Quem já assistiu ao filme DJANGO,
um western enviesado, produzido por Quentin Tarantino, o mestre dos filmes de
violência? O elenco é dos melhores e, para quem gosta de violência, sem dúvida é um
prato cheio. A ideia de Tarantino em manter a trilha sonora do filme original,
independente dos excepcionais atores escolhidos, sem dúvida foi uma grande
sacada para o sucesso do filme. Destaque também para a inclusão de Franco Nero
fazendo uma ponta na fita.
Entretanto, para gente da minha geração,
o filme original DJANGO, com Franco Nero, dos anos 60, vai continuar
inigualável, insubstituível. Eu tinha 11 anos de idade quando este filme foi
lançado e fez um tremendo sucesso. A diferença é que naquele tempo o juizado de
menores era mais presente e sempre tinha um agente plantado na entrada dos cinemas.
Em função disso, não foi da primeira vez que assisti o DJANGO original. Tive que
me contentar com os relatos feitos por meus irmãos mais velhos de criação que
assistiram ao filme.
Tempo depois, assisti DJANGO no
cine Guarani acompanhado do meu irmão de criação Cláudio. Insisti com ele para
que me levasse, pois sozinho seria mais difícil passar despercebido pela figura
do juizado. Aproveitamos um descuido do agente e entramos sem problemas. Eu
suava frio e só me tranquilizei quando as grandes portas laterais do cinema
começaram a ser fechadas. Lembro que o cinema estava lotado e a maioria das
pessoas em nossa volta comentavam cenas do filme, ou seja, estavam ali para
assistir DJANGO no mínimo pela segunda vez.
Esta é uma passagem simples da
minha vida, da minha adolescência, que eu guardo com muito carinho na lembrança.
Ao relembrar dessa passagem, bate inclusive uma tremenda saudade, pois meu irmão de criação,
Cláudio, com quem assisti DJANGO pela primeira vez, já não está mais entre nós.
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