3 de abril de 2014

TROCA-TROCA & LEILÃO



Para quem gosta de observar o comportamento humano, é interessante acompanhar alguns políticos quando estes estão em época de campanha. Para conquistar o seu voto, ganhar ou renovar um mandato, o político enfrenta uma dura maratona. Como não dá para vender a sua imagem em ¼ de segundo do horário político gratuito de TV, eles buscam alternativas diversas: ocupam as esquinas e/ou espaços públicos com palanques improvisados para vender as suas ideias; vão de bairro em bairro, de casa em casa, distribuindo santinhos e gastando saliva para convencer os eleitores de que  é a melhor das opções de voto.

Vem o dia da eleição, a sorte sorria e o candidato é eleito. Começa tudo de novo, só que daí para frente o eleitor, aquele que foi às urnas e deu ao candidato a oportunidade de um mandato, é colocado para escanteio e passa a ser apenas um mero espectador. Depois de eleito, com o mandato já assegurado, esse mesmo político, sem consultar àqueles que lhe confiaram o voto, abandona o mandato conquistado e vai ser qualquer coisa na equipe de governo, abrindo espaço para outros candidatos que ficaram de fora por não obterem os votos necessários, ou seja, por não corresponderem à confiança dos eleitores e alcançarem o direito a um mandado. Começa então o troca-troca. É a hora do leilão de mandatos, que sempre acontece com o objetivo de acomodar interesses, arrumar o que fazer para quem tem cacife, porém ficou de fora politicamente desempregado. É também o momento de acerto e pagamento de compromissos de campanha assumidos com aliados, apaniguados e outros.  A isso tudo eles chama de - dinâmica da política.

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