1 de novembro de 2008

A Polícia que mete medo!...

O caso recente divulgado por A Critica, onde a industriaria Elizângela Abrantes foi perseguida na direção do seu carro e baleada com um tiro na nuca, não pode ter como resultado o esquecimento proposital ou representar apenas mais um dado estatístico negativo da ação de supostos policiais covardes e despreparados. O mais grave nessa questão é que são supostos policiais atuando no escuro, sem farda e na direção de um veículo com placa falsa. Seriam eles membros daquilo que chamam de serviço de inteligência da polícia ou de policiamento velado? Que inteligência seria essa? Que policiamento velado é esse? Como explicar a polícia no uso de carros com placas falsas, onde seus ocupantes atiram e perseguem pessoas inocentes?

De acordo com a matéria de A Critica, o Coronel Oliveira Filho reconhece que a Parati é da Polícia e que policiais suspeitos estão sendo investigados. Aliás, a família de Elizângela Abrantes, que não tem condição de bancar um advogado para acompanhar esse caso, deposita toda a sua confiança na ação do Coronel Oliveira, do Ministério Público Estadual e do Delegado responsável pelo inquérito. Destaque-se, também, que a família não tem condição de bancar o tratamento de recuperação da vítima. A bala não foi retirada do local e as primeiras seqüelas já surgiram. Daí o nosso apelo ao Ministério Público no sentido de exigir do poder público estadual a cobertura do tratamento da vítima e uma indenização justa pelas seqüelas que irá carregar pelo resto da vida. Sem falar que está afastada do emprego e com o risco de ser demitida a qualquer momento que voltar.

Quando se trata de falar de ações negativas de maus policiais, por medo a omissão prevalece. A sociedade local, entretanto, tem que estar atenta para esses casos e cobrar transparência e punição para os criminosos. Nossos deputados estaduais, por exemplo, como representantes e fiscais do povo, não podem se omitir de acompanhar e exigir explicações. Trata-se da segurança da população, onde diante da presença de policiais não sabemos mais se o melhor a fazer é pedir socorro ou correr, como fez a industriaria. Desta feita a vítima foi a industriaria Elizângela Abrantes, amanhã pode ser qualquer um de nós. Curiosamente, através da mídia, já sabemos de toda a vida da vítima, da mãe da vítima, dos irmãos, familiares e até de supostas dívidas pessoais da industriaria. Nessas horas, para proteger os supostos policiais, vão surgir histórias até do outro mundo. O importante é desacreditar a vítima e livrar a cara dos responsáveis pelo atentado.

Já de parte dos supostos policiais, ninguém se dispõe a divulgar o nome dos elementos que por pouco não acabaram com a vida de uma pessoa inocente. Sob a desculpa de que não há provas contra os suspeitos, os nomes são omitidos e com certeza já devem ter construído suas falsas versões para dizer que agiram em nome da lei e que só atiraram revidando os tiros desferidos pela vítima e seu acompanhante. Mais um pouco e a vítima, que nunca portou uma arma, pode ser transformada numa pistoleira.

Por último convocamos a sociedade para ficar atenta a esse caso. Um de nós pode ser a próxima vítima se não forem tomadas as providências cabíveis e aplicadas as punições severas. Estamos confiantes na PM, no Ministério Público Estadual e no Delegado responsável pelo inquérito. Mas não basta! Convoco a Assembléia Legislativa, através dos seus deputados, para não só acompanhar esse caso, como investigar e analisar os procedimentos do que chamam de policiamento velado, que se utiliza de carros com placas falsas/frias e seus elementos demonstram despreparo para as missões e saem por aí perseguindo e baleando pessoas inocentes.

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