16 de janeiro de 2009

Projeto Prosamim


As imagens de destruição e depredação que estão acontecendo no ambiente de lazer das áreas do Projeto Prosamin e que foram mostradas na imprensa, devem merecer o repúdio de toda a sociedade amazonense. Há muito tempo as ações de vândalos e pichadores em Manaus precisa merecer uma operação de guerra, envolvendo as autoridades, as comunidades em geral, pais de família, etc. É inadmissível que essas coisas aconteçam e fiquem impunes. O vândalo tem que merecer tratamento rigoroso. Tem que ir não só para a cadeia, como pagar por tudo aquilo que destrói. Caso sejam menores de idade, então que os pais sejam responsabilizados e paguem pelos atos e pelas babaquices cometidas pelos filhos. Esses elementos (vândalos e pichadores) são figuras que vivem da diversão idiota de destruir e pichar o patrimônio alheio e/ou público pelo simples prazer de destruir ou pichar. Agem confiantes de que a omissão da sociedade e a ineficácia das autoridades e dos órgãos públicos, lhes garantem a impunidade e a continuidade de suas insanidades. Duvido que um desses vândalos ou pichadores, deprede ou piche alguma coisa de suas próprias casas, o que deixa claro que sabem sim perfeitamente o que fazem. Sabem que se fizerem isso em casa, ou até na própria vizinhança, apanham dos pais ou dos próprios vizinhos.


As autoridades precisam reagir, mas a sociedade tem que contribuir. O povo tem que deixar de ser leso. Nesse caso, a nossa omissão, como cidadão, é uma tremenda leseira baré. Eles destroem, picham, e nós, contribuintes, é quem paga a conta dos prejuízos e da recuperação do patrimônio público. Ao perceber a ação de um vândalo ou de um pichador, o cidadão tem que buscar uma maneira de comunicar e/ou denunciar as autoridades competentes. Se você tem conhecimento de alguém que tem essa prática, não pense duas vezes – denuncie! São duas as nossas únicas alternativas: denunciar ou deixar que o poder público continue usando o nosso dinheiro para recuperar obras e espaços públicos destruídos por vândalos e pichadores. Dinheiro esse que poderia ser aplicado melhor em outras necessidades das camadas mais carentes da população. O certo é que as autoridades têm o dever de publicar quanto se gasta com a recuperação daquilo que é destruído e pichado todos os anos por vândalos e pichadores, para que o cidadão/contribuinte sinta o tamanho da mordida e da quantidade de dinheiro que sai do seu bolso e vai para o ralo.


É preciso dar um basta! Está aí um desafio para os novos parlamentares do município, no sentido de ajudarem a encontrar uma solução para combater essa situação. E não venham com a conversa de que é uma questão de educação. Tudo bem! Então que façam essa questão tornar-se uma discussão séria nas salas de aula entre professores, pais e alunos, mas não deixem de pensar, cobrar, criar e aplicar medidas sérias e coercitivas para combater os vândalos e pichadores de plantão que estão aí nas ruas agindo impunemente e rindo da cara de todos nós.

10 de janeiro de 2009

Descaso!...

O exemplo que vou relatar é uma gota no rio de problemas e desmandos com a coisa pública, notadamente no que diz respeito às condições das vias públicas de nossa cidade. Não faz muito tempo, na chamada estrada do V8, em frente ao campo society construído ao lado do posto de gasolina onde funciona uma Casa de Picanha, fizeram um rasgo no asfalto que ia da calçada até a passarela no meio da pista. Salvo engano o rasgo foi feito para puxar água da tubulação no meio da pista. Depois de feito o rasgo e atendido interesses particulares, esqueceram o interesse coletivo, o interesse público. Deixaram o rasgo aberto no asfalto sem um reparo imediato por muitos dias e, com o tráfego intenso naquele local, começou a ficar cada dia pior.

Como usuário daquela via todos os dias, comecei a ficar incomodado com o problema, pois cada buraco que nasce nessa cidade, e já são milhares e milhares, quem paga pelo prejuízo e depreciação dos carros somos nós mesmos. Consciente dos meus direitos de cidadania, tomei então a iniciativa de cobrar providências enviando mensagens para a Prefeitura, tendo esta informado que ia verificar a minha queixa e providenciar a recuperação.

A solução dada ao problema é de causar extrema indignação e mostra o descaso com a coisa pública. O rasgo que ficou na pista, depois de atendido um interesse privado, foi transformado numa mini-lombada. Pergunto: qual a diferença do rasgo que fizeram, para a mini-lombada que lá deixaram, em termos de prejuízos para quem passa com o seu carro ali todos os dias. Nenhum! Antes eu estava passando em cima de um buraco, agora estou passando em cima de uma mini-lombada. Ambos são nocivos aos nossos carros e aos nossos bolsos. Uma pista que era perfeita naquele ponto, construída com o dinheiro do contribuinte, foi rasgada para atender um interesse privado e depois recuperada e devolvida de qualquer jeito aos seus usuários.

Está lá a imundice para quem quiser ver, ajudando a depreciar os veículos que por ali passam todos os dias. Sem falar que o pagamento desse serviço porco já deve ter sido pago e com o dinheiro do contribuinte. Quem fez a imundice? Quem autorizou pagar? Quanto custou? São perguntas que ninguém parece estar preocupado em saber, muito menos em responder. O exemplo oferecido pode até parecer um exemplo idiota, diante tantos outros problemas mais graves. Mas é um exemplo do que acontece e se repete todos os dias em nossa cidade. É o descaso com a coisa pública, alimentada pela omissão de todos nós, autoridades, políticos e cidadãos. A expectativa é que a nova administração pública e o novo parlamento municipal olhem com mais carinho e responsabilidade para a coisa pública e nós, o povo, deixemos a leseira de lado e passemos a cobrar com mais intensidade os nossos direitos. Não custa acreditar que ainda tem jeito!

9 de janeiro de 2009

Tapa-buraco!


Se o contribuinte tivesse consciência de quanto sai do seu bolso para o ralo chamado tapa-buraco, certamente teria uma atitude mais digna e mais responsável como cidadão. Podem existir outras, mas com certeza “tapar buracos” é sem dúvida uma das atividades mais interessantes (para alguns privilegiados) de ganhar dinheiro fácil nesta cidade e em todo o Brasil. É só olhar nas ruas e constatar que o serviço é mal feito, é porco, é mal acompanhado, é mal fiscalizado, ninguém mede nada e não duram 30 dias. De nada adianta várias equipes espalhadas pela cidade fazendo tapa-buracos, se cada uma dessas equipes tapa do jeito que bem quer e entende.

Pasmem! É comum você assistir uma operação onde eles chegam, passam a vassoura para tirar o lixo ou a água do buraco, jogam o piche, arremessam a massa em cima do buraco, espalham, vão embora e deixam para que os nossos carros venham atrás e façam o resto, ou seja, espalhar a massa para começar um novo buraco. Quem ainda não viu isso? Pois é! Isso tudo é simplesmente deplorável, imoral! É dinheiro público atirado no lixo. É mais que um ralo. É a garganta profunda dos cofres públicos.

O mais triste a constatar é que essa mazela já atingiu também as obras de recuperação e recapeamento das ruas espalhadas pela cidade. Veja a situação em que estão as ruas recém recuperadas e/ou recapeadas e que dão acesso à Cidade Nova indo pelo Parque do Mindu. É de fazer chorar de raiva e indignação. Foram feitas e entregues há bem pouco tempo. Alguns meses de muita aporrinhação, com os usuários dessas vias tendo que enfrentar lama e muita poeira, porém confiantes na entrega de uma obra digna de aplausos e reconhecimento. Pergunto: quem aplaude a qualidade da pavimentação que foi feita? Qual nota você daria para a qualidade do serviço de acabamento geral (pista e meio-fio) que foi deixado? De 0 a 10, será que uma nota 3 de reprovação seria uma nota injusta? E uma última pergunta: por acaso alguém sabe dizer qual foi a empresa responsável e quanto custou?

A única coisa certa é que os serviços foram executados sem o cuidado e sem o carinho que as obras de interesse público devem merecer. Como é público – então que seja de qualquer jeito. E daí! Ninguém reclama mesmo! Porque esquentar a cabeça? Depois a Prefeitura se encarrega de contratar a mesma empresa que fez a porcaria na obra de recapeamento e coloca para ganhar dinheiro fazendo o tapa-buraco. Também ninguém vai reclamar! E se reclamarem, é simples – basta colocar a culpa na chuva ou em São Pedro. O povo acaba acreditando que é apenas a vontade de Deus e não vai se importar de pagar mais impostos para fazerem tudo de novo e do mesmo jeito.

A expectativa é que a atual administração da Prefeitura monte uma estrutura séria de acompanhamento dessas operações tapa-buracos e crie mecanismos facilitadores para que as pessoas possam participar dessa fiscalização. Em cada local em que estiver ocorrendo uma operação tapa-buraco ou de recapeamento, os trabalhadores devem estar identificados com o nome da empresa responsável. Nos cavaletes de proteção tem que estar lá disponível, em letras garrafais, legíveis, um número de telefone ou e-mail, para onde o cidadão possa enviar suas sugestões, criticas, denúncias, etc. Nos outdoors, em lugar de fazerem apenas propaganda do governo - “aqui tem obra desse ou daquele governo” - incluam também informações que possibilitem as pessoas participarem e contribuírem com a fiscalização das obras públicas. É apenas uma questão de vontade política. É hora de tomar vergonha!...

3 de janeiro de 2009

Será ótimo - quando for verdade...

Os noticiários sobre a posse de prefeitos e vereadores em Manaus e em todo Brasil, nos levam a imaginar por alguns instantes que fomos transportados para um outro país ou para um outro mundo, bem diferente daquele em que acabamos de comemorar o encerramento de mais um ano.

Os discursos acalorados de disposição, amor à causa pública e promessas de honestidade e transparência, arrepiaram principalmente os mais emotivos ou menos avisados. Se depender do que foi dito e prometido neste dia primeiro de janeiro de 2009, é como começarmos um novo capítulo da história política da nossa cidade. Para que não percam o pique, tampouco não nos decepcionem já no primeiro mês, particularmente os estreantes, é bom lembrar e comentar algumas coisas elementares.

Comecem pensando no bolso do contribuinte, acabando definitivamente com o tal auxílio paletó. Os salários foram reajustados e nenhum vereador deve continuar metendo a mão no bolso do contribuinte para arrumar uma ponta por fora (auxílio) para comprar paletó para trabalhar. Tanta gente pobre e desempregada precisando de auxílio para comer e sobreviver e os nossos vereadores, a maioria com formação e profissão estável por fora, recebem auxílio para comprar paletó. E não venham com a conversa de que isso é de praxe em todas as casas legislativas. Considerando que nenhum vereador é um macaco ou papagaio para ficar por aí imitando os outros, eis então uma boa oportunidade para começar fazendo a diferença. Vamos lá! Mostrem que os discursos de primeiro de janeiro vale para qualquer coisa, inclusive para acabar com coisas esdrúxulas como a verba extra para compra de paletó.

É bom lembrar também que a eleição da mesa da CMM ficou bem distante daquilo que podemos chamar de disputa democrática. Não houve disputa alguma! O que assistimos foi o resultado de acordos e conchavos políticos sem transparência alguma, onde até um opositor ganhou espaço, mas já saiu atirando para tudo quanto é lado, dizendo que vai fazer oposição ferrenha à administração da prefeitura. É bom até guardarmos com carinho o que foi dito pelo citado estreante vereador opositor, para nos certificarmos se no decorrer do seu mandato vai mesmo fazer aquilo que declarou à imprensa no primeiro dia do seu mandato. Estamos de olho!

Não dá para colocar muitas esperanças nos atuais mandatos, seja do executivo ou do legislativo municipal. O passado recente não nos anima, levando-nos a desconfiar e colocar o pé atrás em todos os sentidos. O que não significa que não podemos mudar de idéia com o passar do tempo. Só vai depender do prefeito e vereadores cumprirem o que prometeram nos palanques e nos discursos de posse em primeiro de janeiro. Vamos acompanhar atentamente, aplaudindo as coisas boas e repudiando tudo o que for contrário e prejudicial à sociedade como um todo.

18 de dezembro de 2008

Não foi só vandalismo?

A nota emitida pela Associação dos Magistrados Brasileiros, em solidariedade ao juiz Jorsenildo Dourado Nascimento, deixa claro de que a notícia do saque praticado à sua residência e as ameaças deixadas registradas nas paredes, está muito longe ser o que foi publicado, ou seja, que teria sido um suposto vandalismo praticado por adolescentes desocupados da sede do município de Autazes, que depois de tomarem emprestadas algumas motocicletas abandonadas nas ruas, resolveram brincar com a polícia local de esconde-esconde. Para colocar mais adrenalina nas coisas e mostrar que a brincadeira era para valer, os pivetinhos decidiram então escolher a casa do juiz Jorsenildo para se esconderem, sem obviamente perder a oportunidade de saqueá-la e, antes de ir embora, deixar uma mensagem boba de ameaça na parede ao dono da casa. Em resumo foi isso que eu entendi, depois que eu li o que foi publicado na imprensa a respeito desse episódio. Salvo engano, informações resultantes de investigações policiais.

Ora bolas! Se a coisa toda foi só uma brincadeira de vandalismo, porque então o juiz vai ter que voltar à cidade protegido pela polícia e envolto num colete a prova de bala? É o que se ouve falar que vai acontecer. É uma inversão total de valores! Aqueles que não se intimidam em defesa da lei e da sociedade, agora vivem sob ameaças de todas as naturezas. Enquanto isso, nada acontece com quem devia estar recolhido atrás das grades para pagar pelo que fazem de ruim para a sociedade.

A minha opinião, independente se existe uma conotação política ou não nessa história, é que esses moleques, pivetes, vândalos, ou qualquer outra coisa ruim que queiram chamar, cometeram crimes graves numa única noitada. Não é porque são adolescentes que não devem pagar pelo que fizeram. Como normalmente são covardes quando pegos, vai ver estão todos debaixo da saia da mamãe ou da asa de alguém, chorando e pedindo proteção. No mínimo mereciam uma boa surra de galho de goiabeira ou de um bom cinto de couro molhado. Se é que em casa existe alguém para cobrar alguma coisa desses malandros. Aliás, esse episódio nos faz lembrar também o caso dos filhinhos de papai que saíram quebrando tudo aqui na cidade de Manaus, e que até hoje não se sabe no que terminou, depois que o assunto passou para a competência da polícia e da justiça. A coisa ficou tão esquisita que nem mesmo as vítimas dos filhinhos de papai ousaram levar o assunto até as últimas consequências, com os malandros punidos exemplarmente e os papais obrigados a pagar pelos prejuízos até o último centavo. Será que em Autazes vai ser assim também?

Encerro me solidarizando com o juiz Jorsenildo Dourado Nascimento, na certeza de que não lhe faltará coragem, determinação e proteção de Deus para continuar honrando o compromisso assumido perante a sociedade e dignificando a sua classe que, desculpem a sinceridade, anda tão desacreditada pelos episódios desagradáveis que estão espocando Brasil a fora envolvendo autoridades do judiciário nacional em todos os níveis. Com exemplos como do juiz Dourado, eu mantenho a fé de que um dia a coisa muda.

Território Sem Lei!...

Se levarmos em conta o que presenciamos diariamente nas ruas da nossa cidade de Manaus, não é exagero dizer que ainda existem sim os chamados territórios sem lei. Vejamos, por exemplo, o caso dos lanches do Bairro do Parque 10, que ficam localizados na pracinha e em torno dela. Salvo engano, tudo ali é comércio de lanches e comidas diversas, com a exceção de uma loja de locação de vídeos. É como se fosse uma mini-pracinha de alimentação mal arrumada, o que não significa dizer também que a comida e o lanche são ruins.

Quem conhece o território do qual estou falando, sabe que quem passa de carro por ali depois das 7 horas da noite, só passa se tiver muita paciência e se for bom de malabarismo para desviar do que encontra pela frente. O local se transforma exatamente naquilo que podemos chamar de território sem lei. Ninguém parece estar ali depois das 7 da noite preocupado em observar onde termina os seus direitos e começa o do vizinho. Para quem está só de passagem e de carro, é um saco. Um verdadeiro teste para a paciência de qualquer cristão.

Antes, o problema maior naquele local dos lanches se resumia às filas de carros que se formavam no meio da rua, depois que as laterais da pista ficavam congestionadas. Daí, com certeza, alguém deve ter reclamado e as autoridades competentes mandaram alguém até o local para analisar e decidir o que fazer. Pois bem! Resolveram então colocar aquilo que ouço chamarem de “tijolo baiano”, dividindo ao meio a via em frente à praça e os lanches. Creio que a “idéia baré”, para não chamar de “leseira baré”, tinha por objetivo impedir e/ou acabar com a fila de carros que se formava no meio da rua, o que já seria uma grande vitória.

A impressão que eu tenho, passando todos os dias nesse local, pois moro no bairro, é que as autoridades ou técnicos que tiveram a “idéia baré” de colocar os tijolos baianos, nunca mais voltaram para saber no que deu. Até hoje, pelo jeito, eles não sabem ou ninguém os avisou de que a idéia dos tijolos transformou o que era ruim em algo bem pior.

Agora, pasmem, aproveitando a idéia da colocação dos tijolos baianos, os freqüentadores motorizados do local, quando não encontram mais lugar onde estacionar, simplesmente aproveitam os tijolos baianos que lá estão para formar fila dupla de carros no meio da rua, uma de cada lado dos tijolos. O que parecia simples de resolver, virou um inferno em dose dupla! O território sem lei está instalado.

Considerando que não dá para esperar que os autores da “idéia baré” voltem para conferir no que deu a colocação dos tijolos baianos; considerando que a mini-pracinha de alimentação do Parque 10 provavelmente não seja caminho, nem faça parte das opções de lazer das autoridades de trânsito da cidade e seus subalternos; e considerando por último que os vários políticos do bairro não podem alegar desconhecimento dos fatos, preferindo optar pela omissão ou pela velha mania do deixa como está, para ver como é que fica - resolvi então pelo menos publicar esse desabafo, enquanto posso. Quem sabe alguém lê e algo acontece.