1 de dezembro de 2009

O arteiro Arruda!

Brasília nos brinda com mais um escândalo. Um dos atores desse novo episódio, o Governador Arruda, desta vez aparece como ator principal. Cercado de advogados e tentando de todos os jeitos não perder a pose, o homem dos panettones assegura que toda a grana que ele aparece recebendo no vídeo gravado foi contabilizada, tem origem e destino legais. Os féis aliados de Arruda, aparentemente indignados com a denúncia, mas sem a menor disposição de colocar a mão no fogo pelo mesmo, asseguram – é uma armação política!

Esse Arruda, de meia-careca e cara-de-pau, está presente em todas as manchetes de jornais, televisões e revistas do Brasil. Para quem tem memória curta ou ainda não sabe, é exatamente o mesmo Arruda que, quando deputado federal, para não ser cassado por comportamento aético, tratou de pedir o boné antes. Mas, antes disso, subiu primeiro à tribuna da Câmara, posudo que nem um pavão, de onde gritou e esbravejou defendendo a sua suposta inocência e integridade moral. Dias depois, ele voltou à mesma tribuna, só que dessa vez  com a cara de leso e feito bebê chorão, para reconhecer que havia cometido uma irregularidade, juntamente com o falecido Antonio Carlos Magalhães e outros. Pena que Toninho Malvadeza não esteja vivo para assistir mais essa traquinice do seu colega de Congresso. Mas, voltando ao arteiro Arruda, além dele ter assumido que mentiu, pediu também desculpas aos seus colegas deputados, pediu perdão da mamãe, do papai, da família, dos filhos e do povo. Uma cena sem dúvida vergonhosa, corriqueira nos dias atuais, mas ao mesmo tempo marcante e inesquecível na vida do nosso Congresso Nacional.

Naquela ocasião, apesar da gravidade do seu ato, o travesso Arruda parece ter sido tão convincente na sua choradeira, que acabou reconduzido logo em seguida ao poder pelo povo de Brasília. Voltou nos braços do povo, como diria um velho amigo. Mas, naquele pranto derramado da tribuna, que comoveu seus eleitores num passado recente, na verdade as lágrimas eram de crocodilo. Isso mesmo – lágrimas de um esperto e escolado crocodilo! Para quem se deixou enganar, aí está agora uma nova armação. Só que dessa vez a trama foi gravada em vídeo para ninguém mais duvidar que o Meia-Careca continua exatamente o mesmo; que já aprontou sim lá atrás e continua aprontando até hoje. É o segundo tapa que Arruda desfere na cara do povo de Brasília. Tomara que seja o último! Não consigo imaginar o eleitor e o povo de Brasília no papel ordinário de mulher de malandro.

Outro destaque desse novo episódio é sem dúvida a presença marcante de um Pastor de Igreja. Um pastorzão! Um sujeito grandão, deputado (ah! ah! ah! mais um!), meio desengonçado, cujo papel na trama, além de receber a sua parte da grana arrecadada, eu entendo que era comandar as orações pedindo proteção divina para a fonte não secar. Acontece que o pastor, pelo jeito - escafedeu-se! A sua comunhão com o Divino não deve andar lá muito boa e o resultado é que a fonte foi implodida. Amém!

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