3 de agosto de 2014

CMM - Por motivo de força maior...

Gente, o comentário a seguir foi escrito em 2014, mas, lamentavelmente, não mudou nada, ou seja, continuamos engolindo a imoral desculpa dos políticos para receber sem comparecer ao trabalho.


O Sr. Jornada, vereador e corregedor da CMM, declarou publicamente que não vai dar falta, tampouco autorizar desconto das faltas dos vereadores. Pasmem! O vereador e corregedor alega que ele e os seus colegas da casa estão protegidos pela justificativa: “motivo de força maior”. Exatamente isso que você está lendo - MOTIVO DE FORÇA MAIOR.
Outra coisa, vereador foi eleito para ser vereador, honrar e cumprir o mandato. Parte dessa turma, nem cumpriu metade do mandato, nem mesmo ainda conseguiu convencer e justificar os votos que recebeu, já se lançam a candidato de outro cargo e ainda se acham no direito de negligenciar com as suas obrigações de vereador, faltar ao trabalho por "motivo de força maior", e sair à caça de votos sem a coragem e sem a altivez de renunciar ao mandato que explicitamente quer deixar para trás. Evidente que nem todos que estão se lançando no atual pleito estão negligenciando as suas obrigações de vereador, mas, lamentavelmente, por ser uma classe desunida, cada dia mais desmoralizada e que pouco tem feito para sair da lama, acabam todos atirados no mesmo balaio.

O que é isso minha gente! Não importa se está no regimento. É legal, sem dúvida, mas é estupidamente imoral. Essa justificativa para não aparecer para trabalhar e não deixar de receber, é a mais imoral, a mais esdrúxula e mais indecente justificativa para falta já criada. É uma desmoralização! Desafiamos os nossos nobres vereadores, perguntarem aos seus eleitores, principalmente dos assalariados, se nas empresas em que trabalham eles podem faltar e não serem descontados dizendo para o chefe que faltaram por motivo de força maior. É óbvio que não! Deu bobeira, estão demitidos no dia seguinte. Se por ventura der a sorte de escapar, não tem a próxima vez. Na CMM, deu bobeira, apela para a  falta por motivo de força maior. E se der bronca, tem o corregedor para bater o sapato na mesa e dizer que vale o que está no regimento. Para os que defendem e usam dessa coisa esdrúxula, não importa se é imoral. Importa é que é legal e serve para resguardar sempre o bolso de quem falta e lasca lá a desculpa “motivo de força maior”.
Ora, se falta por motivo de força maior é algo que entendem justo e digno, porque nenhum deles até hoje se dignou a propor, lutar e aprovar essa mesma justificativa para os trabalhadores, seus eleitores, que são aqueles que, com muito suor, pagam por essas faltas por motivo de força maior que só vale para os parlamentares. Pô, que tentem nos tratar como bobos, ainda vai... Já fazem isso não é de hoje. Agora, tentar nos fazer de idiota, num dá - vai ter que escutar! Não podemos ficar calados e não nos indignar diante dessas mazelas crônicas. Esse, aliás, é o momento para aflorar e esquentar a discussão dessa e de outras mazelas dentro das casas legislativas. Não somos uma democracia? Então que nos deixem exercitar a cidadania.
Na cara de pau alguns vão nos dizer – a lei permite que o vereador no meio do mandato se candidate a outros cargos. Sem dúvida permite, mas devia ser com regras mais dignas, mais decentes, mais duras, mais justas. No caso do vereador, não se trata de uma reeleição. Se quer ser outra coisa no meio do mandato de vereador, ótimo, sem problemas, meta a cara, mas não seja hipócrita, não seja egoísta, largue do galho antes de pular para outro, renuncie ao cargo com dignidade e dê a cadeira para o suplente. Isso deveria valer para todos que estão com mandato em qualquer cargo e querem se lançar a outra coisa. Se querem se lançar a outra coisa, assumam os riscos, não pareçam altivos, sejam altivos.

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