30 de abril de 2009

Descaso com os CONSELHOS TUTELARES...


Se os Conselhos Tutelares que existem espalhados por Manaus dependessem do empenho do poder público para funcionar e cumprir com dignidade a sua missão, certamente todos estariam abandonados e fechados. Não há respeito com aqueles que se dedicam a tocar as atividades desses Conselhos, tampouco compromisso com as famílias que são atendidas.

A sociedade tem que ser solidária com essas pessoas que ajudam a manter vivo esses Conselhos e que agora são surpreendidas com seus salários reduzidos a valores abaixo até mesmo do salário mínimo. Isso é imoral! É o descaso explícito do poder público com as coisas que deveriam receber tratamento prioritário. Lamentavelmente esse tipo de situação só acontece com o salário daqueles que se dedicam às atividades que não são olhadas como relevantes e/ou prioritárias pelos governantes.

Este é o momento de cobrarmos dos nossos ilustres vereadores uma posição firme e uma resposta imediata para essa situação. Os Conselhos Tutelares e seus gestores devem ter tratamento compatível com a importância que eles representam para a sociedade e para as famílias da nossa comunidade. Reajam senhores vereadores! Façam de conta de que também são usuários e/ou beneficiários do atendimento desses Conselhos. Pedimos que a disposição que existe para assegurar no orçamento público recursos para promover o boi, as escola de samba, pagar verba de auxílio para compra de paletó, gasolina e outras coisas mais, deva ser a mesma para garantir um salário justo e decente aos Conselheiros Tutelares. Façam isso senhores vereadores e as famílias que recebem o amparo e apoio desses Conselhos vão lhes agradecer muito. Não será nenhum favor. É dever de todos, ou pelo menos daqueles que de fato assumiram um compromisso com a sociedade e com o povo de Manaus depois de garantido o mandato.

Sugiro que se empenhem até um pouco mais. Tragam para o conhecimento da sociedade e para a discussão no plenário da Câmara Municipal, a situação real e transparente dos Conselhos Tutelares de Manaus, mostrando sem firulas e sem mentiras, como estão funcionando, quais as condições de infra-estrutura e de apoio material e de recursos humanos de cada um. Não amordacem os conselheiros. Ofereçam a tribuna e abram os microfones para que eles (conselheiros) e as famílias apresentem suas queixas, façam seus elogios, criticas e reivindicações. Em seguida, cobrem das autoridades competentes, mas cobrem mesmo, as ações necessárias para que esses Conselhos funcionem como devem funcionar e como manda a legislação pertinente. Será que é pedir muito?

26 de abril de 2009

País dos golpistas e caloteiros


Não bastassem os políticos, lobistas e empreiteiros aplicando golpes nos cofres públicos, agora surge mais uma classe denunciada por aplicar calote no erário público, o que não deixa de ser também um duro golpe no bolso do contribuinte, que é quem paga a conta no final de tudo. Estamos falando dos ex-bolsistas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico, que pegaram a grana do contribuinte para fazer cursos no exterior e simplesmente deram cano. Sumiram, não devolveram um único centavo e não deram a menor satisfação. É calote sim! É golpe também! Eles (bolsistas) quando recebem a bolsa para estudar estão conscientes do compromisso assumido. Na verdade deixam de cumprir porque acreditam, a exemplo dos políticos e de todos aqueles acostumados a usar e se lambuzar com o dinheiro público, que a chance da impunidade é quase certa. Muitos deles (bolsistas) se escafederam, ou seja, foram fazer seus cursos fora do país e não voltaram mais. Em se tratando de Brasil, obviamente, não há motivos para muito espanto. Faz parte!

De acordo com as matérias publicadas sobre esse assunto, a partir de informações do TCU, AGU e CGU, de 2002 a 2008 a dívida dos bolsistas caloteiros já supera a 97 milhões de reais. O mais triste nessa história é que uma parte dessa dívida é de bolsistas que não concluíram os cursos ou não defenderam suas teses. É dinheiro público sacado do bolso do contribuinte e atirado no ralo sem o menor constrangimento. Estamos falando de pessoas que recebem bolsas para ir lá fora absorver conhecimentos e voltar para disseminarem esses conhecimentos nas respectivas organizações, universidades e em prol da sociedade brasileira. A conclusão é que estamos ruins não só na hora de escolher nossos políticos. Nas urnas é fácil colocar a culpa no povo pela más escolhas e dizer depois que cada povo tem o político e governante que merece. E na seleção dos bolsistas? Quem nos explica as más escolhas?

24 de abril de 2009

Tiros de Baladeira XXIX



SUPREMO - TÁ TUDO BEM!
Como tá tudo bem? O presidente do Supremo disse que não existe crise nenhuma na corte. Ainda nem nos respondeu se tem ou não tem capangas e/ou jagunços a seu serviço, como acusa o seu colega, como então eu vou acreditar que está tudo bem. Se fosse eu que tivesse acusado o presidente do Supremo de que ele tem jagunços a seu serviço, teria sido preso na hora por desacato a uma autoridade do Supremo, responderia processo e quase certeza pagaria muito caro por isso. No meu entendimento tá tudo é muito mal. Os ministros deveriam não só pedir desculpas do povo brasileiro, como prestar esclarecimentos das acusações e/ou insinuações feitas um contra o outro. Não dá é para acreditar que foi apenas um leve arranca rabo entre dois ministros brincalhões, onde um resolveu brincar com o outro fazendo acusações e insinuações graves diante de milhões de brasileiros envergonhados diante da televisão. É dose!

Mandado de Prisão
Gente! Falando sério! Quem foi que acreditou na manchete de que o MPE expediu um mandado de prisão contra o presidente da ALE por se recusar a prestar informações? Se já é difícil acreditar que o MPE tenha expedido um mandado de prisão contra o presidente da ALE, imagine acreditarmos na imagem do presidente da ALE preso por sonegar informações ao MPE. Ora bolas! Ele nunca foi detido por outras coisas bem mais graves, como acreditar que ele agora vai ser detido por se negar a prestar informações. O vexame maior ficou para o jornal, pois se a manchete é falsa, como estão afirmando, como é que o leitor vai poder acreditar na manchete de amanhã? Será falsa ou verdadeira?

MARTINI MARTINIANO
Lembram dele? Pois é! Muita gente não lembra mais. Até bem pouco tempo atrás esse sujeito tinha espaço garantido na mídia local, com direito a foto, e com denúncias gravíssimas contra autoridades locais. O sujeito apareceu duro/morto na cadeia lá no Acre e da lá para cá nunca mais falaram ou publicaram nada sobre as denúncias feitas pelo suposto suicida ou sobre as investigações a respeito da morte misteriosa do mesmo. O azar foi só dele, Martiniano, coitado. Escafedeu-se! Exploraram o bandido enquanto ele ainda estava vivo e tinha informações cabeludas que viravam manchete e vendia muito jornal. Foi útil apenas para aumentar a tiragem dos matutinos e deixar algumas autoridades sem dormir por algum tempo.

MOA
No atual contexto, imaginar que os depoimentos de MOA vão provocar uma reação política na ALE ou na classe política local, é uma tremenda ingenuidade. Não existe espaço nem clima para isso acontecer. O limite é o discurso e ponto final. Tem muita gente acuada e na verdade rezando para que MOA, quem sabe, siga o exemplo de MARTINI, ou seja, arrume uma corda, peça perdão a Deus e depois se enforque bem enforcado. Como essa possibilidade parece difícil, resta rezar para o tempo passar e acreditar piamente na suposta memória curta dos brasileiros.

23 de abril de 2009

Ministros Barraqueiros!

Ministros Barraqueiros (i)
O Brasil assistiu envergonhado o tremendo barraco criado por dois ministros da suprema corte da justiça brasileira. A cortina caiu e dois dos ministros esqueceram de que estão ali para dar bons exemplos e promover a justiça e não para nos proporcionar cenas tão deprimentes, que a essa altura já foram exibidas em jornais do mundo inteiro.

Ministros Barraqueiros (ii)
Com frases do tipo “me respeite” de um lado e “me respeite” do outro, os dois ministros barraqueiros causaram um tremendo constrangimento para todos os membros da corte e deixaram a nação inteira envergonhada até a alma. Se alguém tem o direito de pedir respeito nesse episódio grotesco, esse alguém somos nós brasileiros, que pagamos uma conta alta para ter um poder executivo que não muda nada, um legislativo que só piora e um judiciário que começa a nos deixar roxo de vergonha.

Ministros Barraqueiros (iii)
Para chutar o pau da barraca e deixá-la rasteirinha no chão, um dos ministros barraqueiro atacou o colega presidente acusando-o de ter jagunços a seu serviço lá pelas bandas do Mato Grosso, salvo engano. Não satisfeito, mandou também o presidente andar nas ruas para sentir o tamanho do poço de vergonha, ou seria de lama, em que ele mergulhou a casa que ora preside. A questão agora é: quem vai tomar providências ou pelo menos puxar a orelha dessas criaturas que agem como se fossem deuses e se sentem inatingíveis pelos mortais? Perguntar não ofende!...

21 de abril de 2009

Corno nem pensar!...

Lendo os noticiários sobre política e políticos, eu lembro uma história contada por meu falecido avô. Ele e dois irmãos eram proprietários de uma loja de ferragens em frente ao Mercado Municipal. Gozava de um círculo de amizades invejável. Tinha o carinho e a amizade dos mais ricos aos mais humildes clientes e fornecedores da loja, sem falar no respeito e admiração por parte dos funcionários da casa.

Um desses inúmeros amigos tinha por hábito ir todos os dias até a loja no final da tarde, para trocar idéias e jogar conversa fiada com meu avô. Num desses dias, esse amigo chegou eufórico e disse:

- Seo Manoel, eu tenho uma notícia para lhe dar e gostaria de ouvir a sua opinião.

Meu avô, sempre muito tranqüilo, respondeu:

- Que raios de notícia é esta que eu tenho que opinar.

- É o seguinte Seo Manoel. Fui convidado para ser candidato a deputado estadual e aceitei. O que é que o Senhor acha disso?

Sem pensar, meu avô disparou - Ladrão, corrupto, safado, corno sem vergonha...

- Não entendi Seo Manoel! – respondeu assustado o amigo, depois de ouvir aquelas palavras pronunciadas de forma agressiva, o que não era normal nem quando a discussão era acirrada sobre futebol e as derrotas do Vasco da Gama para o Flamengo.

Novamente, sem pensar duas vezes, meu avô disse ao amigo:

– Já que não entendestes nada, eu repito - LADRÃO, CORRUPTO, SAFADO, CORNO SEM VERGONHA...

- Assim o Sr. está me ofendendo Seo Manoel! - retrucou o amigo ainda sem entender direito quais eram as intenções de meu avô com aquelas palavras grosseiras.

- Ora bolas! Não me pedistes a minha opinião? Pois bem! Estou apenas antecipando o que vais ouvir todos os dias depois de eleito.

A conversa terminou exatamente aí. Passado algumas semanas, o amigo que não tocara mais no assunto, voltou na loja e disse ao meu avô:

- Seo Manoel vim lhe dizer que eu mudei de idéia. Desisti de ser candidato.

- E posso saber quais foram os motivos – perguntou o meu avô.

O amigo, meio desconfiado, deu a sua explicação:

- Seo Manoel, ser chamado de LADRÃO, CORRUPTO e SAFADO, eu até agüentaria numa boa essa humilhação. Mas ser chamado de CORNO SEM VERGONHA isso eu não ia agüentar não. Corno nem pensar!...


18 de abril de 2009

TIROS DE BALADEIRA XXVIII

JUSTIÇA QUE ENVERGONHA
Notícia do Blog do Holanda dá conta de que o capitão responsável pela fraude de concurso público foi homenageado com uma promoção. Na verdade não temos mais motivo algum para nos surpreender com coisa alguma no nosso estado. Esse é apenas mais um caso para nos envergonhar. O sujeito frauda um concurso público aproveitando-se da facilidade de acesso às provas em função do cargo, da patente e da farda que usa, e tem gente que em nome da lei, acha que o crime cometido não é motivo para que o militar acusado de fraude deixe de ser promovido. A própria Instituição Polícia Militar deve estar constrangida, decepcionada e envergonhada com a decisão da justiça local. Fico imaginando como devem estar se sentindo aqueles militares que por ventura estavam na disputa dessa mesma vaga para promoção e nunca estiveram envolvidos em crimes por fraude ou coisa parecida? Como é que é perder a promoção para um militar que não honra a farda que veste?

DEPUTADO PRACIANO
O deputado anda desanimado com os resultados dos processos sobre as supostas obras fantasmas no interior do Estado. Segundo o blog do Holanda, Praciano está decidido a apelar ao Bispo. O problema é que o Bispo, coitado, também já deve andar de saco cheio, pois nem reza braba, tampouco milagre, parece conseguir dar outro rumo a esse assunto. Aqui, nesse caso, os deuses do TCE, com seus super poderes, já decidiram. Os fantasmas não existem – ponto final!

DEPUTADO SAFADINHO!
Respondam com sinceridade: que falta faria ao Congresso Nacional, aquele deputado federal que os brasileiros só descobriram que ele existe depois que denunciaram que ele andava usando o nosso dinheiro para comprar passagens aéreas para a namorada e amigos. E, quem diria! Dona GALISTEU, namorada do deputado espertinho, andava viajando financiada com o dinheiro suado do povo brasileiro. Dizer que já devolveu o dinheiro gasto com as passagens para os cofres públicos é pouco. A cassação seria o castigo merecido, mas infelizmente a Câmara Federal tem a mesma cara do deputado safadinho – são todos caras-de-pau.

OBRAS NA PONTA NEGRA!
É bom nem comentar para não dar azar e as futuras obras da Ponta Negra acabrem tendo o mesmo destino das obras da BR-319, ou seja, não passa de discurso. A infra-estrutura da praia está ruim demais e as obras de recuperação, se é que vão acontecer, já chegaram tarde.