18 de novembro de 2009

Diga não à Reeleição!


Está circulando na Internet um movimento pedindo ao eleitor brasileiro que não reeleja ninguém. Num primeiro momento parece algo absurdo. Mas, com calma, pensando bem, não é bem assim tão absurdo. Na verdade se o eleitor parar alguns minutos para refletir, concluirá que o movimento pela não reeleição faz sentido sim e tem tudo para merecer o engajamento de milhões de brasileiros.

Pense bem! Se de cara já é difícil lembrar até dos nomes daqueles que estão eleitos, como então pensar em quem se vai reeleger. A tarefa fica mais difícil ainda se o eleitor tentar encontrar algo que os candidatos a reeleição tenham realizado de concreto e positivo durante o mandato, além dos requerimentos e discursos tradicionais falando mal dos adversários ou se defendendo dos ataques dos mesmos. Algo realizado de fato relevante, que justifique o voto do eleitor e o dinheiro que ele vai desembolsar como contribuinte, durante mais 4 anos, para mantê-lo no poder, inclusive com a famigerada e imoral ajuda de custo para a compra do kit paletó.

Se o eleitor for avaliar pela assiduidade no posto de trabalho, praticamente estão todos reprovados e não reeleitos. Apesar de só trabalharem a metade da semana e a metade das horas do trabalhador comum, ainda assim faltam que nem aluno malandro. O que é pior! Ainda encontram desculpas para as faltas. Pior ainda! Tem quem abone na cara de pau. Se for pela conduta ética, todos, indistintamente, Brasil afora, estão em dívida com a sociedade brasileira. Se não é por infração é por omissão. Os maus exemplos que passam só aumentam o descrédito e a vergonha do cidadão. O retorno pelo que ganham e pelas mordomias que recebem é pouco, é triste e vergonhoso.

Concluo que o movimento pela não reeleição tem sentido. Cada eleitor deve colocar a mão na consciência e fazer uma avaliação séria dos seus candidatos. Reeleger apenas aquele que merece e não deixar de dar uma chance a uma nova geração de políticos. Eu não sou 100% pela não reeleição, mas confesso que 80% dos votos a que tenho direito, irei investir para ajudar na construção de uma nova geração de políticos. Já é tempo de renovar!

15 de novembro de 2009

Tiros de Baladeira XXXI

JUIZ CARA-DE-PAU
O juiz que apitou o jogo Palmeiras e Sport além de idiota é um tremendo cara-de-pau. Declarou que não viu nada de errado na sua marcação. O idiota apitou interrompendo um lance dentro da área, confundiu os jogadores que estavam na jogada e depois confirmou o gol. Uma cena de circo na verdade. Se o mesmo lance ocorresse na área do Palmeiras e este estivesse ganhando o jogo de 2 x 1, esse mesmo juiz leso teria tido outro comportamento. Depois querem que o torcedor vá o estádio prestigiar os jogos, onde juízes dessa espécie estragam tudo num lance decisivo. As aberrações que estão acontecendo nas arbitragens afastam o torcedor até da televisão, quanto mais dos estádios.

FUTEBOL AMAZONENSE
Quando é que o Nacional e o São Raimundo vão ganhar outra vez o título de campeão amazonense? Exclui o Rio Negro, coitado, pois esse a gente não sabe nem quando é que vai mesmo disputar o campeonato. Neste ano de 2009 deu América, com uma goleada histórica no velho Nacinha. O Leão foi depenado e assado no espeto do diabo diante da própria torcida, para a alegria do eterno Amadeu Teixeira.

GRUPO A em 2014
Alguém prometeu que até 2014 o Amazonas vai estar com um clube no Grupo A do futebol brasileiro. Espero que essa promessa não venha a ser cumprida gastando o nosso dinheiro de contribuinte. Não dá para ficar pagando imposto para manter o Futebol, o Boi Manaus, a Festa de Parintins, Opera, Festival do Cinema, etc.

ATLETAS OLIMPICOS DESAMPARADOS
Enquanto os governantes comemoram as Olimpíadas de 2016 no Brasil, os nossos atletas olímpicos, na sua maioria, estão desamparados, sem emprego e/ou patrocinadores. Considerando o volume de dinheiro publico, inclusive, que será empregado nessa jornada de Copa do Mundo 2014 e Olimpíadas 2016, a sociedade brasileira deve ficar mais atenta e cobrar o destino de cada centavo aplicado, bem como um tratamento mais digno para os nossos atletas. Tem muitos brasileiros que ainda não estão convencidos dos reais resultados que esses eventos podem trazer de fato para o Brasil.

13 de novembro de 2009

DANE-SE!


Agora que a poeira sentou um pouco, resolvi escrever um comentário sobre o assunto que tomou conta da mídia nacional. Falo da universitária que resolveu explorar as suas curvas desfilando na rampa da universidade usando um vestido curto. O que poderia ter sido apenas alguns minutos de flash e fama, na verdade acabou se transformando num caso de polícia e algumas horas de terror. Por pouco a loirinha não foi linchada e, como prêmio por ter sobrevivido, a diretoria da universidade concedeu-lhe a expulsão. Concluíram os dirigentes que vestido curto e desfile na rampa sem pagamento de pedágio – não pode!

Mas, quem assistiu aquelas cenas por centenas de vezes repetidas pela televisão, deve ter observado que em dado momento daquela onda toda, alguém, com voz feminina grita histericamente – DANE-SE!

Pasmem! Numa única palavra alguém disso tudo – DANE-SE! Traduz o que pensa aquela turma que estava ali promovendo toda aquela confusão. Gente que vai para a Universidade supostamente estudar para ser alguém na vida, sem a menor preocupação do quanto isso custa de sacrifício aos próprios pais. Danem-se os pais e os colegas, com certeza maioria, que desaprovam aquelas cenas ridículas e vergonhosas. Esse é o perfil daquela molecada histérica e desocupada que supostamente se revolta com o vestido curto de uma colega e pouco está preocupada com a qualidade do ensino que recebe. O professor faltou – DANE-SE! Não teve aula – DANE-SE! A mensalidade aumentou – DANE-SE! - quem paga não é ele, é o bobão do papai. E se for fundo, investigar, tem até quem está lá participando da baderna com bolsa de estudo paga por nós contribuintes.

O que essa molecada baderneira quer mesmo é motivo - por mais idiota que seja - para promover espetáculos como o da loirinha do mini-vestido e do cerco à aluna que tentou sair com o carro e não só foi espancada como teve o seu bem depredado. Dane-se a loirinha e o seu vestido curto! Dane-se a aluna espancada e o seu carro depredado! Danem-se as autoridades e todos aqueles que reprovaram esses episódios! Impunes, com certeza essa galera já está arquitetando o próximo espetáculo. Agora, para encerrar esse assunto, imaginem o que podemos esperar dessa molecada depois que saírem da universidade portando um canudo que, na verdade, só vai servir para uma coisa. Se forem presos, terão direito a tratamento e cela especial. Isso tudo tem pelo menos uma explicação inequívoca. Isso aqui é Brasil!

4 de novembro de 2009

Desativação dos Terminais


Coitados! Mais porrada! Quando o assunto é transporte urbano, a única coisa que o usuário amazonense tem levado é muita porrada. A notícia ruim da vez é a desativação dos terminais. O mais triste é ver os políticos, ou melhor, os nossos nobres vereadores, que só aparecem depois que a porrada já foi dada. Gritar e reclamar agora que a Prefeitura acabou com os terminais, serve apenas para confirmar o fato de que eles só chegam atrasados nos assuntos de interesse do povo. Porque não se antecipam às decisões nocivas à população? Quando é que isso vai acontecer?

Aproveitando a oportunidade de mais esse golpe rasteiro contra os usuários do sistema de transporte local, alguém sabe dizer quantos ônibus novos chegaram para renovar a frota velha e falida que aí está? Quantas cangalhas foram mandadas para o ferro velho? Não precisa dizer quantos coletivos foram presos nas ruas por circularem em péssimas condições - nós já perdemos a conta! Queremos mesmo é novidade! De preferência boa. Tem?

3 de novembro de 2009

MST - o que esperar?


No início eu até simpatizei com algumas ações adotadas pelo MST. Achei que era um movimento sob a liderança de homens confiáveis. Equivoquei-me! A primeira decepção foi aqui mesmo com as ações locais do movimento, liderado à época por uma figura capaz de enganar até a própria sombra. De tão ruim, esse líder veio a ser expulso pelo próprio movimento.

Quem acompanha esse movimento já deve ter observado que as verdadeiras lideranças (parte dela clandestina) não vivem ou labutam no campo. Na verdade vivem muito bem acomodados no asfalto, nas coberturas e nas grandes cidades, freqüentam gabinetes políticos do mais alto ao mais baixo clero e ditam a ferro e a fogo as regras do uso e aplicação dos recursos que chegam a eles (MST) via ONGs e outras Instituições atreladas a essa processo mergulhado em muita sujeira e corrupção.

Apesar de todas as denúncias já divulgadas e comprovadas por meio de investigações e matérias jornalísticas, é muito triste assistir o próprio Governo fingir que não acontece nada, tapar os olhos, os ouvidos e contemporizar sempre. Ninguém se arrisca a mandar fazer nada para investigar e colocar em pratos limpos para a sociedade os resultados da aplicação dos recursos destinados a esse movimento. Eles são tão ousados e temidos que, mesmo com os crimes bárbaros que praticam contra o patrimônio alheio, nem assim ficam sem receber os repasses de recursos públicos.

É bom não esquecer também que eles já causaram destruição no Congresso, destruíram laboratório de pesquisa e várias áreas produtivas públicas e privadas. Com tanta inércia de parte do Estado, com certeza teremos mais ações de destruições pela frente. A campanha eleitoral que se aproxima, ou melhor, que já começou nos porões, trás junto preocupações e nuvens cinzentas. Pasmem! Dentro do próprio governo existe quem apóie e saia em defesa dessas ações de destruição do movimento. O recado que nos passam é que na luta pela permanência no poder, o voto tem que ser arrastado ou conquistado a qualquer preço.

Uma das lideranças do movimento MST já declarou que o Brasil pode se transformar em uma Colômbia. Alguém acha isso impossível? Ora bolas! Nós já temos o nosso Iraque, representado pelos morros cariocas. A diferença é que no campo o risco será menor dos helicópteros abatidos caírem na cabeça da gente quando não houver um campo de pelada por perto. Imaginem o que pode acontecer com o PT perdendo a presidência e o MST ficar sem os recursos que ao longo desses 8 (oito) anos tem jorrado como se fosse água abundante, livre e sem barreiras. Pense no que será que pode acontecer no campo, antes mesmo da eleição, se de repente a candidatura do PT para presidência não deslanchar? E entre a derrota nas urnas de outubro/2010 e a posse do novo governo em janeiro/2011, o que se pode esperar? Reflita!

Não acho que tenha escrito aqui besteiras. Na verdade, no próprio governo atual e com certeza nas forças armadas, deve existir por lá nesse momento alguém já analisando com preocupação todos esses cenários de riscos reais. Que Deus nos proteja!...

2 de novembro de 2009

Fio de Bigode!


Quando criança, ouvi muitas vezes minha saudosa avó Graziela, meus pais e tios conversarem sobre uma coisa que eles chamavam de “fio de bigode”. Depois de algum tempo é que fui entender direito do que se tratava. Antigamente, quando duas pessoas resolviam fazer um acordo ou um pacto, isso era feito na base do fio de bigode, ou seja, não precisava de documento assinado, presença de testemunhas ou juramento em nome de Deus ou de Nossa Senhora. O fio de bigode bastava. Velhos bons tempos!

Mas, por qual motivo estou eu aqui relembrando do tal fio de bigode? Eu explico!

Há duas semanas passadas eu recebi um telefonema no meu trabalho. Era a minha esposa do outro lado da linha que, com a voz ofegante e preocupada me dava a seguinte notícia:

- Bateram o nosso carro! Pixote veio me avisar e eu estou indo agora ver o que aconteceu.

Bateu muito – perguntei já preocupado.

- Não sei! Segundo o Pixote, bateu muito sim.

Tá bom! – disse a ela - vá com calma e em seguida me dê retorno.

Pixote, um dos atores desse episódio, é o guarda-carro, famoso “flanelinha” que fica na Praça do Congresso e toma conta dos carros das pessoas que trabalham nas proximidades. Minha esposa adquiriu confiança nele e sempre lhe gratifica para limpar e ficar olhando o nosso carro, enquanto ela trabalha.

Passado alguns minutos a minha esposa ligou de volta para dizer que havia amassado a lataria em cima da roda dianteira, mas que a pessoa que bateu o carro tinha ido embora sem esperar que ela chegasse.

Como foi embora! – já perguntei irritado pensando no prejuízo financeiro fora de hora.

Calma! – respondeu a minha esposa. É que ele trabalha externo aqui nos Correios. Eu falei com outra pessoa, que parece ser o chefe dele. Ele me pediu desculpas e disse-me que quem bateu o nosso carro está aprendendo a dirigir. Mandou-me fazer o orçamento, pois a pessoa que bateu vai pagar o prejuízo.

- Você acha que isso vai dar certo? – Já perguntei com a desconfiança de que íamos levar um cano daqueles. O cara bate o nosso carro, desaparece do local e manda outro resolver por ele. Isso não existe! Lembrei de um fato recente. Um amigo meu teve o seu carro batido na hora do rush, o sujeito que bateu não fugiu, assumiu o erro, deixou um cartão com o número do celular e mandou que fosse feito o orçamento. No dia seguinte, quando meu amigo ligou para informar o valor do orçamento, o sujeito simplesmente respondeu que analisou melhor o acidente e concluiu que não tinha tido culpa. Por conta disso, mandou meu amigo assumir o seu prejuízo ou então buscar seus direitos na justiça. Sujeito pacífico, da paz, como dizem, meu amigo absorveu o golpe e não quis levar a confusão adiante.

Para encurtar a minha história, o sujeito que bateu o nosso carro no dia seguinte foi procurar a minha esposa no local do trabalho. Foi lá pedir desculpas pelo problema causado e reafirmar o seu compromisso de pagar o serviço de recuperação da batida. Ufa! Que alívio! Nem sei quem é o sujeito, tampouco sei o seu nome, daí a minha disposição de escrever esse comentário para dizer que queimei a minha língua. Achei que íamos levar um cano e ter que apelar para o seguro. Mas, felizmente ainda existem pessoas que agem como naquele tempo do fio de bigode. Pois é! Nesse mundo cão que estamos vivendo, pelo jeito nem tudo está perdido.