23 de abril de 2007

Amazonas Shopping

O sinistro deste último domingo deixou muito claro o compromisso que essas organizações têm com o bom atendimento, a proteção e a segurança dos seus clientes. A foto do segurança que depois de espancar um repórter ainda pousou para as câmeras fazendo sinais obscenos, mostra de cara o tipo de gente que essas organizações contratam para lidar com o público e lhe oferecer o mínimo de tranqüilidade e segurança, principalmente nas situações de risco.
Mas isso ainda é pouco se formos levar em consideração o despreparo de todos, inclusive da administração do próprio shopping, na hora de operar uma situação de perigo. Os seguranças, além de se preocuparem em espancar repórteres e pousar para as câmeras com cara de mal, corriam e circulavam feitos bobalhões e não conseguiam sequer se auto organizarem, quanto mais organizarem a saída das pessoas que lá estavam desesperadas naquele momento. E a brigada de incêndio, tão anunciada no início das sessões de cinema, quem viu?
Pelos comentários daqueles que vivenciaram esse drama, parece que quem primeiro correu para escapar do sinistro foi o encarregado do sistema de som. Quando os clientes mais precisaram de aviso e orientação, o som silenciou. Ficaram todos nas mãos de um bando de seguranças desnorteados. É brincadeira! O estacionamento virou um caos, com todo mundo querendo sair e não havia quem organizasse o fluxo de carros, o que não é novidade, pois isso já acontece até mesmo nos dias normais.
Esse episódio, que felizmente não terminou em tragédia, precisa ser olhado com responsabilidade, principalmente pelas autoridades competentes. Considerando o tamanho da estrutura do shopping, os serviços de proteção e segurança dos freqüentadores precisam ser planejados com competência e, o mais importante, serem operados por funcionários treinados para esse fim. Se os que operam esses sistemas de proteção e segurança passaram por treinamento, o que se presenciou nesse último domingo mostrou claramente que estão muito aquém do que se espera deles num momento crítico.

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