Para quem gosta de observar o
comportamento humano, é interessante acompanhar alguns políticos quando estes
estão em época de campanha. Para conquistar o seu voto, ganhar ou renovar um
mandato, o político enfrenta uma dura maratona. Como não dá para vender a sua
imagem em ¼ de segundo do horário político gratuito de TV, eles buscam
alternativas diversas: ocupam as esquinas e/ou espaços públicos com palanques
improvisados para vender as suas ideias; vão de bairro em bairro, de casa em
casa, distribuindo santinhos e gastando saliva para convencer os eleitores de que
é a melhor das opções de voto.
Vem o dia da eleição, a sorte
sorria e o candidato é eleito. Começa tudo de novo, só que daí para frente o
eleitor, aquele que foi às urnas e deu ao candidato a oportunidade de um mandato, é
colocado para escanteio e passa a ser apenas um mero espectador. Depois de
eleito, com o mandato já assegurado, esse mesmo político, sem consultar àqueles
que lhe confiaram o voto, abandona o mandato conquistado e vai ser qualquer
coisa na equipe de governo, abrindo espaço para outros candidatos que ficaram
de fora por não obterem os votos necessários, ou seja, por não corresponderem à confiança dos eleitores e alcançarem o direito a um mandado. Começa então o troca-troca. É a hora do
leilão de mandatos, que sempre acontece com o objetivo de acomodar interesses,
arrumar o que fazer para quem tem cacife, porém ficou de fora politicamente
desempregado. É também o momento de acerto e pagamento de compromissos de
campanha assumidos com aliados, apaniguados e outros. A isso tudo eles chama de - dinâmica da política.
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