Esses últimos dias nós temos vivido e comentado só tragédias. Entretanto, eu alertaria
para um acidente grave em Manaus e que chamou a atenção de muita gente. Só não foi
considerado uma tragédia pelo fato de que não houve perdas humanas no acidente. Houve só prejuízos materiais. Eu estou falando do
AEROCLUBE de Manaus.
Novamente uma aeronave caiu nas proximidades. Felizmente não houve
vítimas. Uns dizem que foi sorte, outros dizem que foi perícia do piloto. A
única coisa certa, exata, é que o AEROCLUBE continua operando numa área
que tornou-se perigosa e os acidentes continuam acontecendo. Fico imaginando quanta
intranquilidade essa situação tem gerado para a população que vive nas
proximidades. São tantos que aparecem
para defender a permanência do AEROCLUBE e poucos que se juntam às famílias que
vivem intranquilas ao seu redor, sem que haja uma solução para essa questão.
As autoridades competentes estão devendo mais transparência no trato
dessa questão junto à sociedade local. Os acidentes estão se sucedendo e, até
prova em contrário, pouco ou nada acontece de concreto para resolver essa
questão. Se existe alguma preocupação das autoridades, que nos desculpem, só
ela não basta. A operação do AEROCLUBE naquele local está a exigir uma ação
imediata, a não ser que estejamos aguardando uma grande tragédia para
finalmente parar e mudar o AEROCLUBE de lugar.
Não temos nada contra o AEROCLUBE. A nossa preocupação é única e
exclusivamente com os riscos que ele representa para vidas humanas que habitam
ao redor, sem esquecer aquelas que passam diariamente naquele local enquanto as
aeronaves pousam e decolam da pista. O teto do seu carro pode virar pista de
pouso ou o ponto de colisão/impacto mais próximo. Um dos operadores do
AEROCLUBE, que teve uma de suas aeronaves envolvida com acidente, deu uma
declaração que custa muito caro operar a partir do aeroporto Eduardo Gomes. Daí
eu pergunto: e quanto custa a vida das famílias que vivem intranquilas em volta
do AEROCLUBE de Manaus?
O mais grave, no meu entendimento, é a exploração política dos
acidentes que estão se acumulando. Cheira oportunismo! É oportunismo! É gente tirando proveito
da desgraça alheia. Acontece o acidente e todo mundo corre para a mídia para prestar
solidariedade e para pedir providências enérgicas das autoridades competentes. Tudo
dura uma semana ou enquanto rende manchete nos jornais. Dependendo da gravidade
do acidente, se houve mortes, o discurso e a indignação dura um pouco mais. Até
que chega o momento que ninguém fala mais nada. É hora de esperar pela próxima
tragédia. Até quando será assim?
Uma luta dessa natureza, que envolve a segurança de vidas humanas, a cobrança
não devia arrefecer nem parar nunca. Eu não moro nos arredores do aeroclube,
mas imagino a intranquilidade e me solidarizo com as famílias que passam por
esse problema de serem vizinhos do aeroclube. E como não sou daqueles que
acreditam que desgraça só acontece com os outros, não quero também ver meu
carro servir de pista de pouso ou ponto de impacto para aeronaves desgovernadas
por falhas técnicas ou humanas, saindo ou chegando ao aeroclube de Manaus. Sugiro
aos nossos políticos locais, como legítimos representantes do povo, que façam um
revezamento na tribuna e todos os dias cobrem explicações e soluções para essa
questão. O povo vai ficar agradecido!
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