Analisando a prestação de contas dos nobres deputados, vamos encontrar
um item denominado CONSULTORIA SÓCIOECONÔMICA, entre outras.
Uma consultoria contratada por um deputado entende-se que seja para
estudar e/ou pesquisar algo do interesse do povo e em benefício do povo. Nesse
caso, consultoria é coisa séria e não custa barato. Numa prestação de contas
dessa natureza, justifica-se a necessidade do político informar o tema
contratado, o profissional e/ou escritório contratado e o valor pago. É o
mínimo que eles (deputados) exigem quando estão analisando as contas de um
gestor público do poder executivo. Trata-se de um serviço contratado e pago com
dinheiro público, e nada mais justo que a sociedade saiba que esse dinheiro foi
investido num serviço de interesse da sociedade, executado por um profissional ou
por um escritório especializado, e não por um parente, por um amigo, por um
vizinho, por um conhecido ou por um boteco qualquer com a placa luminosa de
consultoria na porta.
Sob a égide de consultoria socioeconômica ou qualquer outro tipo de
consultoria, muitas coisas podem ser feitas a revelia do interesse da
sociedade, pois na hora da prestação de contas não são cobradas as informações de
fato mais relevantes. Aperfeiçoando essa prática de prestação de contas, os
deputados passam a dar o bom exemplo para a sociedade e aí ganham credibilidade
como fiscais do povo, podendo cobrar com rigor dos gestores públicos do poder
executivo, sem serem colocados em xeque-mate e sem ficarem na situação incomoda
do sujo falando do mal lavado. Este
final de semana o Fantástico mostrou a situação de deputados que recebem 100
mil reais para gastar por mês sem ter que prestar contas no que gastaram essa verba toda.
Maravilha não! Qual a moral desse deputado para cobrar transparência dos
gestores públicos do seu estado?
Fique claro que não estamos aqui fazendo critica a nenhum deputado,
apenas criticando os processos e critérios de prestação de contas que não são
suficientemente transparentes. Se a sociedade está pagando a conta, nada mais
justo que o cidadão faça as suas criticas e diga como ele quer ver discriminadas
as despesas que são pagas com o suor do seu trabalho. Será que é pedir muito?
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