemorou a chegada do Habibes a Manaus. Até eu!...
Evidentemente que quem deseja de fato saborear a boa e verdadeira comida árabe, o Habibe’s com certeza não é a melhor opção. Pelo contrário! Independentemente disso, já são duas casas espalhadas na cidade, o que significa que foram bem aceitos pelos consumidores e estão fazendo a alegria daqueles que gostam dos seus produtos.
Acontece que já estão também fazendo raiva e irritando a paciência de uma parcela de seus clientes. É a questão do serviço de entrega. Pasmem! O Habibes faz a entrega do pedido de um cliente que mora há mais de 10 km, mas não faz a entrega de um cliente que mora há seis quadras de distância. A desculpa é que o sistema que eles utilizam não reconhece a rua ou o CEP do cliente, e por isso o mesmo tem que se conformar com as desculpas esdrúxulas e as promessas incontáveis de que o problema do famigerado sistema vai ser corrigido um dia.
Eu não peço mais nada pelo telefone, até porque nunca fui atendido. Como uma resposta a esse tipo de tratamento, eu adotei um procedimento - não vou mais ao Habibes. Enquanto eles não reconhecerem a minha rua e o meu CEP, eu me recuso a prestigiar essa casa em qualquer sentido. Aliás, todos aqueles freqüentadores do Habibes que têm seus pedidos por telefone negado por conta do tal sistema que não reconhece a rua, bairro ou o CEP, deveriam fazer exatamente a mesma coisa.
Outra coisa que também irrita muito quem freqüenta o Habibes é a falta freqüente de produtos do seu cardápio. Dificilmente, creio eu, o cardápio inteiro está à disposição do cliente para qualquer dos produtos e/ou pratos oferecidos. Sempre tem um produto ou um prato que não pode ser atendido. Tem sempre aquela desculpa boba, ou seja, aquela conversa fiada que explica, mas não convence ninguém.
Vou ficar por aqui na expectativa de que o Habibes local anuncie o mais breve possível o dia em que vai corrigir o seu sistema e atender não só aos seus clientes que moram lá do outro lado da cidade, mas também aqueles que estão ali na sua vizinhança. Será que é pedir muito?


7 de maio de 2007

Eles querem upgrade!...

No encontro de vereadores que aconteceu ou está acontecendo no nordeste, surgiu uma idéia que merece destaque pela sua importância para o futuro do Brasil. Resumindo é o seguinte: os vereadores não querem mais ser chamados de vereadores. Querem ter o direito a um “upgrade”. Vereador é coisa de país subdesenvolvido e o Brasil agora passou a ser um país em desenvolvimento.

Ora, se o Brasil sofreu um "upgrade", nada mais justo que os vereadores tenham também esse direito. Em vez de vereadores, eles querem passar a ser chamados de “deputados municipais”. É verdade gente! Acreditem! Nós sabemos que não vai trazer nenhum benefício para a sociedade, muito menos vai ajudar a moralizar a vida pública nacional. Entretanto, levem em conta que vai resolver a crise existencial ou o complexo de inferioridade que aflige o ego de uma parcela dos nossos ilustres vereadores brasileiros, que não aceitam mais conviver com esse nome. É justo que queiram ouvir de seus eleitores nas ruas a doce frase: fale meu deputado! Bem diferente de ouvir - fale meu vereador!... Sentiram a diferença? Pois é!

Mas o que será mesmo que motiva um vereador a levantar uma idéia dessa natureza, que na verdade não trás nenhuma contribuição para a sociedade, muito menos para o resgate da imagem da classe a qual pertence? Os políticos no Brasil, indistintamente, há muito tempo andam desacreditados e, quando surgem com uma idéia como essa que visa atender exclusivamente a satisfação do próprio ego, na verdade só alimentam a indignação e a revolta das pessoas. Isso só pode ser coisa de vereador desiludido com a sua carreira política e que já se conscientizou de que, pela vontade dos eleitores, ou seja, pelo voto, jamais alcançará o status pleno e verdadeiro de um deputado estadual ou federal. Daí a necessidade de promoverem a qualquer custo um upgrade, nem que seja só no nome, apenas para satisfazer o próprio ego e um dia morrer feliz.

A idéia não deixa de ser um upgrade, como acontece nos computadores. A diferença é que nos computadores o upgrade é real e na maioria dos casos os usuários ficam satisfeitos com os resultados. No caso dos vereadores a mudança é um pouco radical, unilateral, pois é aquela coisa que vai sair do nada para chegar a coisa nenhuma, satisfazendo apenas o ego daqueles que não agüentam mais serem chamados de vereadores. Coitados!...

Num país onde até boi voa quando o assunto é política, é bom começarmos a nos acostumar com a possibilidade da aprovação dessa marmota.

4 de maio de 2007

Dia desses no Rio Urubu.

Autor: Luciano Muelas
Quem conhece o rio urubu, partindo da ponte na BR-174, sabe perfeitamente que naquele trecho ele é bastante estreito e encachoeirado, o que dificulta sobremaneira a navegação com motor de popa, principalmente quando o nível das águas está baixo. Em função disso os ribeirinhos usam como meio de transporte enormes canoas de madeira com rabetão.

Agora, caro leitor, pense num canoão. Ou melhor, na arca de Noé. Pois foi num desses que embarquei para uma pescaria rio abaixo em busca das faiscantes matrinxãs. Pra complicar ainda mais a vida deste humilde e robusto pescador, o piloteiro era inexperiente e não conhecia muito bem as traiçoeiras curvas lajeadas do sinuoso rio. Não fica difícil imaginar que ante a um perigo iminente, manobrar aquele porta-aviões com habilidade era tarefa humanamente impossível. Assim, esbarramos em duas opções: ou entregávamos a nossa sorte ao bom Deus, ou necas de pescaria. Optei pela fé.

Começamos a descida já com o sol alto, lá pelas 10 horas da manhã, onde vencemos o primeiro trecho crítico do rio, que parecia mais adequado à prática de raftin’. Vara até 17 libras na mão - equipada com uma carretilha free perfil baixo municiada com multifilamento de 50 libras atada a um tip com 2 metros de flúor carbono de 0,30 mm - dei início aos trabalhos.

Quem vai pescar matrinxãs ou apapás deve ter em mente sempre o seguinte: preferencialmente usar molinetes ou carretilhas com relação de recolhimento partindo de 5.8;1. Na pescaria com equipamento de mosca é recomendável, inclusive, colocar a vara debaixo do braço e recolher a linha com as duas mãos para imprimir velocidade à puxada, pois quanto maior for a velocidade, maiores serão as chances de captura. Tais peixes, por serem maravilhosamente rápidos, emprestam emoção e plasticidade à haliêutica, mas em contrapartida exigem um pouco mais de técnica e observação, porque apesar de vorazes predadores, são ariscos e desconfiados, o que vale dizer que se for pescar matrinxãs não espere ‘bamburrar’ , pois não é pescaria farta. A vara, por sua vez, deve ter ação rápida ( com a ponta dura ) pois a ossatura da boca das matrinxãs e dos apapás exige fisgada potente, o que não ocorrerá se estiver usando uma vara de ação lenta, onde, nesse caso, o anzol não penetrará o suficiente para garantir a captura. Como iscas, as minhas eleitas são os spinners – onde substituo as garatéias por um único anzol – e as colheres da Johnson nas tonalidades prateadas e douradas.

Retomando, confesso que me exauri de tanto pinchar inocuamente, pois as danadinhas não queriam dar o ar da graça. Já havíamos descido uns 4 quilômetros quando decidi mudar radicalmente de alvo. Agora os tucunarés é que ficariam na minha linha de tiro. Equipamento leve deixado de lado, montei uma Catana 5.6’ até 25 libras da Shimano, com potente carretilha da mesma marca, linha multi de 80 libras e um barulhento popper Cetus. Não demorou muito e a primeira pancada do bicho na isca de superfície fez com que o meu piloteiro quase caísse n’água, tamanho o susto. “Égua !”, exclamou, em complemento ao ar de incredulidade estampado no seu rosto face ao estrondo nunca dantes ouvido.

Assim, passada a emoção do susto em nosso marinheiro-de-primeira-viagem, as capturas foram registradas em número de 5 bons exemplares, a despeito do sol estar a pino - quando, então, o rabetão propulsor da nossa arca de Noé entrou em funcionamento pela primeira vez, pois o lema agora era fé em Deus e rio acima.

Dia desses no Rio Urubu.

Autor: Luciano Jorge Muelas
Quem conhece o rio urubu, partindo da ponte na BR-174, sabe perfeitamente que naquele trecho ele é bastante estreito e encachoeirado, o que dificulta sobremaneira a navegação com motor de popa, principalmente quando o nível das águas está baixo. Em função disso os ribeirinhos usam como meio de transporte enormes canoas de madeira com rabetão.
Agora, caro leitor, pense num canoão. Ou melhor, na arca de Noé. Pois foi num desses que embarquei para uma pescaria rio abaixo em busca das faiscantes matrinxãs. Pra complicar ainda mais a vida deste humilde e robusto pescador, o piloteiro era inexperiente e não conhecia muito bem as traiçoeiras curvas lajeadas do sinuoso rio. Não fica difícil imaginar que ante a um perigo iminente, manobrar aquele porta-aviões com habilidade era tarefa humanamente impossível. Assim, esbarramos em duas opções: ou entregávamos a nossa sorte ao bom Deus, ou necas de pescaria. Optei pela fé.

Começamos a descida já com o sol alto, lá pelas 10 horas da manhã, onde vencemos o primeiro trecho crítico do rio, que parecia mais adequado à prática de raftin’. Vara até 17 libras na mão - equipada com uma carretilha free perfil baixo municiada com multifilamento de 50 libras atada a um tip com 2 metros de flúor carbono de 0,30 mm - dei início aos trabalhos.

Quem vai pescar matrinxãs ou apapás deve ter em mente sempre o seguinte: preferencialmente usar molinetes ou carretilhas com relação de recolhimento partindo de 5.8;1. Na pescaria com equipamento de mosca é recomendável, inclusive, colocar a vara debaixo do braço e recolher a linha com as duas mãos para imprimir velocidade à puxada, pois quanto maior for a velocidade, maiores serão as chances de captura. Tais peixes, por serem maravilhosamente rápidos, emprestam emoção e plasticidade à haliêutica, mas em contrapartida exigem um pouco mais de técnica e observação, porque apesar de vorazes predadores, são ariscos e desconfiados, o que vale dizer que se for pescar matrinxãs não espere ‘bamburrar’ , pois não é pescaria farta. A vara, por sua vez, deve ter ação rápida ( com a ponta dura ) pois a ossatura da boca das matrinxãs e dos apapás exige fisgada potente, o que não ocorrerá se estiver usando uma vara de ação lenta, onde, nesse caso, o anzol não penetrará o suficiente para garantir a captura. Como iscas, as minhas eleitas são os spinners – onde substituo as garatéias por um único anzol – e as colheres da Johnson nas tonalidades prateadas e douradas.

Retomando, confesso que me exauri de tanto pinchar inocuamente, pois as danadinhas não queriam dar o ar da graça. Já havíamos descido uns 4 quilômetros quando decidi mudar radicalmente de alvo. Agora os tucunarés é que ficariam na minha linha de tiro. Equipamento leve deixado de lado, montei uma Catana 5.6’ até 25 libras da Shimano, com potente carretilha da mesma marca, linha multi de 80 libras e um barulhento popper Cetus. Não demorou muito e a primeira pancada do bicho na isca de superfície fez com que o meu piloteiro quase caísse n’água, tamanho o susto. “Égua !”, exclamou, em complemento ao ar de incredulidade estampado no seu rosto face ao estrondo nunca dantes ouvido.

Assim, passada a emoção do susto em nosso marinheiro-de-primeira-viagem, as capturas foram registradas em número de 5 bons exemplares, a despeito do sol estar a pino - quando, então, o rabetão propulsor da nossa arca de Noé entrou em funcionamento pela primeira vez, pois o lema agora era fé em Deus e rio acima.

23 de abril de 2007

MILLENIUM & AMAZON Park

Ontem, domingo, estive no Shopping Millenium e, a exemplo de dezenas de pessoas que por lá passaram nesse dia, ao sair fui agraciado com a informação de que o nosso Tribunal de Justiça do Amazonas acatou a um pedido da empresa Amazon Park para derrubar os efeitos da Lei Estadual nº 3.028/2005, que criou as regras quanto ao pagamento pelo uso dos estacionamentos. É bom ficarmos preparados, pois esse é apenas o primeiro entre outros golpes que virão a reboque dessa decisão judicial. É bom lembrar que contra os interesses e o bem estar do povo, tudo acontece sempre com muita eficiência e precisão. É bom lembrar também que há poucos dias os freqüentadores do Millenium estiveram a mercê de bandidos, que não encontram a menor dificuldade para assaltar a Bemol. Significa dizer que os serviços de proteção e segurança dos freqüentadores desse empreendimento deixam muito a desejar. Ora, se está fácil assaltar dentro das próprias lojas, onde supostamente existem seguranças armados de revólver e de walkie-talkie circulando, imagine o que pode acontecer no estacionamento.
Agora façamos a seguinte reflexão: a quem mais interessa essa decisão da justiça de derrubar os efeitos da lei, além da empresa responsável pela administração?
Com a entrada em vigor da Lei 3.028/2005, o consumidor passou a exigir a nota fiscal, pois sabe que uma compra única de 30 reais, ou 60 reais acumulada entre mais de uma compra no mesmo dia, isso lhe dá direito a isenção do pagamento da taxa de estacionamento. Derrubando essa lei, o consumidor é desestimulado a pedir a nota fiscal e com isso algumas lojas podem voltar a sonegar abertamente e o Amazonas Park terá o seu faturamento aumentado. O resultado dessa brilhante decisão é simples: vão desestimular os freqüentadores dos shoppings a pedirem a nota fiscal e ampliar a ganância de mais faturamento por parte de uns e o desejo mordaz de sonegação de outros.
Não há menor dúvida de que essa lei vem incomodando desde quando foi aprovada. Só eu, como consumidor e freqüentador de shopping, já enfrentei alguns problemas com a aplicação dessa lei, principalmente com o setor de alimentação, onde os caixas se fazem de bobos (a pedido dos patrões) e só emitem a nota fiscal se o cliente exigir. É a máquina que pifou, é o sistema que não está funcionando, é o talão que acabou. Nessas horas vale tudo para fazer o cliente de otário. E quando aparece uma lei que protege e ajuda o consumidor, acontece isso aí que nós estamos assistindo.
É bom lembrar que esta lei que estão querendo passar o trator por cima, é uma das poucas iniciativas do poder legislativo estadual que podemos aplaudir e considerar como positiva nesses últimos anos. Mas se nem isso os nossos legisladores conseguem mais fazer vingar em benefício do povo, é de se perguntar: será que o poder legislativo está honrando seus compromissos com a sociedade, levando em conta o quanto pesam (e como pesam) no bolso do contribuinte? A mesma pergunta vale para o nosso poder municipal. Senhores e senhoras – mexam-se! Tomem uma atitude e defendam o interesse do cidadão. Aliás, diga-se de passagem, o Millenium parece ser um dos pontos prediletos de muitos parlamentares. O que será que eles estão pensando na hora de pagar o estacionamento e receberem aquele papelzinho da Amazon Park dizendo que a lei que eles criaram está indo para o espaço?
Ainda com relação ao Millenium, já que agora por lá a lei não funciona, então que tratem de liberar o estacionamento geral. Se o consumidor vai pagar, então ele tem que ter o direito de escolher onde vai estacionar o seu carro. Acontece que deixam primeiro entupir o primeiro piso para depois liberar o segundo piso. Isso é malandragem e sacanagem ao mesmo tempo. Respeitem mais os clientes! Se estão faturando mais, então podem colocar mais gente para trabalhar e ter os dois espaços de estacionamento liberados simultaneamente para os freqüentadores.
Já que estamos falando em estacionamento, é bom aproveitarmos para falar também do Studio 5, onde alguém teve a triste idéia de colocar, numa das pistas de saída dos veículos, uma cancela eletrônica no meio da ladeira existente, proporcionando total desconforto para os motoristas. O desconforto é tanto, que já existe um sujeito de plantão na cancela para pegar o ticket e enfiar na máquina. É no mínimo estranho, pois a tal cancela bem que podia ser colocada alguns metros mais adiante, onde o desconforto para o motorista seria bem menor. Será que faltou fio ou foi falta de inteligência e bom senso mesmo? E tem mais! Com um único ponto para o consumidor pagar a tal taxa de serviço, é preciso muito saco para esperar ser atendido sem perder a paciência e depois ainda enfrentar a cancela colocada ladeira acima. É dose para leão meus irmãos!...

Amazonas Shopping

O sinistro deste último domingo deixou muito claro o compromisso que essas organizações têm com o bom atendimento, a proteção e a segurança dos seus clientes. A foto do segurança que depois de espancar um repórter ainda pousou para as câmeras fazendo sinais obscenos, mostra de cara o tipo de gente que essas organizações contratam para lidar com o público e lhe oferecer o mínimo de tranqüilidade e segurança, principalmente nas situações de risco.
Mas isso ainda é pouco se formos levar em consideração o despreparo de todos, inclusive da administração do próprio shopping, na hora de operar uma situação de perigo. Os seguranças, além de se preocuparem em espancar repórteres e pousar para as câmeras com cara de mal, corriam e circulavam feitos bobalhões e não conseguiam sequer se auto organizarem, quanto mais organizarem a saída das pessoas que lá estavam desesperadas naquele momento. E a brigada de incêndio, tão anunciada no início das sessões de cinema, quem viu?
Pelos comentários daqueles que vivenciaram esse drama, parece que quem primeiro correu para escapar do sinistro foi o encarregado do sistema de som. Quando os clientes mais precisaram de aviso e orientação, o som silenciou. Ficaram todos nas mãos de um bando de seguranças desnorteados. É brincadeira! O estacionamento virou um caos, com todo mundo querendo sair e não havia quem organizasse o fluxo de carros, o que não é novidade, pois isso já acontece até mesmo nos dias normais.
Esse episódio, que felizmente não terminou em tragédia, precisa ser olhado com responsabilidade, principalmente pelas autoridades competentes. Considerando o tamanho da estrutura do shopping, os serviços de proteção e segurança dos freqüentadores precisam ser planejados com competência e, o mais importante, serem operados por funcionários treinados para esse fim. Se os que operam esses sistemas de proteção e segurança passaram por treinamento, o que se presenciou nesse último domingo mostrou claramente que estão muito aquém do que se espera deles num momento crítico.