10 de abril de 2012

Tô pagando! (Parte II)


Analisando a prestação de contas dos nobres deputados, vamos encontrar um item denominado CONSULTORIA SÓCIOECONÔMICA, entre outras.
Uma consultoria contratada por um deputado entende-se que seja para estudar e/ou pesquisar algo do interesse do povo e em benefício do povo. Nesse caso, consultoria é coisa séria e não custa barato. Numa prestação de contas dessa natureza, justifica-se a necessidade do político informar o tema contratado, o profissional e/ou escritório contratado e o valor pago. É o mínimo que eles (deputados) exigem quando estão analisando as contas de um gestor público do poder executivo.  Trata-se de um serviço contratado e pago com dinheiro público, e nada mais justo que a sociedade saiba que esse dinheiro foi investido num serviço de interesse da sociedade, executado por um profissional ou por um escritório especializado, e não por um parente, por um amigo, por um vizinho, por um conhecido ou por um boteco qualquer com a placa luminosa de consultoria na porta.     
Sob a égide de consultoria socioeconômica ou qualquer outro tipo de consultoria, muitas coisas podem ser feitas a revelia do interesse da sociedade, pois na hora da prestação de contas não são cobradas as informações de fato mais relevantes. Aperfeiçoando essa prática de prestação de contas, os deputados passam a dar o bom exemplo para a sociedade e aí ganham credibilidade como fiscais do povo, podendo cobrar com rigor dos gestores públicos do poder executivo, sem serem colocados em xeque-mate e sem ficarem na situação incomoda do sujo falando do mal lavado.  Este final de semana o Fantástico mostrou a situação de deputados que recebem 100 mil reais para gastar por mês sem ter que prestar contas no que gastaram essa verba toda. Maravilha não! Qual a moral desse deputado para cobrar transparência dos gestores públicos do seu estado?
Fique claro que não estamos aqui fazendo critica a nenhum deputado, apenas criticando os processos e critérios de prestação de contas que não são suficientemente transparentes. Se a sociedade está pagando a conta, nada mais justo que o cidadão faça as suas criticas e diga como ele quer ver discriminadas as despesas que são pagas com o suor do seu trabalho. Será que é pedir muito? a

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