6 de fevereiro de 2007

Tiros de Baladeira (VIII)

JAPÃO – Boa notícia!
A Embaixada do Brasil em Tóquio está informando sobre o cancelamento do registro da marca “açaí” no Japão, que havia sido requerido pela empresa K. K. Eyela Corp. O mesmo problema já enfrentado pelo "cupuaçu". A decisão pelo cancelamento é da JPO – Japan Patent Office, que já notificou a empresa da sua decisão. Cabe ainda recurso por parte da empresa, no prazo de 30 dias. Se não vier a recorrer nesse prazo, a decisão será final. Parabéns à empresa contratada para cuidar desse caso, bem como à nossa embaixada naquele país.
Consciência do consumidor
É cada dia mais latente a consciência do consumidor de que deve dar preferência à compra de polpas de frutas pasteurizadas. É a segurança do consumo e da utilização de produtos alimentares isentos de contaminações, principalmente por parte de crianças. Como a fiscalização sanitária é precária, é recomendado que o consumidor tenha muita atenção com relação ao açaí, por exemplo, pois até chegar ao consumidor para consumo em forma de polpa (não pasteurizada), passa por uma série de situações onde é inevitável a contaminação. As grandes empresas do ramo de hotelaria, supermercados e alimentação (restaurantes), já começaram a exigir dos fornecedores que só forneçam polpas devidamente pasteurizadas. Com isso as empresas de processamento de polpas estão tendo que correr para se adequar às novas exigências. Todos ganham com isso, com certeza.
Upgrade do Cupuaçu
Não faz muito tempo, consumir a deliciosa polpa de cupuaçu dava um tremendo trabalho. Tinha que ser retirada na base daquela tesoura de costureira. Salvo engano, pesquisadores chegaram a desenvolver o cultivar sem caroço, o que resolveria o problema. De repente, o caroço do cupuaçu, que só servia mesmo para fazer aquele refresco leve açucarado e depois ser jogado fora, passou a ser a grande vedete. Hoje serve de matéria prima tanto para indústria de alimentos, como de cosméticos. O óleo extraído já tem aplicação inclusive como amaciante especial para toalhas do tipo exportação. A tristeza é constatar que a etapa básica de secagem das sementes ainda é precária no nosso estado e que parte da prensagem elementar para a extração do óleo é feita no Sul, de onde os produtos resultantes, óleo e torta, são exportados como matéria prima para grandes empresas. Não se pode esquecer da casca, que tem a sua importância como adubo para a própria cultura e vem sendo usada/testada como energia em projeto piloto aqui no Amazonas. Considerando que estamos de secretário novo no pedaço, quem sabe a cultivo e o processamento do cupuaçu não ganham um upgrade.

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