18 de dezembro de 2008

Território Sem Lei!...

Se levarmos em conta o que presenciamos diariamente nas ruas da nossa cidade de Manaus, não é exagero dizer que ainda existem sim os chamados territórios sem lei. Vejamos, por exemplo, o caso dos lanches do Bairro do Parque 10, que ficam localizados na pracinha e em torno dela. Salvo engano, tudo ali é comércio de lanches e comidas diversas, com a exceção de uma loja de locação de vídeos. É como se fosse uma mini-pracinha de alimentação mal arrumada, o que não significa dizer também que a comida e o lanche são ruins.

Quem conhece o território do qual estou falando, sabe que quem passa de carro por ali depois das 7 horas da noite, só passa se tiver muita paciência e se for bom de malabarismo para desviar do que encontra pela frente. O local se transforma exatamente naquilo que podemos chamar de território sem lei. Ninguém parece estar ali depois das 7 da noite preocupado em observar onde termina os seus direitos e começa o do vizinho. Para quem está só de passagem e de carro, é um saco. Um verdadeiro teste para a paciência de qualquer cristão.

Antes, o problema maior naquele local dos lanches se resumia às filas de carros que se formavam no meio da rua, depois que as laterais da pista ficavam congestionadas. Daí, com certeza, alguém deve ter reclamado e as autoridades competentes mandaram alguém até o local para analisar e decidir o que fazer. Pois bem! Resolveram então colocar aquilo que ouço chamarem de “tijolo baiano”, dividindo ao meio a via em frente à praça e os lanches. Creio que a “idéia baré”, para não chamar de “leseira baré”, tinha por objetivo impedir e/ou acabar com a fila de carros que se formava no meio da rua, o que já seria uma grande vitória.

A impressão que eu tenho, passando todos os dias nesse local, pois moro no bairro, é que as autoridades ou técnicos que tiveram a “idéia baré” de colocar os tijolos baianos, nunca mais voltaram para saber no que deu. Até hoje, pelo jeito, eles não sabem ou ninguém os avisou de que a idéia dos tijolos transformou o que era ruim em algo bem pior.

Agora, pasmem, aproveitando a idéia da colocação dos tijolos baianos, os freqüentadores motorizados do local, quando não encontram mais lugar onde estacionar, simplesmente aproveitam os tijolos baianos que lá estão para formar fila dupla de carros no meio da rua, uma de cada lado dos tijolos. O que parecia simples de resolver, virou um inferno em dose dupla! O território sem lei está instalado.

Considerando que não dá para esperar que os autores da “idéia baré” voltem para conferir no que deu a colocação dos tijolos baianos; considerando que a mini-pracinha de alimentação do Parque 10 provavelmente não seja caminho, nem faça parte das opções de lazer das autoridades de trânsito da cidade e seus subalternos; e considerando por último que os vários políticos do bairro não podem alegar desconhecimento dos fatos, preferindo optar pela omissão ou pela velha mania do deixa como está, para ver como é que fica - resolvi então pelo menos publicar esse desabafo, enquanto posso. Quem sabe alguém lê e algo acontece.

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