15 de fevereiro de 2007

Regime Semi-aberto

A sociedade precisa urgente exigir das autoridades competentes as devidas explicações para a má aplicação do chamado regime semi-aberto. No meu entendimento, bem pior do que simplesmente mandar soltar bandido de alta periculosidade, é conceder a ele o direito ao regime semi-aberto. O elemento sai durante o dia para roubar e matar e a noite volta para dormir tranqüilo e protegido na cela do presídio. Uma situação revoltante sob todos os aspectos, pois quem lê jornais e acompanha os noticiários, está verificando que um número expressivo de bandidos presos praticando crimes dos mais diversos e perversos, são bandidos já condenados que estavam sendo beneficiados pelo regime semi-aberto.

Até prova em contrário, fica claramente evidenciado de que não existe uma avaliação criteriosa do perfil psicológico do bandido, antes de lhe concederem o direito ao regime semi-aberto. Como também fica claro de que não existe um acompanhamento da vida do bandido a partir do instante que ele é beneficiado pelo regime semi-aberto. O que se conclui é que estão seguindo exatamente ao pé da letra o que está escrito na lei. Cumprido determinado período da pena, conceda-se ao preso o direito ao regime semi-aberto e ponto final. Ora, se for para fazer isso, não precisamos de juiz. Qualquer pessoa, por um custo bem mais baixo ao bolso do contribuinte, poderá fazer esse trabalho usando simplesmente um bom software. Para cumprir estritamente o que está escrito na lei, não precisamos de um juiz, muito menos de advogado. Basta ser alguém que saiba ler e seguir na risca o que está escrito.

Um desses bandidos beneficiados pelo regime semi-aberto, segundo matéria de A Critica, de 15.02.2007, foi preso como sendo um dos elementos que roubam fios de cobre na cidade. O prejuízo causado com esse tipo de ação já atingiu cifras altíssimas. Os prejuízos não são apenas da Telemar ou da Manaus Energia. O prejuízo maior é da população que fica sem poder dispor dos serviços oferecidos por essas organizações. Trata-se de uma atividade criminosa alimentada por um mercado negro da sucata que corre frouxo na cidade. Só existe o ladrão de cobre porque existe o receptor bandido, que na verdade é muito mais perigoso do que o ladrão. A venda de sucata é uma atividade que existe em qualquer lugar e com certeza existem os sucateiros que trabalham honestamente e dentro da lei. Mas existe uma turma de sucateiro que vem alimentando o roubo de cobre e está causando enormes prejuízos à cidade e aos munícipes. Até quando?

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