22 de setembro de 2007

Polícia e Justiça - Falta entrosamento?

Há pouco mais de um ano tivemos um primeiro ataque de vândalos destruindo o que encontravam pela frente na madrugada de Manaus. Desse ataque, até a presente data, a única coisa aparentemente certa, é que a polícia conseguiu descobrir quem são os pivetes responsáveis pelos estragos. Além disso, só mesmo o velho discurso do secretario de segurança pública, dizendo que a POLÍCIA já cumpriu a sua parte, passando a BOLA (processo investigatório concluído) para a JUSTIÇA. Por conta dessa conversa toda e a falta de atitudes concretas, já tomamos um segundo ataque, até mais ousado e destruidor do que o primeiro e, agora, só nos resta esperar pelo anúncio do terceiro, quarto e assim por diante. Na falta de iniciativa e punições exemplares, a pivetada da classe média e alta se diverte na madrugada cometendo crimes dos mais diversos.

Pelo que já foi dito e publicado a respeito desse caso, a conclusão que se chega é que essa TROCA de PASSE de BOLA entre a POLÍCIA e a JUSTIÇA, é que é na verdade o grande desafio, querendo ser otimista para não dizer que é um problema crônico de solução imprevisível no tempo e no espaço. Fazendo uma leitura futebolística, eu diria que está faltando estilo e, na falta de estilo, não há precisão. Estou falando de estilo e de precisão de passe, do tipo GERSON ou ADEMIR DA GUIA, onde a enfiada de bola, por exemplo, da polícia (no meio-campo) para a justiça (no ataque), chegue com a medida certa, onde o atacante, no estilo ROMÁRIO, só tenha o trabalho, quando necessário, de pentear a gorduchinha (bola) e aplicar a sentença (GOL).

Porém, como não se fabrica mais por essas bandas gente com estilo e competência para dominar o meio-campo e fazer a diferença no ataque, e julgando pelo que se escuta e se lê todos os dias, conclui-se que o meio-campo (polícia) vai continuar dando uma canseira danada nos atacantes (justiça), com tanto passes errados. A cada passe errado do meio-campo, a justiça tem que correr atrás da BOLA para corrigir o passe e, se sobrar tempo, tentar ainda correr em direção ao GOL, rezando para que não apareça no caminho um adversário do estilo NELINHO, que num só chutão pode definir o jogo mandando a BOLA (processo) para o MATO (arquivo morto).

Isso tudo na verdade só aumenta as nossas suspeitas de que as ESCOLINHAS de forjar meio-campo (delegados) e atacantes (juizes) não estão ensinando DIREITO as técnicas e as malícias que devem reger uma boa TROCA de PASSE entre POLÍCIA e JUSTIÇA. Essa turma não pode deixar a ESCOLINHA sem antes aprenderem que a troca de um bom passe é tudo, e que só assim é possível fazer a BOLA (processo investigatório) morrer no fundo da rede dos ADVERSÁRIOS (bandidos), para a alegria de uma TORCIDA (o povo) desanimada e sem esperanças de que um dia essa dupla, polícia e justiça, acertem a troca de passes, eliminando as chances dos adversários levarem quase sempre vantagens.

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