1 de setembro de 2007

Está na hora!...

O brasileiro que acompanha o noticiário nacional, seja no rádio, jornal ou televisão, todos os dias vive momentos de euforia e desesperança. Uma notícia boa normalmente é tombada por uma dúzia de notícias ruins. Recentemente fomos surpreendidos pela decisão que mantém aquele promotor assassino de São Paulo em condições privilegiadas, até que aconteça o seu julgamento. Além de continuar livre, leve e solto, com o salário integral pago pelo contribuinte, o promotor assassino ainda deve escapar do julgamento popular, devendo enfrentar como julgadores, aqueles que, salvo melhor juízo, estão lhe outorgando os privilégios que vêm revoltando a sociedade brasileira. Aliás, em São Paulo, essa coisa de oferecer privilégios para bacanas da justiça e/ou promotoria, e que deviam estar na cadeia, tem como grande exemplo o juiz Lalau, digo, Nicolau. E ainda tem quem tenha pena dessa figura dizendo: coitadinho – está velhinho! Os mais cínicos apelam até para a aplicação do código do idoso para justificar os privilégios ao velhinho Nicolau. Tudo bem! – velhinho, mas safadinho toda vida.

Não precisamos pensar muito para saber qual rumo tomaria esse caso do promotor, se o dito cujo, que usou uma arma e disparou vários tiros para eliminar sua vítima, tivesse tido a coragem de enfrentá-la de homem para homem, de igual para igual, e, no final do embate, terminasse na sarjeta surrado ou então correndo feito um louco para não apanhar mais. Nesse caso, o agressor do promotor com certeza já estaria preso até hoje, sob a acusação de agredir uma “autoridade” do ministério público. Os privilégios que o promotor consegue arrancar para se manter livre da cadeia, se constituiriam em dificuldades intransponíveis para o cidadão agressor conseguir responder livre pela surra dada no promotor. Mofaria na cadeia esperando pelo julgamento e com certeza não ganharia uma linha ou um minuto na mídia para pedir socorro.
Isso é Brasil! Por isso já não nos surpreendemos mais. Falta-nos (brasileiros) sair do marasmo e da condição de expectador sonolento, de sangue de barata, que só reclama e lamenta, que só reza e espera pelo milagre divino, e partirmos para a revolta popular. Está na hora de tirarmos a bunda da cadeira e acompanhar aqueles que estão se mobilizando (de forma organizada e ordeira) e indo às ruas e praças públicas para cobrar de todos os poderes, mais dignidade, mais respeito, mais vergonha, mais decência e mais compromisso com o futuro da sociedade brasileira.

Nenhum comentário:

Postar um comentário